(Historiador do cotidiano)
Este artigo é mais um desabafo do que uma reflexão sobre problemas diversos. Sim, eu tenho planos. Sim! E eles são muitos.
Tenhos planos para daqui há poucos segundos, horas, dias, semanas, meses, anos e décadas! Tenho planos para a vida inteira ao mesmo tempo que não tenho nenhum. Quem me conhece de verdade, ao vivo e em cores, sabe que eu não sou de ficar delirando e contando meus planos em voz alta.
Meu nobre amigo, que hoje mora no final do estado vizinho, bem sabe que eu jamais avisei algo pra ele com mais de 12 horas de antecedência - mesmo que já tivesse planejado há mais de semanas! Eu mesmo me reservo o direito de não ter muitos planos, pois fico assim com uma margem de liberdade de escolha. Posso escolher fazer como não fazer. Posso escolher quase o que quiser, mas o que importa é eu escolher.
Não gosto de deixar a vida passar por mim, costumo traçar alguns planos firmes e me ater a eles, mesmo que eu demore a comunicar esses planos. Um dos meus planos, por exemplo, eu tracei em 2002 e fiz o que foi possível para ele dar certo. Ele expirou este ano (2008), ou seja, passei 6 anos seguidos trabalhando num plano específico e confidencial (apenas mais uma pessoa neste planeta sabe que plano é este).
Eu não vou contar aqui meus planos, pelo menos não detalhes deles, mas é impressionante que quanto mais eu os faço, mais a vida vem e leva eles embora... Eu sei que nada é fácil (e isso é particularmente verdade no meu caso), mas por quê as coisas acontecem dessa forma?
Não cabe a mim responder a pergunta do parágrafo anterior. Se eu me prender em "porquês" eu simplesmente não viverei, simplesmente gastarei todo meu tempo fazendo perguntas, conjecturando respostas, e vivendo na dúvida. Viver é mais do que uma série de dúvidas. Por isso eu simplesmente vivo, eu traço alguns planos principais e deixo o resto acontecer.
Sim, eu tenho planos! Não sou novo, mas não sou balzaquiano, estou num meio-termo estranho. Mas tenho alguns planos como me mudar, ter um bom emprego no qual eu possa servir à minha Nação, casar, viajar bem muito, ter filhos, aprender música (de verdade, não no meu nível atual), saltar de pára-quedas, fazer um mestrado (confesso que não me importo com doutorado), dar aulas, ter uma máquina fotográfica profissional, conhecer o interior que meu amigo mora no estado vizinho, ajudar o outro amigo a se livrar da depressão de morar longe de casa, e alguns outros que envolvem - essencialmente - ajudar às pessoas.
Meus planos envolvem sempre fazer o bem, de alguma forma, ou ajudar. O engraçado é que eu sempre ajudo mas ninguém me ajuda. Sou quase o patinho feio da história.
Mas sim, eu tenho planos! Assim que eu estiver estável, e tiver me mudado, o próximo passo é casar. Casar com uma mulher inteligente, bonita e simpática; isto é, se ela ainda me quiser.
Mas enfim... Sim, eu tenho planos! A enorme maioria dos que eu citei acima são para o ano de 2009 ainda. Os planos para 2010? Talvez viajar mais um pouco... se eu estiver casado, quem sabe filhos?
Posso estar cometendo um erro em abrir - mesmo que superficalmente - alguns dos meus planos estratégicos, mas apesar d'eu adorar surpresas, nem sempre elas fazem bem às pessoas que me cercam.
Espero ter ajudado, a quem me conhece de verdade, a me desmistificar um pouco.
Abraços, e bom domingo!
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