domingo, 2 de novembro de 2008

Dilbert, meu herói

(Historiador do cotidiano)

Temos formas estranhas de nos compararmos com o mundo que nos cerca, seja ele real, imaginário ou virtual. Às vezes nos identificamos com o mocinho de um filme, às vezes com o anti-herói, e às vezes até com o bandido.

Lembro que vi uma comunidade sobre aquele seriado Scrubs, e tinha um tópico com um enlace para um teste bastante complexo que - ao final - indicaria com qual personagem você se parece mais. Cada pessoa da comunidade dava identificação com alguém... JD, Turk, Elliot, Carla, Bob Kelso, Dr. Jan Itor (rs rs rs), etc... o meu sempre dava com o Dr. Cox.

E assim seguimos nossas vidas. Ouvi dizer que muitas pessoas assistem novelas porque se vêem nas personagens daquelas histórias. Resolvi conferir e informalmente fui perguntando às pessoas que assistem novelas sobre qual o motivo. Digo que, sem sombra de dúvida, mais de 3/4 sentem algum tipo de identificação. E não apenas novelas... tínhamos seriados ótimos como "Sai debaixo" e "Os Normais". Hoje em dia ainda sobrou "A grande família", mas acho que não assisto há mais de ano.

Outra identificação é quando a personagem é o anti-herói. No filme Tropa de Elite o capitão Nascimento bate, atira, interroga de forma eficiente... faz tudo ao contrário dos clássicos heróis de filmes, e mesmo assim nós torcemos por ele. Primeiro porque ele faz o que todos nós gostaríamos: enfiar a mão nos vagabundos. Segundo porque bandido bom é bandido morto. E no filme não ficam aqueles veados dos direitos humanos com putaria de defender os bandidos.

Aliás, já perceberam que em todos os filmes hollywoodianos o mocinho nunca mata o bandido? Nunca! Sempre o bandido escorrega e cai, ou se fere sozinho, ou está pendurado segurando o herói mas a mão dele escapa, e por aí vai.

Um filme que gera muita identificação, de toda a natureza, é a coletânia de Guerra nas Estrelas e seus seis episódios. Mas enfim, Guerra nas Estrelas (Star Wars) já foi motivo de muitos artigos aqui no blog e não vou me estender neste parágrafo.

E nos quadrinhos também não é diferente. Cada qual com a sua. Tem uns nacionais que eu adoro como Gato e Gata e Piratas do Tietê (Laerte), Os Fradinhos (Henfil), e quando era menor adorava os do Maurício de Souza e do Ziraldo, além de As Cobras (Luís Fernando Veríssimo). E na gringolândia adoro Calvin & Haroldo (Calvin & Hobbes, em inglês - pelo americano Bill Watterson), e o clássico Garfield (pelo americano Jim Davis), além de O Recruta Zero (pelo americano Mort Walker), Asterix & Obelix (pelos franceses Albert Uderzo e René Goscinny), Hagar o horrível (pelo americano Dik Browne, batismo: Richard Arthur e atualmente desenhado por Chris Browne), Mafalda (pelo argentino Quino - batismo: Joaquín Salvador Lavado), Snoopy (pelo americano Charles Schulz), Groo - O errante (hilário! - pelo espanhol Sérgio Aragonés) e alguns outros que não me recordo agora.

Depois que cresci um pouco e ingressei no mercado de trabalho, uma outra tira me chama bastante atenção: Dilbert! Dilbert é um funcionário super competente de uma empresa normal, desenhado pelo americano Scott Addams. A tira é simplesmente hilária porque mostra situações do cotidiano que todos nós enfrentamos - em maior ou menor escala - seja no trabalho, nos estudos, nas rodas de amigos e, enfim, por toda a vida.

Dilbert inspirou até jogos e O Princípio de Dilbert (que é a oposição ao original Princípio de Peter, que pode ser visto em português ou inglês).

Na tira que saiu hoje (a qual pode ser vista gratuitamente pelo site oficial: www.dilbert.com o engenheiro e colega de Dilbert, o Wally, é interpelado pela secretária que pergunta o que ele vai fazer com aquele peixe. Leiam a tirinha que eu tenho certeza que vão se lembrar de alguma situação parecida (não os métodos, mas os fins) no seu ambiente de trabalho ou de estudo.



Espero que vocês tenham gostado tanto quanto eu. A vida moderna é realmente curiosa...

Abraços sinceros e uma excelente semana a todos!

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