(Historiador do cotidiano)
São 22:09h de domingo, 12 de abril. Na Globo, no Fantástico, está passando uma reportagem sobre memória, e sobre a capacidade da ciência em apagar as memórias.
A possibilidade é intrigante. Num dos instantes o repórter pergunta: "Se você pudesse, o que apagaria da sua memória?"
A minha resposta é curta e grossa: "Nada!"
Tenho memórias ruins, mas quem não as tem? Pode ter sido um problema intestinal, uma dor, um chute no saco, uma desilusão (amorosa, religiosa, de amizade, ou o que for), pode ter sido algo que você fez, pode ter sido algo que fizeram contigo, pode ter sido muita coisa.
Mas o que eu apagaria? Absolutamente nada. Por que? Porque quem sou hoje em dia é fruto do que eu vivi. Tanto as coisas boas como as coisas ruins.
Eu sou hoje fruto do que vivi ontem. Sem o ontem eu não seria o que sou hoje, e não teria os parâmetros corretos para ser melhor amanhã.
Alterar recordações? Na minha memória não!
E na sua?
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