domingo, 31 de janeiro de 2010

Vaticano incentiva padres a utilizarem a Internet

Vaticano incentiva padres a utilizarem a Internet

H2O News


A mensagem do Papa para o 44º Dia Mundial das Comunicações será apresentada à imprensa neste sábado, 23, festa de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas.

No contexto do Ano Sacerdotal, o tema será "O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos meios ao serviço da Palavra".

Há vários anos, a mensagem se interessa pela Internet, seus usos e a presença da Igreja neste novo meio de comunicação, como destacou Jean-Francois Mayer, diretor do Instituto Religioscope, cuja sede e escritório se encontram em Friburgo, Suíça.

Porém, a Igreja não se limita a refletir sobre os usos da Internet e observar essas novas redes; busca se comprometer, desde o Vaticano até os leigos, passando pelos sacerdotes.

"Da parte da Igreja católica, sempre houve um interesse pelos diferentes meios de comunicação social e, por isso, a Internet está incluída. O que se realizou no âmbito da Igreja Católica é também a publicação de vários documentos importantes que trataram de desenvolver uma reflexão sobre os usos da Internet e sua presença", diz o diretor Mayer.

Ele também aponta inciativas importantes, como o site do Vaticano, desenvolvido durante o pontificado de João Paulo II, bem como sites diocesanos e iniciativas individuais ou de grupos dentro da Igreja Católica, como os blogs dos sacerdotes.

http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=275313

sábado, 30 de janeiro de 2010

Disciplina ou remorso?

"Todos nós sofremos de uma entre duas dores: a dor da disciplina ou a dor do remorso."
We all suffer from one of two pains: the pain of discipline or the pain of regret." ~Jim Rohn

Ninguém se acha indisciplinado. Sempre damos ótimas razões para não termos feito o que sabemos que deveríamos ter feito. Só há um problema: a natureza não dá a mínima atenção às nossas desculpas.

Se não nos exercitamos, sofremos de doenças típicas do sedentarismo;
Se não desculpamos alguém, carregamos dentro de nós os erros deles;
Se não fazemos nosso dia ser produtivo, nosso futuro profissional se perderá.
Se não aprendemos de fato as lições da vida, as "aulas" se repetirão com maior intensidade.

Ninguém engana a natureza, o Universo.

Por isso, desligue a televisão, filtre os sites que você escolhe para ver, desligue o computador. Entre em "modo de disciplina" e faça o que você precisa fazer. Talvez você sinta o cansaço de mudar o foco do brincar de viver para o viver de verdade.

Talvez você até sinta as dores da disciplina. Mas é uma dor bem melhor que a dor do remorso de não ter se exercitado ou desperdiçado sua vida e seu tempo com coisas que, no futuro, você nem mesmo vai lembrar quais eram.

Por isso, como dizia o filósofo de negócios Jim Rohn, "todos sofremos de uma entre duas dores: a dor da disciplina ou a dor do remorso.

Agora, pense comigo e responda francamente:
Qual será a disciplina que você vai agregar à sua vida pessoal ou profissional esta semana?

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O que eh representar um povo?

(autor desconhecido)

O que é representar um povo?

Em meio à crise moral em que a capital do Brasil se encontra, os
militares confirmam o sentido da expressão: servir à pátria.
Brasília: político e patriótica. Dois endereços, duas faces. A da
Câmara Legislativa ignora. Já a da Vila Militar, acode. O que é estar
a serviço do povo?

“Há tempo de falar e de calar. O meu é tempo de calar”, enfatiza a
deputada Eurides Brito (PMDB).

De se calar? Os nossos militares se calaram porque souberam ouvir em
volta. A repórter Lília Teles acompanhou o resgate de uma enfermeira,
dos escombros do terremoto no Haiti, e relatou esse momento: “Ele está
pedindo silêncio, agora. Está ouvindo uma voz, um pedido de socorro:
‘está aqui, aqui’”, diz a jornalista.

O que é representar um povo? Nossos militares rezaram para agradecer
por estarem no Haiti no momento do Terremoto. “Graças a Deus, a gente
estava aqui. Foi a primeira coisa que eu pensei”, ressalta o sargento
Marco Antônio Leôncio.

Para servir ao próximo e não ignorá-lo mesmo o vendo sofrer. “Pelo que
eu vi, a poeira subindo na cidade e em todos os cantos, eu sabia que
‘eles’ estariam em apuros. Eu sabia que ia morrer muita gente, sabia
que nós seríamos os primeiros a chegar. E a participação da força do
Brasil seria fundamental”, afirma o sargento Leôncio.

Enquanto os políticos se trancam ao calor do dinheiro, os militares
abrem suas almas ou sentem o toque do pulsar da vida. “Ela está
segurando a minha mão. Está bem, está bem”, vibra o sargento Leôncio,
no momento do resgate da enfermeira de 43 anos que está grávida.

E ficam gigantes: “Uma vida é uma vida. Mesmo que a gente tirasse
apenas uma pessoa com vida, naquela situação, já valeria a pena”,
destaca o militar.

Gigantes! E aí nos tornaram enormes, cheios de orgulhos.

Moral da história

Com quem nós nos identificamos: com esses militares; com a doutora
Zilda Arns; com os bombeiros do DF que foram para o Haiti; com os que
se doam ou com aqueles que se servem dos impostos do povo e aceitam
doações ilegais? Quem são os nossos heróis?

(autor desconhecido)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Pre-sal: carencia de um poder naval

PRÉ-SAL, CARÊNCIA DE UM PODER NAVAL

Ainda recentemente as emissoras de TV, do Senado e da Câmara,
transmitiram discursos acalorados de congressistas, alguns até
“mensaleiros” alforriados, alarmados, amedrontados mesmo com a
reativação no Atlântico Sul de uma frota de combate alienígena, nada
mais nada menos do que o apêndice de uma armada que sozinha supera o
conjunto das suas congêneres pertencentes às demais grandes potências.
A dura realidade é que governo e congressistas ainda não se deram
conta de que países, que se respeitam a si mesmos, colocam os
objetivos nacionais julgados vitais para o porvir de seus povos acima
do bem e do mal. São as intocáveis “razões de estado” dos poderosos
não admitidas pelos políticos, mais precisamente aqueles do altruísmo
inocente que, crédulos de carteirinha, se somam na retórica inútil e
sentimental a alguns diplomatas, todos de igual modo cegos e teimosos.

O governo se ilude: quatro submarinos convencionais e um nuclear, a
negociar com a França, não vão resolver o problema. Isto pode adiantar
no confronto com potências médias, “status” alcançado pelo Brasil
talvez na comunidade latino-americana, porém, jamais vai conseguir
intimidar os oponentes fortes capazes de projeção de poder no além
mar. Submersíveis de propulsão comum, salvo melhor juízo, poderiam ser
de valia se dispusessem, pelo menos, do recurso para o disparo de
mísseis anti-navios lançados desde os tubos de torpedos. A grande
verdade, entretanto, é que o País ainda compra belonaves e não terá
como repô-las em curto prazo, mesmo que convencionais, se postas a
pique.

O projeto nacional de construção de um submarino atômico, de longa
data, ainda patina. Porém, adiantaria apenas a propulsão? Para o
observador mais arguto, a finalidade maior do aumento das capacidades
de romper o contato com rapidez e de deslocamento incógnito por
grandes distâncias, sem se preocupar com o reabastecimento, é muito
restrita. E quanto a possuir um poder maior de retaliação? Para o
cidadão mais preocupado, aquele não especializado no assunto mas que
vai pagar o “nautilus”com seus impostos, evidenciá-lo subtenderia ao
menos a capacidade de disparar balísticos, mesmo que não nucleares,
pelos tubos de torpedos. A 2ª GM, que não se olvide, teve duração
maior devido à resistência e ao desgaste infligidos aos aliados pela
campanha submarina. Quem sabe o mapa do caminho comece por aí?

É de se perguntar: o que fazer? Acontece que nossa indústria naval,
se dimensionada, não vai começar do zero. Muito já se fez, uma Frota
Nacional de Petroleiros (FRONAPE), e isto em estaleiros que hoje são
capazes de construir navios de grande tonelagem com tecnologia náutica
de alto nível. O que falta então para que se faça recuperar a posição,
de 1972, de 2º construtor naval no ranking mundial? Por que não
disponibilizar para a Marinha do Brasil parte dos recursos do PAC?
Atenção, perigo: agora nossa esquadra está incapaz de garantir a posse
das jazidas de petróleo fino no pré-sal do litoral brasileiro!
Precisamos, sim, especialmente de submarinos sofisticados. Ou o
governo investe nessas belonaves ou cede também as nossas plataformas
de exploração de petróleo ao “patrimônio da humanidade”.

Governo, parlamentares, tribunos atordoados deste fragilizado “florão
da América”, atentai bem, mais recursos para reaparelhar a Marinha
poderiam advir, para começar: pelo saneamento dos gastos públicos,
pela poupança com salários menos perdulários para congressistas que se
ocupam apenas três dias na semana, pela recuperação e realocamento de
verbas perdidas no superfaturamento das obras do “PAC”. Sobretudo,
porém, pesaria muito mais na balança a conscientização da opinião
pública de que governantes, políticos e sociedade estão a precisar,
muito mais, ao invés de crescimento mal gerenciado, de um urgente e
emergencial “Programa de Recuperação de Auto-Estima e Sobrevivência
Nacional”. E por falar em sobrevida da nacionalidade, sinal de alerta,
queiramos ou não existe agora além da Amazônia um pré-sal, sendo a
nossa Marinha um pilar vital da garantia dos seus recursos para nossos
filhos e netos.




Paulo Ricardo da Rocha Paiva


Coronel de Infantaria e Estado-Maior

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Frase do dia

"Você é a média das cinco pessoas com as quais passa mais tempo."
"You are the average of the five people you spend the most time with." ~ Jim Rohn

Quando o novo ano se aproxima, costumamos decidir o que vamos mudar, em nossas vidas. Se fizermos do modo certo, conseguimos. Caso contrário, repetimos os mesmos desejos no ano seguinte.

Sempre perguntam como criar um ano maravilhoso. Entre as sugestões que já li, uma que vale a pena destacar: disse que você deve cercar-se de pessoas que sejam positivas e que apóiem seus sonhos, sua vontade de mudar e realizar.

Por quê? Porque nossa força, nossa felicidade e nossa completude residem sempre nas pessoas que nos cercam e com as quais dividimos nossa vida. Se você escolher a pessoa errada para dividir sua vida, seus sonhos e seus projetos, ficará tudo igual. Porque o futuro só muda para quem quer mudar o futuro, caso contrário será apenas uma eterna repetição do presente. Com mais cabelos brancos, mas ainda assim, uma repetição.

Você é a média das pessoas com as quais passa mais tempo. Como são? Olhe para elas, porque é assim que você será, no futuro. Somos a média emocional, financeira, espiritual e de qualidade de vida das cinco pessoas com as quais passamos mais tempo. Se você tem que ficar ao lado de uma delas, negativa, tente compensar com outras quatro, positivas. Isso já ajuda muito!

Agora, pense comigo e responda francamente:
Quais serão as pessoas das quais você vai aproximar-se, este ano? Quais serão aquelas das quais você, lenta e gentilmente, vai se afastar?

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Vinganca ou maluquice?

Vingança ou maluquice?

(escrito por: Alexandre Garcia)

O País viveu em paz por 30 anos, até que a dupla Genro/Vanucci resolveu desenterrar o passado.


Os militares não queriam o poder. Pressionados pelas ruas, pelos meios
de informação, derrubaram Goulart e acabaram ficando 30 anos. Quando
derrubaram o presidente, já havia grupos treinados em Cuba, na China e
União Soviética para começar por aqui uma revolução socialista. Com a
contra-revolução liderada pelos militares, esses grupos se
reorganizaram para a resistência armada. E o governo se organizou para
combatê-los. Houve uma guerra interna de que os brasileiros, em geral,
não tomaram conhecimento porque enquanto durou, quase 20 anos, houve
um total de 500 mortos - número que o trânsito, hoje, ultrapassa em
menos de uma semana. Numa estratégia elaborada pela dupla Geisel-
Golbery, planejou- se então devolver o poder aos civis de forma
“lenta, gradual e segura”. E, como coroamento do processo, o governo
fez aprovar no Congresso, em 1979, a Lei da Anistia, bem mais
abrangente que a defendida pela oposição. Uma lei que pacificasse o
país, no novo tempo de democracia que se iniciava. Uma anistia “ampla,
geral e irrestrita”. Que institucionalizasse o esquecimento, a pá-de-
cal, pelos crimes cometidos por ambos os contendores, na suja guerra
interna. Incluíam-se os que mataram, assaltaram, jogaram bombas,
roubaram - de um lado - e os que mataram e torturaram do outro. A
Nação inteira respirou aliviada quando o Congresso aprovou o projeto
do governo e os banidos e asilados começaram a voltar, entre eles o
mais famoso de todos, Fernando Gabeira, que havia sequestrado, junto
com Franklin Martins, o embaixador americano. E o Brasil viveu em paz
por 30 anos, elegendo presidentes, descobrindo escândalos de
corrupção, ganhando copas do mundo. Até que a dupla Tarso Genro,
ministro da Justiça, e seu secretário de Direitos Humanos, Paulo
Vanucchi, resolveram desenterrar o passado para se vingar de supostos
algozes de seus companheiros de esquerda revolucionária. Criaram um
órgão para isso. Puseram tudo num decreto, e passaram para o Gabinete
Civil, da Ministra Dilma. De lá, o calhamaço foi para a assinatura do
presidente Lula, envolvido, na Dinamarca, com a empulhação do
“aquecimento global”. Lula alega que assinou sem ver. E eu fico
curioso por saber se a assinatura tem valor, porque aqui no Brasil
havia um presidente em exercício, José Alencar. O ministro Nélson
Jobim, surpreendido com a unilateralidade do decreto, pediu demissão.
E os três comandantes militares se solidarizaram com o ministro. Até
que se revolva o impasse, está no ar a primeira crise militar do
governo Lula. O decreto cria um órgão para estudar a revogação da
pacificadora Lei de Anistia. Orienta a punição dos torturadores mas
não dos sequestradores, assassinos e terroristas. Preserva, assim,
soldados da guerra revolucionária como os ministros Dilma, Franklin e
Minc. E vai atrás de coronéis da reserva. Baseia-se na Constituição,
que considera tortura crime imprescritível; omite que terrorismo
também é imprescritível, pela Constituição. E esquece o princípio de
Direito pelo qual a lei só retroage para beneficiar o réu, não para
condená-lo. A Lei de Anistia é de 1979 e a Constituição de 1988. Por
que agitar um país pacificado? Vingança ou maluquice mesmo?

Alexandre Garcia é jornalista -

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Deficit de atencao

Déficit de atenção

(escrito por: Dora Kramer)

A confusão quase-crise entre os ministérios da Justiça e Defesa -leia-
se Forças Armadas-, que fechou 2009 e reabriu a recorrente questão
sobre a punição aos crimes contra a vida cometidos durante a ditadura,
exibiu a face contraproducente do modo espetáculo de Luiz Inácio da
Silva governar o Brasil.

Isso partindo da premissa de que o presidente da República falou a
verdade quando disse que assinou decreto de criação do Programa
Nacional de Direitos Humanos sem conhecer seu conteúdo. Grave em si, o
fato não é incomum.

O antecessor de Lula mesmo, Fernando Henrique Cardoso, bem mais afeito
à leitura e interesse por detalhes, assinou sem ler um decreto que
poderia manter documentos oficiais sob sigilo eterno. O ex-presidente
justificou que assinou "como rotina" e atribuiu a falha a um descuido
burocrático ou a má-fé de "alguém" a quem não denominou. Ou não
identificou.

Quem conhece a sistemática do Palácio sabe como as coisas funcionam:
"No fim do expediente entra no gabinete presidencial um chefe da Casa
Civil com a papelada para o presidente assinar antes de enviar os atos
à publicação no Diário Oficial. Em geral, enquanto conversam o
presidente assina os documentos não necessariamente mediante exame",
descreve o deputado Raul Jungmann, presidente da Frente Parlamentar de
Defesa Nacional e ministro da Reforma Agrária no governo FH.

Daí não ser de todo inverossímil, desta vez, a versão de que Lula não
sabia que o decreto tratava entre outras coisas da possibilidade da
revisão da Lei da Anistia e de tolices revanchistas como a retirada
dos nomes de presidentes do regime militar de pontes, rodovias,
praças, ruas e prédios públicos.

Um contrassenso até em face das repetidas referências elogiosas que o
presidente faz às realizações e até ao modelo administrativo desses
governos.

Mais difícil de acreditar é que o presidente Lula ignorasse os termos
do acordo que, segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, foi dura e
intensamente negociado entre a sua pasta, os comandantes das três
Forças, os primeiros escalões do Exército, Marinha e Aeronáutica, e o
Ministério da Justiça, na figura do secretário nacional de Direitos
Humanos, Paulo Vannuchi.

Se de fato ignorava, de duas uma: ou o presidente foi induzido ao erro
pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ou errou em decorrência
de seu déficit de atenção em relação aos assuntos de governo que não
se relacionem diretamente com embates de natureza político-eleitoral
ou com o culto à sua personalidade.

Não é crível que um assunto que no ano passado havia feito explodir
divergências públicas, entre os mesmos personagens e arquivado por
ordem de Lula, não estivesse sendo acompanhado pelo presidente.

Em qualquer das duas hipóteses houve quebra de confiança. Ou da
ministra para com o presidente ou de Lula em relação às Forças
Armadas, uma instituição pautada pelo princípio da disciplina e da
hierarquia.

Pelo acerto, a Comissão da Verdade, na expressão do deputado Jungmann,
uma espécie de "CPI da ditadura", investigaria os crimes cometidos
durante o período autoritário levando em conta não apenas as ações dos
militares, mas também os atos dos integrantes da resistência pela vida
da luta armada.

O texto apresentado e assinado pelo presidente Lula, no entanto, só
fazia referência a investigações aos crimes cometidos pelo "aparelho
de Estado", vale dizer, os militares e os civis que serviram como
braços auxiliares.

Se a ideia foi criar uma dificuldade para dirimi-las no decorrer de
uma negociação posterior, quando o projeto de lei chegasse ao
Congresso, por exemplo, foi uma péssima ideia.

Não pela essência, dado que o direito de um país à sua memória é
sagrado e que, mais dia menos dia, o Brasil terá de enfrentar a
questão. A tortura e o terror universalmente não se submetem a
legislações específicas, são atos condenados em tratados
internacionais dos quais o Brasil é signatário.

O problema foi a forma. Se já é difícil fazer com que os militares
concordem em criar uma instância para o reexame de crimes que podem
"tragar" a instituição para um passado com o qual a maioria não guarda
a menor relação, impossível é fazê-los aceitar a quebra da palavra
empenhada.

Se as coisas se passaram realmente conforme o relato que fez o
ministro da Defesa e os comandantes das três Forças protestarem por
meio dos pedidos de demissão, houve quebra grave de confiança e não é
assim que se conduzem negociações nesse meio. Não foi assim que se
conduziu a campanha que resultou na anistia e abriu caminho para a
redemocratização.

Se com o Congresso e com a opinião pública a força da popularidade
presidencial se sobrepõe ao valor da palavra dita e a reticência é
admitida, com as Forças Armadas o "sim" e o "não" são limites
intransponíveis de uma linha a ser defendida a qualquer custo.

Não por veleidades antidemocráticas, mas pelo temor da desmoralização

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Imprensa no abismo

VAI, IMPRENSA, FELIZ PARA O ABISMO!!!

Revista Veja, sexta-feira, 8 de janeiro de 2010 | 17:47

Se os avestruzes escrevessem artigos - mulas e jumentos têm escrito
como nunca -, certamente criticariam os alienados de sua espécie com
uma comparação: “Esses aí parecem aqueles humanos jornalistas; diante
do perigo, preferem esconder a cabeça…” Como o leitor deve imaginar, a
história de que a ave enterra o cocuruto no chão quando ameaçada não
deve proceder, né? Sei lá, nunca li a respeito. Suponho que seja uma
tolice porque, fosse assim, não haveria mais avestruzes. Os
desengonçados certamente vieram ao mundo aparelhados com o tal
instinto de sobrevivência, que falta a boa parte da imprensa. Avestruz
é feio pra caramba, mas não é idiota.

Entre os grandes veículos, só O Globo e os principais jornais da TV
Globo deram o devido destaque à ameaça de censura à imprensa contida
no tal “decreto dos direitos humanos”, aquela peça notavelmente
autoritária que vale por uma espécie de miniconstituinte. O texto
resolveu cuidar de tudo: além da revanche contra os militares, da
extinção da propriedade privada e do cerceamento à imprensa, trata do
casamento gay, da descriminação do aborto, de quilombolas, pescadores,
hortas, viveiros, pomares… Em suma, meus caros leitores, pensem aí
numa palavra qualquer e acionem a tecla “localizar”. Se a procura der
negativa, é só questão de achar o sinônimo.

Trata-se de uma absoluta novidade jurídica - e, como diz certo clichê,
se é coisa que só dá no Brasil, não sendo jabuticaba, então é
besteira. O decreto, como demonstrei aqui, é uma peça notável de
proselitismo político, pautado pela extrema esquerda do PT. Os dois
setores mais visados por sugestões de caráter claramente punitivo são
a agroindústria E A “MÍDIA”.

Muito bem. E o que fazem setores da imprensa? O Estadão, por exemplo,
ignorou ontem o assunto na sua edição online. Não! Para ser preciso,
deu destaque a um manifesto de repúdio aos militares assinado pelo tal
Movimento Nacional de Direitos Humanos. O texto foi parar na edição
impressa. Na eletrônica de hoje, pode-se ler a reação da Secretaria
Nacional de Direitos Humanos às críticas recebidas pelo documento -
AQUELAS QUE FORAM IGNORADAS!!!

A Folha Online de ontem deu destaque às críticas que a Confederação
Nacional de Agricultura fez ao decreto. O texto está na edição
impressa, acompanhado de outros dois: um com as restrições da Igreja e
outro lembrando o descontentamento dos militares. Sobre a defesa óbvia
da censura e da punição às empresas de comunicação, não há uma
miserável palavra. NADA!!! É como se não existisse.

Mandam-me, aliás, trechos de um artigo publicado na Folha Online em
que alguém escreve algo assim: se os militares estão contra o decreto,
então é sinal de que ele é necessário. Seria alguém pontificando sobre
aquilo que não leu? É a hipótese benevolente. Pode ser que tenha lido.
E que concorde com tudo o que vai lá. É gente que usa a liberdade de
que dispõe para defender um documento que confere grandeza moral à
censura e que usa os “direitos humanos” para impor uma pauta
autoritária. Os nazistas fizeram assim: recorreram à tese da suposta
conspiração contra o estado para justificar a brutalidade anti-semita.
Autoritários não precisam de motivos, só de pretextos. Aos idiotas e
lesos, pretextos são suficientes. A seguir certa “sapiência” jurídica,
os descendentes da família real brasileira podem processar, sei lá, a
República por causa do golpe de 1889…

Imaginem tudo acontecendo conforme querem Dilma Rousseff, Franklin
Martins, Paulo Vannuchi, Tarso Genro e… LULA - AQUELE QUE SEMPRE SABE
DE TUDO. A imprensa será controlada por um “tribunal de ética” (num
artigo, José Dirceu perdeu o pudor de vez e chamou de “tribunal”)
formado pelo PT, conforme proposta aprovada na Confecom, e por um
tribunal dos direitos humanos, também controlado pelo partido. Eles
definirão o que pode e o que não pode ser escrito. Tudo depende do
Congresso, conforme deixei claro no primeiro artigo que escrevi sobre
o decreto. Mas isso é só um perigo adicional.

A despeito dos fatos, esses setores da imprensa preferem fazer de
conta que o decreto atinge os interesses de “ruralistas, católicos e
militares reacionários”. Não são dignos da liberdade de que desfrutam
— liberdade conquistada pela resistência democrática e que nada deve,
nem uma miserável vírgula, aos terroristas que tentaram implementar
uma ditadura comunista no país. Se não dispunham dos meios adequados e/
ou suficientes para lograr seus objetivos, isso só revela a sua
estupidez adicional, sem jamais enobrecer os seus propósitos.

Porque os idiotas não estão à altura dessa liberdade, há quem se
ofereça para dispor dela, solapando-a. Candidatam-se a áulicos do rei,
a serviçais do regime, a escribas do poder. Bem, se assim acontecer, o
vício já então adquirido certamente não lhes há de provocar qualquer
estranhamento. Acostumados a servir por vontade, nem irão perceber
que terão passado a servir por obrigação.

Boa parte da imprensa caminha feliz para o abismo, como aquela imagem
na carta de Tarô. E prefere acusar o “exagero” e a “paranóia” de quem
lhes causa o incômodo de chamar a coisa pelo nome que a coisa tem. Não
entendo rigorosamente nada de adivinhações. Católicos são
aborrecidamente racionais para se dedicar a essas coisas. Não tenho a
menor noção se, embora aparentemente negativa, a carta traz um bom
auspício. Uma coisa eu sei sem adivinhação nenhuma: a liberdade de
imprensa é o próximo alvo dos petistas. E a dita grande imprensa está
tomada de jornalistas que, na prática, indagam: “Liberdade pra quê?”

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Rituais

(Historiador do cotidiano)

Todos nós temos ritos e rituais. Para as mais diversas coisas. Sejam os procedimentos que você adota antes de tomar banho, antes de sair na rua dirigindo ou até mesmo antes de dormir. Tem quem chame de "manias", outros de "costumes", mas no final das contas todos esses procedimentos são rituais pessoais, que cada qual faz à sua maneira e com ações diferentes das outras pessoas.

Recentemente passamos por um ritual que é quase padrão para, pelo menos, nós brasileiros: o ano novo, ou melhor, as promessas de ano novo! Céus... Acho que 99% das pessoas fez promessas para o ano novo, e esse ritual decorre de outro (às vezes) assustador: a retrospectiva do ano que passou.

Eu também tenho meus rituais de análise. Um deles consiste em, no aeroporto (ou rodoviária) após uma viagem e enquanto espero o veículo que me levará para casa - e quando chego com tempo, ao invés das funcionárias chamando meu nome no altofalante - gosto de analisar como foi a viagem, as coisas boas e não tão boas que aconteceram, como fazer da próxima vez pra ser melhor, o que esqueci de levar, o que levei que não deveria, ente outras coisas.

Neste exato momento, sentado na sala de espera do aeroporto, penso sobre minha estadia em Salvador. Foram poucos dia, e faziam anos que não pisava em tal cidade. Confesso que novamente não gostei da insegurança nas ruas e áreas históricas da cidade.

Mas enfim, no meu ritual de análise pós-viagem, cheguei à conclusão que se alguém for viajar para Salvador e me perguntar o que levar, sem pestanejar responderei: "leve paciência". Porque, falando sério, ô cidadezinha em que nada funciona direito! É tudo MUIIIIITO lento! Chega a dar agonia! Até o aeroporto que deveria ser diferente, chega a ser pior!

Mas enfim, e você? Quais os seus rituais? O que você faz antes, durante e depois de qualquer ação, contanto que seja padronizado? Quais os seus rituais? Como você age no seu cotidiano? Quais são os seus rituais?

Se você começar a prestar atenção nos seus rituais, aprenderá muito mais sobre você mesmo e seu crescimento humano será muiiiito maior.

Então me responda francamente:
Quais os seus rituais?

A receita do ano novo

"Tudo está conectado. Nada consegue mudar por si só."
Everything is connected. No one thing can change by itself" ~Paul Hawken



A RECEITA DO NOVO ANO

O ano novo é sempre parte do nosso passado vivido com parte do nosso futuro imaginado. O que o torna igual ao anterior são as coisas que não faremos. O que o torna diferente são as ações que incluímos na receita que irá ao forno da vida.

Agir não garante que as coisas melhorem, mas para que as coisas melhorem temos que agir. É nessa estranha, e aparente confusa lógica, que residem seus desejos de um ano novo especial. E os meus.

Nosso passado e futuro estão conectados. As pessoas de nossa vida estão conectadas. Nossas ações, ou inações, estão conectadas. Por isso, ao melhorar uma área qualquer de sua vida, você melhora automaticamente centenas de outras. Porque como diz Paul Hawken, "tudo está conectado. Nada consegue mudar por si só".

Agora, pense comigo e responda francamente:
Que pequenas mudanças você AGIRÁ para que aconteçam em sua vida hoje?