Uma das principais conseqüências do bronzeamento excessivo é o aparecimento do câncer de pele, doença que pode matar.
Com a chegada do verão e o aumento das temperaturas, praias, cachoeiras e clubes no Brasil inteiro se transformam nos pontos favoritos para o turismo de lazer. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) chama a atenção para os cuidados com a pele neste período e para os riscos que os raios solares podem trazer, como o aparecimento do câncer de pele.
A exposição excessiva e constante à radiação ultravioleta dos raios solares é a principal causa para o aparecimento do câncer de pele. "Ao contrário do que muitos pensam, pele queimada não é sinal de saúde. O sol em excesso, ao longo dos anos, também pode causar queimaduras e envelhecimento precoce", alerta Carlos Eduardo Alves dos Santos, chefe da área de Dermatologia do Inca. Segundo ele, o bronzeamento é uma agressão à pele, que reage ao receber uma carga exagerada de radiação solar.
O melanoma é a forma mais perigosa de câncer de pele. Embora atinja apenas 5% dos pacientes, tem grande probabilidade de se espalhar para outras partes do corpo - fenômeno que a medicina chama de metástase. Os efeitos nocivos do sol são cumulativos, por isso é comum que lesões apareçam na maioria das vezes após os 40 anos.
Algumas medidas simples ajudam a prevenir o câncer de pele. Deve-se evitar a exposição direta ao sol das 10h às 16h e usar filtro solar com fator de proteção igual ou superior ao 15. Sua reaplicação a cada duas horas é importante, principalmente para quem transpira e permanece dentro da água.
E não é só quem aproveita as férias nas praias e clubes que precisa ter cuidado com o câncer de pele. As pessoas que trabalham ao ar livre também devem prestar atenção a essas recomendações. Segundo registros do Instituto Nacional de Câncer, os trabalhadores representam uma parcela significativa de vítimas da doença. O guarda-sol, os chapéus e os óculos escuros são úteis para minimizar os efeitos da radiação solar.
O Inca também destaca a importância de atenção especial para as crianças e as pessoas de pele muito clara, que podem sofrer ainda mais com os efeitos da luz solar. Recomenda-se às mães protegerem os bebês ao máximo e mantê-los, sempre que possível, fora da exposição direta ao sol. Os médicos desaconselham as mães a usarem filtro solar em crianças com menos de um ano, pois a pele delas ainda não está preparada para suportar os agentes químicos do produto. Os profissionais de saúde também não recomendam que os pais levem crianças muito pequenas à praia, pelo risco maior que elas têm de sofrerem insolações e de se desidratarem.
SUS - O auto-exame é um complemento para prevenir o câncer de pele. Caso apareçam no corpo manchas que coçam, ardem, escamam ou sangram, sinais ou pintas que mudem de tamanho, formato ou cor e feridas que não cicatrizam, deve-se procurar um dermatologista o mais rápido possível. "O câncer de pele tem cura se for detectado em estágio inicial. Por esse motivo, em caso de qualquer alteração, é importante buscar ajuda médica", orienta Carlos Eduardo. O Sistema Único de Saúde (SUS) possui profissionais aptos para confirmar o diagnóstico e encaminhar o paciente aos Centros de Atendimento do Câncer (Cacon) ou ao Inca, no Rio de Janeiro. O diagnostico pode ser feito em locais como postos de saúde e hospitais universitários.
O tratamento para o câncer de pele é cirúrgico na maioria das vezes, com técnicas como a eletrocirurgia (remoção do tumor por corrente elétrica de alta freqüência) ou a criocirurgia (resfriamento e retirada de lesões por meio do nitrogênio líquido). Também se utiliza como tratamento a radioterapia, indicada em áreas mais difíceis de tratar com cirurgia, como pálpebras, nariz e orelhas.
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