Os bons amigos, aqueles que estão ao seu lado para o que der e vier, do tipo que chegam numa briga dando "voadora", não são mais de seis. É o que diz pesquisas recentes que ratificam o que nós já empiricamente sabíamos. Ademais, alguns estudos afirmam que, na adolescência, a amizade é fator primordial para reforçar a identidade, e na idade adulta o amigo passa a ser a testemunha de nossa história.
Tudo o que dizia o sentido comum ficou comprovado nos últimos anos com inumeráveis estudos: a amizade faz bem. É boa para a saúde, baixa o estresse, ajuda a levantar o ânimo, prolonga a vida. Outra intuição também comprovada: os bons amigos, os incondicionais, podem ser contados com os dedos das mãos, não são mais de cinco ou seis.
Difícil falar da amizade sem cair em frases feitas ou breguices comerciais. De qualquer maneira, todo mundo celebra esta relação, a mais livre e pura de todas as relações que um indivíduo pode ter. E quem não goza deste vínculo, com certeza, padece.
- "O motivo que leva uma pessoa a não ter amigos é porque está muito centrada no próprio umbigo, e costuma ser intolerante", assegura Ana Delgado, membro da Associação de Psicanalistas da Argentina. Stella Maris Rivadero, outra psicanalista, vai além:
- "A amizade é um índice de saúde mental . Na adolescência é fundamental para reforçar a identidade, e na idade adulta o amigo é uma testemunha e ator coadjuvante de nossa história. Ter amigos implica aceitar e ter o dom do amor, só assim se estabelece este circuito de dar e receber".
Por isso, conquanto esteja rodeado de pessoas, só alguns poucos terão importância.
Uma pesquisa do MSN Messenger perguntou a dez mil pessoas quantos amigos leais tinham tido na vida. 82% responderam seis. Outras pesquisas similares no MySpace e Facebook dizem que apesar das centenas de vínculos gerados na rede, os amigos reais são cinco. E esses amigos não são produto da tecnologia senão da proximidade. O cara a cara, lado a lado permanece vigente.
Os segredos para conservar uma grande amizade permanecem os mesmos: tolerância e entendimento. Aceitar o outro. Aceitá-lo com suas idas e voltas. Com seus acertos e enganos. Com suas mudanças.
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