segunda-feira, 7 de abril de 2008

Comer o que afinal?

(Historiador do cotidiano)

Já não sei mais o que fazer, ou melhor: o que comer?

Se você olha para um lado tem uma revista com uma nutricionista famosa dizendo que alimentos A e B nem deveriam ser considerados alimentos e sim suicidadores dos comedores. Quando você olha para o outro, encontra uma pessoa acima do peso conversando com uma amiga - também acima do peso - sobre as tentações que passam diante de um mero docinho de brigadeiro. Céus... para onde foi o prazer de comer?

Pelo que li - e principalmente pelo que me recusei a ler - sobre alimentação, cheguei a conclusão que tudo que comemos nos faz mal. Sem excessões (pelo que as reportagens alarmam).

Como bom jornalista sei que não devo acreditar em tudo que leio na mídia, sem obedecer a todas as placas e orientações que existem por aí... (Você já notou quantos "Beba Coca-cola" têm espalhados?)

Eu estou, a partir de agora, abdicando do meu direito de ser informado sobre alimentação. Não sei se quero ter que parar de comer carne só para viver quatro ou seis meses a mais. Tenho menos de 30 anos e é um sacrifício que vai contra a minha natureza de carnívoro, como todo ser-humano.

Então me recuso a prestar atenção nas reportagens sobre nutrição! Ontem uma falou que ovo e leite faz mal. Hoje eu li que temos que tomar três copos de leite por dia e comer pelo menos um ovo. O que será que vão dizer amanhã?

Deixo aqui meu protesto! Quero comer! E quero comer bem! Não me importa se o leite faz mal dessa e daquela forma... ou se a carne vai ofender dessa ou daquela forma. E se que quiser comer uma manga e depois beber leite, que deixem!

E a cada nova receita, dica, reportagem, instrução médica, etc., a comida fica mais chata, mais sem graça. Deixamos de comer por prazer para comer só por obrigação. Eu gosto de sal mas dá impertensão... se eu boto pimenta aí a namorada não quer me beijar (não é o caso agora porque, ATENÇÃO MENINAS, estou solteiro!)

Então, por um mundo mais saboroso, abdico do meu direito de ser informado sobre as melhores opções nutricionais para minha saúde!

E pra você, que me lê agora, desejo uma excelente e deliciosa semana.

Um comentário:

Irlana disse...

Olááá! Gostei do seu comentário com relação a alimentação na mídia. Realmente nem td que lemos sobre nutrição é verdade, muitas coisas são mitos "carregados", digamos assim, de tradições. O prazer de comer não está apenas na quantidade e sim na qualidade e nas escolhas dos alimentos que fazemos. As pessoas costumam dizer que o nutricionista é aquele profissional que proíbe td, qd na verdade não é. Seu papel é de suma importância principalmente na fase infantil de educar e/ou reeducar a alimentação de um indivíduo ou da coletividade, para uma melhor qualidade de vida. O nutricionista não impõe nada, apenas orienta quanto ao equilibrio e combinação dos nutrientes para melhor absorção e biodisponilidade no nosso organismo. Acho que td na vida tem seu lado bom e ruim, assim como existem as mídias boas e aquelas sensacionalistas que não se preocupam com conteúdo e sim com a repercussão do mesmo. Cabe a nós leitores, estarmos atentos ao que queremos ler. E se ainda continuar dúvidas com relação ao assunto procurar um profissional qualificado da área para mais esclarecimentos e não nos determos em informações duvidosas que possam nos comprometer futuramente, pois com saúde não se brinca. E pra finalizar, como diz um velho ditado: "Somos o que comemos."

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