A História nos ensina que nem sempre os eventos importantes na vida da humanidade ou de um país são prontamente reconhecidos. Os interesses, os sentimentos e, muitas vezes, até a falta de humildade para rever conceitos e posições assumidas no passado levam a uma radicalização de posições que turva a visão histórica dos fatos.
Há poucos meses, o Presidente Lula fez uma declaração que pode ser o início de uma revisão histórica sobre o que foram os Governos Militares na História recente de nosso País – reconheceu que naquele período havia planejamento estratégico para orientar as ações governamentais. Isto é, havia um permanente cuidado com o futuro, na intenção de fazer sempre o que era o melhor para o País.
Na verdade, esse sempre foi o pensamento de nossas Forças Armadas – a defesa dos interesses nacionais, como bem mostrou a campanha pela criação da Petrobrás, no início da década de 50, e a intenção de contrapor-se a quaisquer intenções de dominações alienígenas, como já ocorrera em 37, contra a Intentona Comunista. Coerente com esse pensamento e atendendo ao clamor nacional, tivemos o 31 de março de 1964.
As dificuldades políticas que se seguiram foram conseqüência do acirramento do conflito ideológico Capitalismo versus Comunismo, agravado com a intenção do então chamado Movimento Comunista Internacional de estender a revolução vitoriosa em Cuba para toda a América Latina. Foram anos difíceis, nos quais a radicalização ideológica de algumas facções comunistas – com ações armadas de guerrilhas urbana e rural, assaltos, atentados, assassinatos, seqüestros de autoridades e de aeronaves comerciais, praticados por jovens idealistas que pensavam ser a utopia do comunismo a salvação da humanidade – levou a respostas igualmente radicais. Foram ações e respostas que enlutaram muitas famílias, deixando seqüelas, de um lado e de outro, que retardaram o retorno à normalidade democrática.
Mas, apesar dessas dificuldades, nosso País avançou e muito. O pensamento estratégico dos Governos Militares, a que se referiu o Presidente Lula, levou à concepção e à consolidação de Planos Nacionais de Desenvolvimento, cujas execuções resultaram em ações de elevado cunho social, empreendimentos nacionalistas ousados e gigantescas obras que alavancaram o extraordinário crescimento do País no período.
Foram criados, nos Governos Militares, o FGTS, o BNH, o Projeto Rondon, o MOBRAL e outros mais, de menor amplitude, que proporcionaram a oportunidade de engajar dezenas de milhares de jovens na solução de problemas de populações mais carentes, melhorando as condições de vida de milhões de brasileiros.
A visão estratégica a que se referiu o Presidente Lula ficou patente quando foi criada a EMBRATEL, capitaneando um formidável complexo de telecomunicações que uniu e integrou o nosso imenso território. Ficou ressaltada quando foi tomada a decisão de, construírem-se hidrelétricas de grande porte, como Itaipú, Tucuruí, Ilha Solteira, Rio Grande e outras mais, que asseguraram a geração de energia elétrica, por décadas, para sustentar o crescimento econômico do País.
Ficou evidenciada, igualmente, a visão estratégica quando da construção de rodovias de integração nacional – como a Transamazônica, Cuiabá-Santarém, Manaus-Boa Vista, Porto Velho-Manaus, além de outras, e iniciou-se a Perimetral Norte – destinadas a integrar nosso gigantesco território e garantir a ocupação de nossa cobiçada Região Amazônica. A consolidação de Brasília, como Capital Federal, interiorizando o Poder Político, também fez parte da visão de futuro que caracterizou os Governos Militares. Na busca de melhorias na infra-estrutura de serviços, também merecem ser destacadas as construções dos gigantescos portos de Paranaguá e Tubarão, além de outros de menor porte, assim como a criação da INFRAERO, responsável por uma extraordinária melhoria na infra-estrutura aeroportuária do País.
Não se pode deixar de mencionar, ainda, que aquela visão estratégica incentivou a exploração intensiva de petróleo em nossa plataforma submarina que, desde o início, apresentou excelentes resultados. Assim como não se pode esquecer, também, que a nossa EMBRAER é fruto da decisão ousada de termos uma indústria aeronáutica própria, diminuindo a nossa dependência externa nessa importante e estratégica área. O Pró-álcool, exemplo ainda não devidamente explorado de nossa criatividade na busca de maior autonomia no setor de combustíveis, é outro exemplo da visão estratégica a que se referiu o Presidente Lula.
Se os Governos Militares cometeram erros – e certamente cometeram – foram sempre na intenção de fazer o que era considerado o melhor para o País. E isso, a História certamente reconhecerá.
Por que não se começar a fazer justiça? Seria, sem dúvida, uma excelente forma de unir definitivamente o País. Afinal, nossas Forças Armadas foram, são e sempre serão o braço armado da Nação, indispensáveis para assegurar a Soberania que todos queremos.
31 de março
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sábado, 31 de março de 2007
31 DE MARÇO – QUE SE FAÇA JUSTIÇA
(autor desconhecido - extraído de http://www.reservaer.com.br/)
31 DE MARÇO – QUE SE FAÇA JUSTIÇA
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Um comentário:
Olá! Vc sumiu! Estranhei! Sempre q venho aqui,tem post novo!?!
Só passei pra dizer q não esqueci de vc viu!
Até breve. Aparece. Um abraço.
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