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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O que eh representar um povo?

(autor desconhecido)

O que é representar um povo?

Em meio à crise moral em que a capital do Brasil se encontra, os
militares confirmam o sentido da expressão: servir à pátria.
Brasília: político e patriótica. Dois endereços, duas faces. A da
Câmara Legislativa ignora. Já a da Vila Militar, acode. O que é estar
a serviço do povo?

“Há tempo de falar e de calar. O meu é tempo de calar”, enfatiza a
deputada Eurides Brito (PMDB).

De se calar? Os nossos militares se calaram porque souberam ouvir em
volta. A repórter Lília Teles acompanhou o resgate de uma enfermeira,
dos escombros do terremoto no Haiti, e relatou esse momento: “Ele está
pedindo silêncio, agora. Está ouvindo uma voz, um pedido de socorro:
‘está aqui, aqui’”, diz a jornalista.

O que é representar um povo? Nossos militares rezaram para agradecer
por estarem no Haiti no momento do Terremoto. “Graças a Deus, a gente
estava aqui. Foi a primeira coisa que eu pensei”, ressalta o sargento
Marco Antônio Leôncio.

Para servir ao próximo e não ignorá-lo mesmo o vendo sofrer. “Pelo que
eu vi, a poeira subindo na cidade e em todos os cantos, eu sabia que
‘eles’ estariam em apuros. Eu sabia que ia morrer muita gente, sabia
que nós seríamos os primeiros a chegar. E a participação da força do
Brasil seria fundamental”, afirma o sargento Leôncio.

Enquanto os políticos se trancam ao calor do dinheiro, os militares
abrem suas almas ou sentem o toque do pulsar da vida. “Ela está
segurando a minha mão. Está bem, está bem”, vibra o sargento Leôncio,
no momento do resgate da enfermeira de 43 anos que está grávida.

E ficam gigantes: “Uma vida é uma vida. Mesmo que a gente tirasse
apenas uma pessoa com vida, naquela situação, já valeria a pena”,
destaca o militar.

Gigantes! E aí nos tornaram enormes, cheios de orgulhos.

Moral da história

Com quem nós nos identificamos: com esses militares; com a doutora
Zilda Arns; com os bombeiros do DF que foram para o Haiti; com os que
se doam ou com aqueles que se servem dos impostos do povo e aceitam
doações ilegais? Quem são os nossos heróis?

(autor desconhecido)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Vinganca ou maluquice?

Vingança ou maluquice?

(escrito por: Alexandre Garcia)

O País viveu em paz por 30 anos, até que a dupla Genro/Vanucci resolveu desenterrar o passado.


Os militares não queriam o poder. Pressionados pelas ruas, pelos meios
de informação, derrubaram Goulart e acabaram ficando 30 anos. Quando
derrubaram o presidente, já havia grupos treinados em Cuba, na China e
União Soviética para começar por aqui uma revolução socialista. Com a
contra-revolução liderada pelos militares, esses grupos se
reorganizaram para a resistência armada. E o governo se organizou para
combatê-los. Houve uma guerra interna de que os brasileiros, em geral,
não tomaram conhecimento porque enquanto durou, quase 20 anos, houve
um total de 500 mortos - número que o trânsito, hoje, ultrapassa em
menos de uma semana. Numa estratégia elaborada pela dupla Geisel-
Golbery, planejou- se então devolver o poder aos civis de forma
“lenta, gradual e segura”. E, como coroamento do processo, o governo
fez aprovar no Congresso, em 1979, a Lei da Anistia, bem mais
abrangente que a defendida pela oposição. Uma lei que pacificasse o
país, no novo tempo de democracia que se iniciava. Uma anistia “ampla,
geral e irrestrita”. Que institucionalizasse o esquecimento, a pá-de-
cal, pelos crimes cometidos por ambos os contendores, na suja guerra
interna. Incluíam-se os que mataram, assaltaram, jogaram bombas,
roubaram - de um lado - e os que mataram e torturaram do outro. A
Nação inteira respirou aliviada quando o Congresso aprovou o projeto
do governo e os banidos e asilados começaram a voltar, entre eles o
mais famoso de todos, Fernando Gabeira, que havia sequestrado, junto
com Franklin Martins, o embaixador americano. E o Brasil viveu em paz
por 30 anos, elegendo presidentes, descobrindo escândalos de
corrupção, ganhando copas do mundo. Até que a dupla Tarso Genro,
ministro da Justiça, e seu secretário de Direitos Humanos, Paulo
Vanucchi, resolveram desenterrar o passado para se vingar de supostos
algozes de seus companheiros de esquerda revolucionária. Criaram um
órgão para isso. Puseram tudo num decreto, e passaram para o Gabinete
Civil, da Ministra Dilma. De lá, o calhamaço foi para a assinatura do
presidente Lula, envolvido, na Dinamarca, com a empulhação do
“aquecimento global”. Lula alega que assinou sem ver. E eu fico
curioso por saber se a assinatura tem valor, porque aqui no Brasil
havia um presidente em exercício, José Alencar. O ministro Nélson
Jobim, surpreendido com a unilateralidade do decreto, pediu demissão.
E os três comandantes militares se solidarizaram com o ministro. Até
que se revolva o impasse, está no ar a primeira crise militar do
governo Lula. O decreto cria um órgão para estudar a revogação da
pacificadora Lei de Anistia. Orienta a punição dos torturadores mas
não dos sequestradores, assassinos e terroristas. Preserva, assim,
soldados da guerra revolucionária como os ministros Dilma, Franklin e
Minc. E vai atrás de coronéis da reserva. Baseia-se na Constituição,
que considera tortura crime imprescritível; omite que terrorismo
também é imprescritível, pela Constituição. E esquece o princípio de
Direito pelo qual a lei só retroage para beneficiar o réu, não para
condená-lo. A Lei de Anistia é de 1979 e a Constituição de 1988. Por
que agitar um país pacificado? Vingança ou maluquice mesmo?

Alexandre Garcia é jornalista -

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Deficit de atencao

Déficit de atenção

(escrito por: Dora Kramer)

A confusão quase-crise entre os ministérios da Justiça e Defesa -leia-
se Forças Armadas-, que fechou 2009 e reabriu a recorrente questão
sobre a punição aos crimes contra a vida cometidos durante a ditadura,
exibiu a face contraproducente do modo espetáculo de Luiz Inácio da
Silva governar o Brasil.

Isso partindo da premissa de que o presidente da República falou a
verdade quando disse que assinou decreto de criação do Programa
Nacional de Direitos Humanos sem conhecer seu conteúdo. Grave em si, o
fato não é incomum.

O antecessor de Lula mesmo, Fernando Henrique Cardoso, bem mais afeito
à leitura e interesse por detalhes, assinou sem ler um decreto que
poderia manter documentos oficiais sob sigilo eterno. O ex-presidente
justificou que assinou "como rotina" e atribuiu a falha a um descuido
burocrático ou a má-fé de "alguém" a quem não denominou. Ou não
identificou.

Quem conhece a sistemática do Palácio sabe como as coisas funcionam:
"No fim do expediente entra no gabinete presidencial um chefe da Casa
Civil com a papelada para o presidente assinar antes de enviar os atos
à publicação no Diário Oficial. Em geral, enquanto conversam o
presidente assina os documentos não necessariamente mediante exame",
descreve o deputado Raul Jungmann, presidente da Frente Parlamentar de
Defesa Nacional e ministro da Reforma Agrária no governo FH.

Daí não ser de todo inverossímil, desta vez, a versão de que Lula não
sabia que o decreto tratava entre outras coisas da possibilidade da
revisão da Lei da Anistia e de tolices revanchistas como a retirada
dos nomes de presidentes do regime militar de pontes, rodovias,
praças, ruas e prédios públicos.

Um contrassenso até em face das repetidas referências elogiosas que o
presidente faz às realizações e até ao modelo administrativo desses
governos.

Mais difícil de acreditar é que o presidente Lula ignorasse os termos
do acordo que, segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, foi dura e
intensamente negociado entre a sua pasta, os comandantes das três
Forças, os primeiros escalões do Exército, Marinha e Aeronáutica, e o
Ministério da Justiça, na figura do secretário nacional de Direitos
Humanos, Paulo Vannuchi.

Se de fato ignorava, de duas uma: ou o presidente foi induzido ao erro
pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ou errou em decorrência
de seu déficit de atenção em relação aos assuntos de governo que não
se relacionem diretamente com embates de natureza político-eleitoral
ou com o culto à sua personalidade.

Não é crível que um assunto que no ano passado havia feito explodir
divergências públicas, entre os mesmos personagens e arquivado por
ordem de Lula, não estivesse sendo acompanhado pelo presidente.

Em qualquer das duas hipóteses houve quebra de confiança. Ou da
ministra para com o presidente ou de Lula em relação às Forças
Armadas, uma instituição pautada pelo princípio da disciplina e da
hierarquia.

Pelo acerto, a Comissão da Verdade, na expressão do deputado Jungmann,
uma espécie de "CPI da ditadura", investigaria os crimes cometidos
durante o período autoritário levando em conta não apenas as ações dos
militares, mas também os atos dos integrantes da resistência pela vida
da luta armada.

O texto apresentado e assinado pelo presidente Lula, no entanto, só
fazia referência a investigações aos crimes cometidos pelo "aparelho
de Estado", vale dizer, os militares e os civis que serviram como
braços auxiliares.

Se a ideia foi criar uma dificuldade para dirimi-las no decorrer de
uma negociação posterior, quando o projeto de lei chegasse ao
Congresso, por exemplo, foi uma péssima ideia.

Não pela essência, dado que o direito de um país à sua memória é
sagrado e que, mais dia menos dia, o Brasil terá de enfrentar a
questão. A tortura e o terror universalmente não se submetem a
legislações específicas, são atos condenados em tratados
internacionais dos quais o Brasil é signatário.

O problema foi a forma. Se já é difícil fazer com que os militares
concordem em criar uma instância para o reexame de crimes que podem
"tragar" a instituição para um passado com o qual a maioria não guarda
a menor relação, impossível é fazê-los aceitar a quebra da palavra
empenhada.

Se as coisas se passaram realmente conforme o relato que fez o
ministro da Defesa e os comandantes das três Forças protestarem por
meio dos pedidos de demissão, houve quebra grave de confiança e não é
assim que se conduzem negociações nesse meio. Não foi assim que se
conduziu a campanha que resultou na anistia e abriu caminho para a
redemocratização.

Se com o Congresso e com a opinião pública a força da popularidade
presidencial se sobrepõe ao valor da palavra dita e a reticência é
admitida, com as Forças Armadas o "sim" e o "não" são limites
intransponíveis de uma linha a ser defendida a qualquer custo.

Não por veleidades antidemocráticas, mas pelo temor da desmoralização

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Imprensa no abismo

VAI, IMPRENSA, FELIZ PARA O ABISMO!!!

Revista Veja, sexta-feira, 8 de janeiro de 2010 | 17:47

Se os avestruzes escrevessem artigos - mulas e jumentos têm escrito
como nunca -, certamente criticariam os alienados de sua espécie com
uma comparação: “Esses aí parecem aqueles humanos jornalistas; diante
do perigo, preferem esconder a cabeça…” Como o leitor deve imaginar, a
história de que a ave enterra o cocuruto no chão quando ameaçada não
deve proceder, né? Sei lá, nunca li a respeito. Suponho que seja uma
tolice porque, fosse assim, não haveria mais avestruzes. Os
desengonçados certamente vieram ao mundo aparelhados com o tal
instinto de sobrevivência, que falta a boa parte da imprensa. Avestruz
é feio pra caramba, mas não é idiota.

Entre os grandes veículos, só O Globo e os principais jornais da TV
Globo deram o devido destaque à ameaça de censura à imprensa contida
no tal “decreto dos direitos humanos”, aquela peça notavelmente
autoritária que vale por uma espécie de miniconstituinte. O texto
resolveu cuidar de tudo: além da revanche contra os militares, da
extinção da propriedade privada e do cerceamento à imprensa, trata do
casamento gay, da descriminação do aborto, de quilombolas, pescadores,
hortas, viveiros, pomares… Em suma, meus caros leitores, pensem aí
numa palavra qualquer e acionem a tecla “localizar”. Se a procura der
negativa, é só questão de achar o sinônimo.

Trata-se de uma absoluta novidade jurídica - e, como diz certo clichê,
se é coisa que só dá no Brasil, não sendo jabuticaba, então é
besteira. O decreto, como demonstrei aqui, é uma peça notável de
proselitismo político, pautado pela extrema esquerda do PT. Os dois
setores mais visados por sugestões de caráter claramente punitivo são
a agroindústria E A “MÍDIA”.

Muito bem. E o que fazem setores da imprensa? O Estadão, por exemplo,
ignorou ontem o assunto na sua edição online. Não! Para ser preciso,
deu destaque a um manifesto de repúdio aos militares assinado pelo tal
Movimento Nacional de Direitos Humanos. O texto foi parar na edição
impressa. Na eletrônica de hoje, pode-se ler a reação da Secretaria
Nacional de Direitos Humanos às críticas recebidas pelo documento -
AQUELAS QUE FORAM IGNORADAS!!!

A Folha Online de ontem deu destaque às críticas que a Confederação
Nacional de Agricultura fez ao decreto. O texto está na edição
impressa, acompanhado de outros dois: um com as restrições da Igreja e
outro lembrando o descontentamento dos militares. Sobre a defesa óbvia
da censura e da punição às empresas de comunicação, não há uma
miserável palavra. NADA!!! É como se não existisse.

Mandam-me, aliás, trechos de um artigo publicado na Folha Online em
que alguém escreve algo assim: se os militares estão contra o decreto,
então é sinal de que ele é necessário. Seria alguém pontificando sobre
aquilo que não leu? É a hipótese benevolente. Pode ser que tenha lido.
E que concorde com tudo o que vai lá. É gente que usa a liberdade de
que dispõe para defender um documento que confere grandeza moral à
censura e que usa os “direitos humanos” para impor uma pauta
autoritária. Os nazistas fizeram assim: recorreram à tese da suposta
conspiração contra o estado para justificar a brutalidade anti-semita.
Autoritários não precisam de motivos, só de pretextos. Aos idiotas e
lesos, pretextos são suficientes. A seguir certa “sapiência” jurídica,
os descendentes da família real brasileira podem processar, sei lá, a
República por causa do golpe de 1889…

Imaginem tudo acontecendo conforme querem Dilma Rousseff, Franklin
Martins, Paulo Vannuchi, Tarso Genro e… LULA - AQUELE QUE SEMPRE SABE
DE TUDO. A imprensa será controlada por um “tribunal de ética” (num
artigo, José Dirceu perdeu o pudor de vez e chamou de “tribunal”)
formado pelo PT, conforme proposta aprovada na Confecom, e por um
tribunal dos direitos humanos, também controlado pelo partido. Eles
definirão o que pode e o que não pode ser escrito. Tudo depende do
Congresso, conforme deixei claro no primeiro artigo que escrevi sobre
o decreto. Mas isso é só um perigo adicional.

A despeito dos fatos, esses setores da imprensa preferem fazer de
conta que o decreto atinge os interesses de “ruralistas, católicos e
militares reacionários”. Não são dignos da liberdade de que desfrutam
— liberdade conquistada pela resistência democrática e que nada deve,
nem uma miserável vírgula, aos terroristas que tentaram implementar
uma ditadura comunista no país. Se não dispunham dos meios adequados e/
ou suficientes para lograr seus objetivos, isso só revela a sua
estupidez adicional, sem jamais enobrecer os seus propósitos.

Porque os idiotas não estão à altura dessa liberdade, há quem se
ofereça para dispor dela, solapando-a. Candidatam-se a áulicos do rei,
a serviçais do regime, a escribas do poder. Bem, se assim acontecer, o
vício já então adquirido certamente não lhes há de provocar qualquer
estranhamento. Acostumados a servir por vontade, nem irão perceber
que terão passado a servir por obrigação.

Boa parte da imprensa caminha feliz para o abismo, como aquela imagem
na carta de Tarô. E prefere acusar o “exagero” e a “paranóia” de quem
lhes causa o incômodo de chamar a coisa pelo nome que a coisa tem. Não
entendo rigorosamente nada de adivinhações. Católicos são
aborrecidamente racionais para se dedicar a essas coisas. Não tenho a
menor noção se, embora aparentemente negativa, a carta traz um bom
auspício. Uma coisa eu sei sem adivinhação nenhuma: a liberdade de
imprensa é o próximo alvo dos petistas. E a dita grande imprensa está
tomada de jornalistas que, na prática, indagam: “Liberdade pra quê?”