Jornalistas não são meros investigadores da realidade que passam esse conteúdo apenas em forma de notícias e reportagens para a população. O jornalista caracteriza-se também pela imortalização - nas páginas do seu veículo midiático - como um historiador. Mas não um historiador de grandes eventos da humanidade e sim, essencialmente, um historiador do cotidiano. Seja, então, muito bem vindo, meu caro leitor!
domingo, 27 de maio de 2007
Blog sob medida
Olá, muito bom dia (ou tarde, ou noite, ou o que for)...
:-)
O blog do Historiador do Cotidiano vai mudar! E é a sua vez de dizer como ele deverá ficar, ou que assuntos deverá abordar!
Faça seu comentário: diga o que gostaria de ler aqui, ou o que gostaria de ver diferente aqui no blog.
Conto contigo viu!
Abraços, e um excelente final de semana pra ti
sexta-feira, 25 de maio de 2007
Realidade... ou não
Começo a questionar a realidade. Ela não é tão física quanto tenho a sensação de tocá-la. Primeiramente que não vemos as coisas, vemos a luz que é refletida delas (ou emitida em caso de lâmpadas, televisores ou sol).
No MSN hoje tive uma conversa estranha... leia e me conte o que achou:
A pessoa me falou que "a vida é assim mesmo; a vida só é vida porque é um conto de fatos, e não um conto de fadas"
Será?
- Já ouviu falar em RPG?
- É um jogo onde vocês criam uma situação e interpretam aquilo como se fosse realidade
- Certo... abstraia o aspecto "jogo", tire o G da sigla. Então o que você entenderia por RP?
- Realidade interpretada
- Realidade interpretada ou paralela?
- Paralela
- Porque a interpretação da realidade paralela é o fazer o RP, mas não é o RP
- ...
- Certo... Então temos pessoas com realidades reais imersas em universos paralelos, correto?
- Mas tem gente que fica doido com isso. Pelo menos fica sem noção. Conheço bem uns três que se esqueceram da própria realidade, para viver isso daí
- E o que é a própria realidade? (não responda, vamos voltar ao escopo principal): Certo... então temos pessoas com realidades reais imersas em universos paralelos, correto?
- Mas nem todo mundo vive isso de realidades paralelas
- Será?
- Então a vida também é um conto de fadas para jogadores de rpg? É isso que você quer me dizer? Eu não vivo essa imersão
- Não, o que quero provar é que a vida é um conto de fadas para todo mundo. Mas vamos devagar que o andor é de barro.
- Entendo o que você quer concluir: nossos planos e metas da vida
- Não exatamente. (...) Veja bem, você disse que nem todo mundo vive isso... Bem... Você já notou que bacana conversarmos ao vivo como agora? Olhando um no olho do outro e sentindo o vento frio da noite?
- (...)
- Ops, não estamos ao vivo! A minha realidade física não é a sua... Estamos trocando bits de cor através de vias expressas de eletromagnetismo
- Hum... concordo
- Então a realidade da nossa conversa é abstrata. Sendo abstrata, ela é paralela, não real
- Mas a conversa é real! E o contato é abstrato!
- Não. A sensação da conversa é real, a conversa em si não
- Você tem certeza que é de comunicação? Não de filosofia?
- Tenho, por isso questiono a própria comunicação. Mas vamos lá...
- Tudo bem, de forma não imaginada antes mas... admito que concordo com você
- Temos uma comunicação em um ambiente abstrato, mas estamos essencialmente inseridos na realidade paralela
- Hum... prossiga
- Então essa imersão em realidades paralelas (leia-se "RP" ) acontece com mais freqüência do que imaginamos, em tempo presente (...) (não em tempo futuro quando falamos em metas e planos)
- Ave Maria... quanta informação de uma só vez
- Então me diz o que você está achando da transformação em real do conceito de abstração da realidade que antes você imaginava só existir nos jogos?
- Interessante, mas como você conclui, até o presente instante?
- A minha conclusão é que temos um cisco no olho que não nos permite ver a realidade real: que vivemos imersos em realidades paralelas mais do que em reais
E pára por aqui. A continuação dessa conversa será publicada outro dia. Se você achou que a abstração foi longe demais agora, tem que ver a segunda parte.
rs rs rs
E aí? Começou a ver o RP com outros olhos?
Feliz Star Wars!
Hoje é um aniversário histórico! Em 25 de maio de 1977 era lançado o 1º filme da série Guerra nas Estrelas (star wars): "Episódio IV - Uma nova esperança".
O filme, revolucionário, mostrava uma saga que ocorreu há muito tempo atrás em uma galáxia muito muito longe...
("a long time ago in a galaxy, far, far away...")
A película revolucionou o pensar e o fazer cinema. Com conceitos inovadores, a história foi construída essencialmente tendo como base a mitologia e a filosofia. Simplesmente perfeita.
A história mostra heróis estóicos, conhecidos como "Jedis", que são uma espécie de samurais à serviço da Força ("que é um todo e está em todos os seres vivos", explica Obi-Wan).
Se você ainda não assistiu, está perdendo muita, MUITA coisa mesmo.
O filme contava com atores até então quase desconhecidos, como Mark Hamill (Luke Skywalker), Harrison Ford (Han Solo), Carrie Fisher (princesa Léia Organa) e Peter Mayhew (Chewbacca), além do veterano Alec Guinness no papel do mestre jedi Obi-Wan Kenobi.
Escrito e produzido por George Lucas, o "Guerra nas estrelas - ep. 4: uma nova esperança" ganhou seis oscar (das dez categorias que foi indicado) além de mais um prêmio especial. Ganhou também outros 25 prêmios em outros festivais de cinema.
Toda a série de Guerra nas Estrelas me marcou muito.
Eu recomendo!
Para maiores informações, consulte:
http://www.imdb.com/title/tt0076759/
quinta-feira, 24 de maio de 2007
Guerra de nervos no trabalho
Guerra de nervos no trabalho
Frustração, irritação, uso de drogas e passividade durante o tempo livre podem ser sinal de estresse ocupacional; as conseqüências para a saúde se tornam mais dramáticas com o envelhecimento.
(por Anna-Marie Metz e Heinz-Jürgen Rothe)
Se interessou? Leia a matéria completa aqui: http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/guerra_de_nervos_no_trabalho.html
Caminhão do futuro
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Sobre ações certas e erradas
Hoje quero apenas deixar uma frase do filósofo John Stuart Mill, que viveu no século XIX, sobre nossas ações e atitudes:
(Extraído do livro: MILL, John Stuart. Utilitarism. 2a edição. Indianópolis (EUA): Hackett, 2001; página 7)
domingo, 20 de maio de 2007
Sobre relacionamentos
Fragmento extraído de e-mail que acabei de enviar:
Essa questão do gostar de alguém é complicada. As mulheres insistem muito em discussões de relacionamento (DR's), que é uma coisa que nós homens corremos fora.
Ando lendo sobre filosofia e a teoria libertina tem me fascinado: ela estuda que não é o amor que leva ao contato físico e sim ao contrário. Ou seja, quando estamos bem fazemos amor, mas quando não estamos, não fazemos. Esse não fazer gera um distanciamento maior, que é agravado com as brigas, que por sua vez geram mais distanciamento... e então cai-se num ciclo vicioso que, inevitavelmente, culminará no desgaste e conseqüente término da relação.
Talvez se as pessoas tentassem o caminho inverso, fossem mais felizes: homens gostam do contato físico, não de discutir relacionamento. Eles podem amar como for as mulheres, fazerem tudo para elas e não questionarem nada. Mas mesmo assim, TODOS OS HOMENS DETESTAM DISCUTIR RELACIONAMENTO. Odeiam mesmo. Eles fogem das DR's como o coisa ruim foge da Cruz. Um homem pode amar uma mulher o máximo que for possível, mas se ela insistir em DRs ele vai acabar o namoro. Ele prefere ficar só do que discutir relacionamento. Falo isso embasado nas conversas com todos os homens que conheço.
Então as mulheres não podem vir com chorumelas dizendo que fazem a parte delas. Não fazem. Chegam nem perto. A maior parte das mulheres entra em namoros já com o pé esquerdo, porque:
1. Esperam que o cara reconquiste elas todos os dias; mas não faz nada para conquistá-los
2. Esperam mil surpresas; mas não fazem nenhuma
3. Esperam que o homem as defendam emocionalmente; quando na realidade elas que deveriam ser fortes
4. Submetem suas emoções à fatores até como se vai chover; enquanto nenhum homem gosta de ser "muleta emocional"
5. Acreditam que ficar falando sobre relacionamento vai melhorar ele; enquanto os homens compreendem que não existe uma entidade física chamada relacionamento
Dentre outros pontos que prefiro não mencionar.
Esse quinto ponto é importantíssimo: as mulheres lidam com relacionamentos como se fossem seres vivos, entidades físicas. Não são. Os homens consideram que as pessoas namoram, e estão juntas, porque ambas são pessoas de bem com a vida que quando estão juntos se divertem, riem, brincam, conversam muito. Então o namoro é estar ao lado de uma pessoa feliz. Se aquela pessoa do seu lado vive triste, os homens se sentem muletas emocionais tendo que ouvir por horas a fio alguém resmungar do seu lado, e depois vem dizer que tem que botar para fora o que pensa senão vai ficar ruim o relacionamento; quando é exatamente o contrário: estamos juntos porque gostamos de estarmos juntos nos momentos felizes.
Recomendo que vocês leiam dois textos do meu blog:
http://historiadordocotidiano.blogspot.com/2007/01/medo-de-perder.html - Sobre o medo de perder, escrito pelo psicólogo Antônio Roberto Soares, e;
http://historiadordocotidiano.blogspot.com/2006/12/sobre-postura-das-mulheres-na.html - onde analiso o que penso sobre o comportamento das mulheres
EDIÇÃO DO ARTIGO: Abaixo segue a resposta que recebi, envolvendo o aspecto acima comentado.
Oie,
Gostei muito de tuas palavras, mas acho que tem um pouco de preconceito. Não acho que as mulheres gostam de DR's, acho que elas procuram organizar mais o que está saindo do trilho e às vezes cometem excessos, levando assim a muitas discussões. Na minha experiência profissional de psicóloga tenho visto muitos homens procurando ajuda porque estão justamente sentindo falta de discutir suas relações e acabam fantasiando que suas companheiras não estão mais os amando ou estão tendo um caso.
O que percebo é que depende muito da personalidade de cada um e do encontro do casal (nota do blogueiro: encontro em termos de quantidade e qualidade). Isso é que determina se eles são mais ou menos questionadores no relacionamento.
EDIÇÃO DO ARTIGO: E agora a resposta que enviei.
Olá,
Sei que existem homens que até não pensam como eu - viva a diversidade! - mas não são maioria.
(...)
Eu tento seguir uma cultura de não-questionamento. É quase um pensamento estóico ao afirmar que a felicidade se encontra na não-felicidade, ou seja, a abstração do conceito de felicidade. Pense na questão de andar: nós simplesmente andamos, não paramos para buscar o conceito de como é andar. Diz a lenda que se você perguntar a uma centopéia como ela consegue andar com tantas pernas, ela não vai mais conseguir andar porque vai se concentrar no conceito de andar. O andar é dificílimo (por isso que a robótica hoje em dia não fez ainda - em larga escala e com eficiência - robôs humanóides, como aqueles dos filmes "Blade Runner", "Eu, robô" ou mesmo o simpático C-3PO de "Guerra nas estrelas"), mas nós andamos porque não nos concentramos no conceito de andar, simplesmente andamos!
Análogamente, se buscamos a felicidade, dividimos nossos pensamentos em duas vias: na felicidade e na busca dela. Se trabalharmos com a não-felicidade (ou seja, com a quebra do conceito da busca da felicidade) eliminaremos a busca pela felicidade e seremos apenas felizes!
Simples né? Mas muita gente não consegue perceber isso.
Dizem que a verdade nos libertará. Se a verdade é o destino e a liberdade a conseqüência, eu acredito que a filosofia é o caminho.
:-)
sábado, 19 de maio de 2007
Surpresa!
Artigo rapidinho pois estou indo dormir. Passei mal o dia inteiro.
Vamos lá:
Ouvi dizer por aí que "homem de verdade não é aquele que conquista várias mulheres, e sim aquele que conquista a mesma várias vezes". Ouvi de uma mulher.
Sim, é ÓBVIO que precisamos reconquistar as nossas amadas diariamente. Vou até além: a conquista não se dá por grandes gestos em grandes situações, mas nas pequenas coisas do cotidiano. É nos mínimos detalhes que você fará diferença!
Mas, êpa! E as mulheres? Não precisam reconquistar seus homens?
Essa questão de conquistar os homens... para uma mulher me conquistar, eu adoro... surpresas!
Sim! Sou fascinado pela inteligência humana, em especial pela feminina.
Se uma mulher quiser me conquistar, tem que fazer uma surpresa bacana. O flerte é importante, óbvio, mas as surpresas é que me deixam arriado.
Então mulheres, por favor, reconquistem seus homens! Deixem desse machismo que só o homem tem que reconquistar as mulheres. NÃO! As mulheres também têm que reconquistar seus homens!
Assim, ao invés de perderem tempo com DRs (discussões de relacionamento) - que só fazem encher o saco dos homens e não resulta em nada positivo - preparem para eles uma surpresa boa.
Eu, particularmente, adoro surpresas inteligentes e criativas!
:-)
Abraços a você, querida(o) leitor. Você é especial para mim!
Desejo-lhe um excelente final de semana!
Dor!
Hoje já é o segundo dia seguido que amanheço e passo o resto do dia com dores abdominais.
Se amanhecer de novo neste sábado, vou direto para o hospital saber o que é. Quero nem saber do curso.
:-(
sexta-feira, 18 de maio de 2007
Ditador Hugo Chávez censura imprensa!
Meus queridos leitores, eu fico realmente PUTO quando um filho da puta feito esse venezuelano ditador comunista (ou socialista, dá no mesmo, é tudo merda do mesmo saco) insano e arbitrário fode com população.
Leiam na íntegra a matéria extraída de:
http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2007/05/18/ult34u181182.jhtm
Em Carácas
A emissora privada RCTV, que faz uma forte oposição ao governo, sairá do ar em uma semana, após 53 anos de transmissões, depois que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, decidiu não renovar sua concessão, uma das medidas mais polêmicas de seus oito anos de governo.
A RCTV, que combina os segmentos de informação e opinião com os de entretenimento 24 horas, é a única rede de TV de alcance nacional, em VHF, e mantém uma linha editorial de clara oposição ao governo Chávez.
A Globovisión, outra emissora de transmissão 24 horas e também de oposição ao governo, tem alcance limitado a Caracas e a Valencia, na banda UHF.
A não renovação da licença de transmissão da RCTV, anunciada pelo próprio Chávez em dezembro passado, é até agora a medida mais impopular já tomada pelo presidente, com rejeição de 70% a 80% da população, que a considera "arbitrária e personalista", de acordo com as pesquisas.
O diretor do canal, Eduardo Sapene, alega que "a única razão para fechar a RCTV é política. É contra os que pensam diferente do governo. É um fechamento ilegal e arbitrário. Chama-se abuso de poder ou totalitarismo".
Já o governo justifica a medida com a necessidade de ceder a freqüência para uma nova TV de serviço público, que começará a operar em 28 de maio, 10 ou 15 minutos após a extinção do sinal da RCTV.
O ex-ministro de Comunicação e atual diretor da TV multiestatal Telesur, Andrés Izarra, comentou que "o espectro radioelétrico é um bem limitado" e, com essa decisão, "ganha-se um espaço para democratizar a comunicação na Venezuela".
Para Izarra, "perde-se muito pouco" com a saída do ar da RCTV, pois "a 'televisão lixo' era o que dominava nesses espaços de entretenimento".
Para ocupar o espaço que a RCTV deixará em aberto, o governo de Chávez criou a Fundação Teves, que receberá um capital inicial de 4 milhões de dólares e cujo conselho de diretores será nomeado pelo Ministério da Comunicação e Informação.
Ainda não se sabe quem fará parte deste conselho e qual será a programação inicial da nova rede.
Com a criação da Teves, o Estado controlará dois canais de alcance nacional na freqüência VHF, e outros três continuam sendo privados.
Sobre o risco de que se percam espaços de expressão de idéias contrárias à linha governista, Izarra defendeu que "o espaço natural de confluência de fatores na democracia é a Assembléia Nacional. A oposição decidiu não ir às eleições (legislativas de 2005)".
"Se não querem sequer participar dos espaços mais elementares do debate político, o que se vai dizer da mídia. Os veículos de comunicação são espaços de expressão das opiniões políticas, mas não são atores políticos", frisou.
No sábado, a oposição fará uma grande passeata em Caracas contra o fim da concessão, enquanto o ministro da Comunicação, Willian Lara, anuncia uma "festa popular em toda a Venezuela" para a noite de 27 a 28 de maio."
BRASIL !
quinta-feira, 17 de maio de 2007
Pesquisa de opinião!
Favor responder a questão abaixo:
Segundo o Gen. Patton (US Army) “não se ganha uma guerra morrendo por seu país e sim fazendo com que os idiotas que defendem o outro lado morram pelo país deles”.
Observando tal depoimento, e segundo seus próprios conceitos morais e éticos, comente a afirmação abaixo:
“As Forças Armadas, em missão de defesa ou ataque, devem dispor de recursos que atinjam a moral da tropa inimiga, abalando-os emocionalmente fazendo com que desistam de enfrentar nossos militares, evitando assim banhos de sangue. Então está dentro da legalidade manipularmos o teatro de operações de modo que os nossos inimigos abandonem seus postos, se revoltem contra seus comandantes ou se suicidem. Tudo isso para poupar a vida dos nossos filhos, filhas, pais, mães e irmãos”
Crítica da mídia: 10 impasses
Análise do artigo “dez impasses para uma efetiva crítica da mídia no Brasil” foi apresentado pelo então doutorando Rogério Christofoletti no Intercom 2003, em Belo Horizonte. O original pode ser acessado através deste link:
http://reposcom.portcom.intercom.org.br/bitstream/1904/4395/1/NP2CHRISTOFOLETTI.pdf
A peça trata sobre dez pontos considerados fundamentais que impedem um progresso ético das mídias brasileiras (apesar de, aparentemente, não ser um quadro isolado ao Brasil).
Como abertura, o autor cita Ciro Marcondes Filho: “Uma sociedade sem crítica é uma sociedade morta”.
O jornalista começa citando o caso do suicídio de um policial militar de São Paulo, transmitido ao vivo pela Rede Record (sim, aquela mesma de evangélicos, que abordou a espetacularização do sofrimento humano ao limite).
Dos dez impasses, o primeiro citado é a “concentração e oligopólio” dos veículos de comunicação. Ora, no Brasil cerca de sete grupos controlem mais de 80% do que é visto, ouvido e lido pelos brasileiros. É uma situação crítica pois demonstra uma mídia presa à poucas opiniões, sem poder fugir das linhas editoriais impostas pelos pagadores de salários gordos. Como demonstrativo, o autor cita que no Brasil existiam em 2003 cerca de 41,1 milhões de domicílios com aparelhos de televisão, o que supera por larga margem o número de domicílios com refrigeradores.
O segundo impasse é a “propriedade cruzada e domínio de conteúdo”, que aborda a questão que uma família (ou grupo) pode ser proprietária de diversos veículos de comunicação. Ou seja: quem tem uma concessão de televisão, tem também uma de rádio, tem um jornal impresso, um portal de notícias, e assim por diante. Então não são produzidas informações novas, pelo contrário, os brasileiros são apenas bombardeados com a repetição de conteúdos para que essa massificação faça com que ele aceite sem questionar.
Impasse terceiro, o “coronelismo eletrônico”, é - para o autor - um sério agravante pois ele explica que as concessões de televisão e rádio (sim, você precisa de uma concessão federal para ter algum dos dois veículos) são, em sua maioria, fornecidas apenas a políticos. Assim, nada mais seria que a extensão da influência do curral eleitoral desses políticos para os meios eletrônicos de divulgação de notícias de interesses dos políticos, não dos cidadãos.
Quarto item, ou impasse, é o “dial restrito” que se configura em quase nenhuma brecha para ingresso de novos veículos na exploração do negócio da comunicação, assim o lobbie exercido pelas grandes emissoras de rádio e televisão faz o espectro midiático tornar-se quase exclusividade para rádios e televisões comerciais de grande porte.
Quinto impasse, as “concessões infinitas”, é um ponto complicado pois mostra que as concessões federais às mídias (rádio e televisão) deveriam ser suspensas pois as mídias não estariam cumprindo as contrapartidas de qualidade e conteúdo exigidas por lei. Mas como os veículos midiáticos têm grande poder de penetração, e estão concentrados nas mãos de grupos com influência política (quando não na mão dos próprios políticos), praticamente inexiste no Brasil a cassação de concessões, o que praticamente inviabiliza o controle social da qualidade midiática.
“Lei de imprensa caduca”, o sexto impasse, aborda o ponto que a “Lei de imprensa” (Lei federal 5.250/67) foi extremamente importante mas com a rápida reconfiguração das comunicações, a lei tornou-se obsoleta e com definições e ações que já não podem ser consideradas atuais. Assim torna-se patente a necessidade de novas leis que regulem os abusos da imprensa, mas tais projetos de lei sequer saem do Congresso Nacional pois ficam retidas em comissões - compostas de políticos donos de concessões de rádio e televisão - que dificultam a todos custo que tais leis sejam aprovadas.
“Inoperância dos conselhos de comunicação” é o sétimo impasse - ou melhor, sétima lástima jornalística - pois demonstra a falta de organização dos jornalistas em criar, desenvolver e manter organizações de classe que sejam eficientes, que combatam desvios éticos da profissão, e que defendam os interesses midiáticos da população brasileira.
Já o oitavo impasse, “arcaísmo no empresariado” demonstra claramente que os empresários brasileiros da área de comunicação pouco se importam com mudanças no setor já que estas podem vir a desbalancear o equilíbrio de poder que os barões da mídia possuem. Entre outros comportamentos, o empresariado acredita não precisar dar satisfações públicas do seu negócio, o que inclui explicitar sua política editorial, fator que poderia levar ao esclarecimento da população brasileira sobre o posicionamento - nem sempre claro - dos veículos midiáticos.
O nono impasse - “categoria não pode cassar profissionais faltosos” - é uma herança também do sétimo. Na falta de órgão jornalístico com competências legais para cassar licenças de profissionais antiéticos, a sociedade fica refém de jornalistas cada vez mais desinformadores.
O último mas não menos importante, “autismo na sociedade” mostra que não apenas os jornalistas são desorganizados e não há incentivo do governo em organizar associações fortes, mas demonstra um problema maior: a sociedade é ineficaz (beirando a incapacidade) de criticar suas mídias e assumir posturas de negação daquelas desinformações veiculadas.
A sociedade brasileira simplesmente não critica o que assiste, ouve ou lê. Aceita passivamente todo aquele conteúdo sem qualquer tipo de questionamento.
O autor conclui seu artigo mostrando que há uma tímida iniciativa pública para analisar e promover uma mídia mais comprometida com a população, como os sítios na internet: Monitor de Mídia, Observatório da Imprensa, Instituto Gutemberg e SOS Imprensa.
“A crítica dos media* precisa ser entendida não como pichação deliberada, censura, mutilação ou depredação de conteúdos e programações. A crítica não é modelo, é método, instrumento. Conjunto de dispositivos sem os quais se dissolvem os critérios para uma leitura mais aprofundada da realidade. Se os meios de comunicação refletem a vida contemporânea e dela fazem parte, criticá-los é focar a própria vitrine das atividades humanas”, encerra o autor; e este jornalista assina embaixo.
* (profissionais que fazem a mídia, e seus veículos)
sexta-feira, 11 de maio de 2007
Filosofia
Hoje pela manhã tive o prazer de usar a filosofia para conversar com uma senhora que atravessava problemas.
Ela me disse que depois de dois anos indo a consultórios médicos, de psicólogos e psiquiatras, finalmente alguém abriu os olhos dela em poucos minutos e de forma tão clara.
Fiquei extremamente feliz de ter ajudado alguém.
Mas sei que não fui eu sozinho, tive todo o apoio da filosofia, e Deus assim o quis.
Comecei a pensar como seria minha vida se eu não tivesse tido contato com a filosofia, e cheguei à conclusão que não, que realmente não quero mais viver sem a filosofia. Ela abriu meus olhos e quebrou as correntes dos meus ex-preconceitos.
Agradeço a Deus por ter colocado a filosofia no meu caminho.
Na realidade a filosofia está muito mais presente no nosso cotidiano do que sequer pensamos.
E você, minha querida leitora (ou leitor), por que ainda não se aproximou da filosofia?
Sangue latino
Jurei mentiras e sigo sozinho, assumo os pecados
Os ventos do norte não movem moinhos
E o que me resta é só um gemido
Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos,
Meu sangue latino, minha alma cativa
Rompi tratados, traí os ritos
Quebrei a lança, lancei no espaço
Um grito, um desabafo
E o que me importa é não estar vencido
Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos,
Meu sangue latino, minha alma cativa
Hoje
Hoje as coisas fugiram um pouco do meu controle
Hoje perdi noção do tempo
Hoje o tempo me chicoteou
Hoje...
Hoje me bateu saudades do mundo virtual
Hoje senti falta da minha privacidade no meu habitat eletrônico
Hoje senti falta do habitat eletrônico
Hoje...
Hoje a realidade me surpreendeu
Hoje fiquei triste
Hoje...
Hoje a vida me esbofetou
Hoje quero ser feliz
Hoje... só hoje...
quarta-feira, 9 de maio de 2007
o Papa no Brasil
segunda-feira, 7 de maio de 2007
Salve árvores! Proteja a Terra!
A reciclagem de uma pilha de 91 cm de jornais pode salvar uma árvore!
Faça sua parte!
Você quer ficar na História como alguém da geração que salvou o mundo; ou como alguém que ajudou a destruí-lo de vez?
domingo, 6 de maio de 2007
LUTO !
ESTE BLOG ESTÁ DE LUTO!
De luto pelo falecimento do deputado federal Enéas (o ex-candidato à presidência da república conhecido pelo seu bordão "meu nome é Enéas").
Faleceu um político que eu tinha realmente esperanças. Ele parecia ser o único capaz de resolver essa palhaçada miserável que se encontra Brasília. Agora é torcer por Cristóvão Buarque.
Segue abaixo cópia de informações extraídas da Folha Online
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u91951.shtml
"06/05/2007 - 19h46
Morre no Rio o deputado federal Enéas Carneiro
da Folha online
O corpo do deputado deve ser cremado na segunda-feira (7) no Rio, de acordo com o líder do PR.
Biografia
Deputado pelo PR, Enéas Ferreira Carneiro nasceu em novembro de 1938, em Rio Branco (AC). Fundador do extinto Partido de Reedificação da Ordem Nacional (Prona), em 2002 foi eleito Deputado Federal com o maior número de votos na história do país (1,74 milhão de votos). Em 2006, Enéas foi reeleito (desta vez com 387 mil votos) para o cargo em que permaneceria até 2010.
Formado em medicina em 1965 pela Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, Enéas gostava de repetir que foi o melhor aluno em todas as séries do primário ao ginásio ou que passou em primeiro na faculdade. Enéas seguiu seus estudos e fez mestrado em cardiologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Em sua primeira tentativa de chegar à presidência (em 1989), ainda desconhecido, com 360 mil votos, tornou famoso o bordão "Meu nome é Enéas", que encerrava seus 15 segundos no programa eleitoral.
Na segunda (1994), deixou para trás pesos-pesados da política, como Leonel Brizola (PDT) e Orestes Quércia (PMDB), chegando em terceiro lugar. Em 2000, Enéas concorreu à Prefeitura de São Paulo, obtendo apenas 3% dos votos válidos.
Um levantamento do Datafolha de 1998 revelou que Enéas era visto como alguém "inteligente e brilhante". "Não é um atributo pelo qual eu tenha mérito nenhum. Foi Deus quem me deu. É como beleza física. Ninguém tem mérito por ser bonito", afirmou ele, que tinha na leitura seu maior prazer.
Enéas contabilizava "milhares" de livros lidos e "dezenas de milhares" de trabalhos científicos publicados em áreas que vão de estruturalismo, geopolítica e macroeconomia à lógica, epistemologia e cibernética, passando por filosofia, paleantropologia e astrofísica --e medicina, claro.
Os eleitores o classificavam como um político folclórico e cômico. "Acho perfeitamente normal e compreensível", disse, afirmando que isso acontece toda vez que surge alguém contrário a um sistema estabelecido."
sábado, 5 de maio de 2007
Penetras bons de bico
Há uns meses atrás, um (ex) enorme amigo meu disse que eu parecia o John (o loiro, Owen Wilson) do filme "Penetras bons de bico" (wedding crashers, que conta também com Vince Vaughn).
(ex-amigo porque eu credito à noiva dele a proeza de conseguir separar uma amizade de quase dez anos)
Eu simplesmente não tinha entendido o que ele queria dizer já que eu não tinha assistido o filme. Assisti ontem. Como o final de semana prometia ser morgado (haja chuva), peguei uns dvds na locadora.
Realmente o cara entra numas presepadas interessantes e cômicas. Os dois sentados na igreja se dizendo sobrinhos de uma tia que mandou os parabéns - e o parente da família diz que ela morreu há algum tempo - deixa os dois constrangidos e me lembra muito algumas situações que já passei.
:-)
Eu virei fã dos caras. O filme é perfeito. Faz você refletir sobre algumas coisas mas, principalmente, faz você rir muito! Eu recomendo!
Agora eu entendo perfeitamente bem a comparação...
:-P
Um excelente final de semana a todos(as) vocês, e obrigado pela visita!
quinta-feira, 3 de maio de 2007
Imagens do dia
quarta-feira, 2 de maio de 2007
Frase do dia
Essa eu ouvi hoje nos corredores lá do trabalho...
"Carro do fumacê é nebulizador de mosquito (da dengue)"
(...)
Reflexões sobre a televisão
Ontem foi um dia bacana e emocionante para o blog: recebi duas visitas interessantes. A primeira, com seu "Espaço Zen" vem fazer uma reflexão sobre o cotidiano de forma desprendida das amarras do preconceito que cercam as pessoas mais velhas (assim pelo menos eu espero); e a segunda escreve sobre "Minha Melodia", a harmonia melodiosa da sua vida de forma suave e inteligente. Parabéns às duas.
:-)
O post de hoje é um "comentário" ao artigo "Forma, informa, deforma...":
"Adorei seu artigo.
Sua argumentação está muito interessante mas tem um erro fatal: faltou informar de onde são esses dados 98%/95%. Sei que não são pesquisas suas, então de onde você retirou essas informações? (lembre-se sempre de colocar as fontes, isso dá mais credibilidade ao texto e lhe isenta de responsabilidades quando existe algum dado errado).
:-)
Ah, se for de algum site, lembre-se de colocar dia e hora que acessou. Se for revista, número da revista e mês que foi publicada, etc.
Quanto à análise da informação:Gostei. De verdade. O texto tem aspectos interessantes e curiosos. Vamos a uma pequena reflexão: você sabe o que é necessário para ser dono de uma televisão aqui no Brasil? Requer que o Presidente do Brasil assine uma concessão presidencial. Você acredita que ele dará uma concessão de televisão a alguém que não seja da área política? É... eu também não.
O que temos a agradecer sobre a imprensa é aos militares. Em 1968 (ou foi 69), o Governo Militar editou uma Lei de Imprensa que concede liberdades inimagináveis. Se não fossem os militares, hoje teríamos uma imprensa censurada e incompetente (e ainda tem uns idiotas por aí que falam o inverso, que os militares é que estragaram tudo).
Voltemos à questão televisão. A televisão existe para entreter. Ela surgiu no Brasil em 1950 com a instalação da TV Tupi pelo grande jornalista Assis Chateaubriand.
Durante o Governo Militar, foi instituída a classificação etária (pornografia só depois de uma determinada hora, etc) e a exigência de ao menos 30% da programação ser exclusivamente jornalística.
(Foram também instituídas duas disciplinas no colégio: "Educação Moral e Cívica" e "OSPB" (organização social e política do Brasil) que eram disciplinas que levavam nossos alunos a entenderem como funciona nossa Nação e começarem a ter pensamento crítico. Com a subida dos civis ao governo em 1986, os civis acabaram com essas disciplinas porque para eles não interessava que a população fosse esclarecida, e sim que servissem de curral eleitoral)
Voltemos à questão da televisão: ela é - essencialmente - de entretenimento. Sendo assim você não pode cobrar informação de qualidade já que isso não faz parte dos planos das emissoras, à excessão das TV's Cultura (mantidas por universidade federais, normalmente mal pagas e com equipamentos defasados).
As emissoras contam ainda com uma grande vantagem: a imagem! O emprego das imagens é fascinante, é fantástico! Você não precisa imaginar como em um jornal ou via rádio... elas estão ali na sua cara, você não precisa nem racionar (...) é absurdamente fácil para uma mente mediana captar informações - ou melhor, absorvê-las - e repetir quase como papagaios.
Essa fascinação é amplificada por uma sociedade que convive com todos os sentidos mas que destaca mais a visão: você vê o que lhe cerca, inclusive o que houve, quando damos preferências à videoclipes do que às músicas, e por ai vai.
Esse poder de fascinação que é gerado pela "deusa dos raios azulados" é algo que prende, captura, amputa nosso raciocínio e nos transforma em audiência generalizada. Recomendo a leitura do texto "de Bonner para Homer" disponível no Observatório da Imprensa: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/
Acredito que ficou claro que o papel da televisão NÃO é o de educar, e sim de entreter.
É dever de cada um de nós cercar-se de informações e meios que nos possibilitem ver através das paredes tranlúcidas das informações midiáticas.
Você também tem o direito de escolha. O ato de "zapear" (referência às trocas de canais com a utilização de controles remotos) aumenta a possibilidade de irmos atrás de informações de qualidade. Mas... nós queremos? Outro dia na TV Cultura estava passando um concerto de música clássica, com a orquestra sinfônica brasileira. Eu quase não tive paciência de assistir pois, por mais que adore boa música, não temos educação ou treinamento para apreciarmos tal cultura. O zapeamento torna-se ainda menos eficiente quando dispõe-se apenas dos canais de televisão de sinal aberto.
Mas a questão fundamental é: a televisão é boa ou má?
Eu mesmo tenho programas favoritos. Adoro assistir o "The History Channel", adoro a série "Two and a half man", sou fã incondicional de "Mythbusters" e não perdia por nada seriados como "McGuyver" e "Alf - o e-teimoso".
Então, novamente lhe parabenizo pelo seu texto. Gostei mesmo. E minha sugestão para o seu próximo artigo é você refletir sobre o tema "Televisão: boa ou má?"
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Abraços, e uma excelente quarta-feira a todos(as)!
Mensagens subliminares
Quem de vós sabe o que é esta praga - tão infiltrada no nosso cotidiano - conhecida como "mensagens subliminares"?
E quem estuda sobre isso, me responde: "Paul está morto?"
;-)
Abraços, e uma excelente semana a todos vocês, queridos(as) leitores(as)!