domingo, 30 de novembro de 2008

Ameaca a Soberania Nacional

Por: Gen. Andrade Nery

UMA REAL AMEAÇA À SOBERANIA NACIONAL



Mai 2008 - Gen Eliezer Monteiro Cmt 1ª Bda Inf Selva-Boa Vista, RR

Classificou o CIR, como ONG segregacionista vinculada ao CIMI.

"Que não permite o casamento inter-racial, o Serviço Militar ou que recebam benefícios: Bandeira Brasileira, serviço médico ou odontológico e Construção de Escolas".

O General Monteiro, disse também que o CIR (Conselho Indígena de Roraima) não estimula seus jovens indígenas a prestar o serviço militar, ao contrário de etnias ligadas à Sodiur.

Ele teria dito, também, que "O CIR prega a segregação. Eles não aceitam nem que comunidades indígenas recebam benefícios. A gente às vezes passa numa comunidade ligada ao CIR e oferece uma bandeira do Brasil, pergunta se necessitam alguma coisa, oferece serviço médico e dentista, mas eles dizem que não querem. Recusaram até uma escola do Calha Norte, que oferecemos para ser construída no lugar de uma que foi queimada. Política segregacionista não tem vez aqui".

O CIR defende a demarcação contínua de Raposa e recebe recursos do governo federal para ações em prol dos índios. É vinculado ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e tem proximidade com a Igreja Católica (a da Teologia da Libertação, diga-se). As ONGs dominam postos de controle na reserva. Para entrar em algumas áreas é necessária autorização dessas ONGs - o que vai contra ao que está estabelecido na Constituição brasileira. Por isso, assim como o General Heleno, o General Monteiro acha fundamental que as áreas de fronteira, mesmo sendo terras indígenas, sejam habitadas por índios e não-índios. Para ele, o Estado deveria pensar antes de fazer novas demarcações ou dar prosseguimento às atuais e fechar os processos: "Para que criar terra indígena e entregar para uma ONG cuidar?". Na entrevista publicada no GLOBO, o repórter diz ter questionado o General Monteiro sobre se concordava (com a posição do General Heleno) que a política indigenista brasileira é caótica e diz que a resposta teria sido positiva.

Jul 2008 - O Gen Monteiro é afastado do Comando e nomeado para uma função burocrática.

Jun 2008 - Rodolfo Stavenhargen. Ex-relator da ONU para Direitos Humanos dos Povos Indígenas declarou:

"Se o Brasil alterar a demarcação da Raposa Serra do Sol será punido. Uma reserva indígena em área de fronteira não ameaça a Soberania do Brasil".

O mexicano Rodolfo Stavenhagen, professor do Centro de Estudos Sociológicos do Colégio do México e, durante sete anos, relator da ONU, em palestra sobre o tema 'Os Povos Indígenas, novos Cidadãos Mundiais', na Faculdade de Educação do Campus da Universidade de Brasília (UnB) se disse preocupado com a possibilidade da demarcação da Raposa Serra do Sol ser revista.



As Guerras do Século XXI. Guerra de Quarta Geração.

Os territórios são conquistados pela neutralização de seu desenvolvimento socioeconômico e de seu povoamento, para serem declarados territórios sem soberania efetiva.

A América Latina estaria sob hegemonia dos EUA.

A Africa da União Europeia.

E a Ásia da China.

É a guerra do conhecimento, a chamada Terceira Onda.

Nesse contexto, a internacionalização da Amazônia constitui uma ameaça real à soberania nacional.

A idéia do conflito permanente cria condições para o surgimento de um modelo econômico que seria impossível de instalar em condições de paz. Ao mesmo tempo, é cada vez mais importante a intervenção de Companhias Militares Privadas (CMPs) em todo o mundo, do Iraque até a Colômbia.

Nesse contexto, a liderança nacional vem criando condições objetivas para a perda da soberania e integridade territorial na Amazônia, sem que o oponente precise disparar um tiro.

No debate acadêmico e - em parte - o político, a expressão "novas guerras" foi introduzida para denominar o fato que mais e mais guerras não se dão entre países mas, no interior dos países ou, pelo menos, entre um exército regular e um irregular. A expressão, porém poderia se ampliada porque com as modificações de estratégias de sua condução, vemos que até os países com exércitos regulares estão transferindo a violência para empresas privadas ou estruturas paramilitares: atores que não são os tradicionais nas guerras "comuns".

(Gen Andrade Nery)

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