quarta-feira, 13 de setembro de 2006

O trabalho do jornalista

(Historiador do cotidiano)

As pessoas comumente acham que ser jornalista é fácil. Só aparecer na frente das câmeras e falar algumas poucas bobagens. Não é. Temos sempre o trabalho de estarmos bonitos ! Brincadeira à parte, de forma resumida o trabalho do jornalista apoia-se em quatro pontos: Pesquisa, coleta, análise e distribuição.

Na pesquisa, o jornalista não sabe ainda ao certo sobre exatamente o que irá escrever. Então ele abre completamente o leque de possibilidades e fica atento à tudo, junta todos os dados possíveis.

Já na coleta, o objeto de trabalho está bem definido, resta agora coletar o máximo de informações possíveis e imagináveis sobre aquele determinado assunto.

Chega a fase da análise, onde o jornalista pára de juntar conteúdo e vai analisar tudo aquilo. Vai entender o "que?", "quando?", "onde?", "quem?", "como?", "por que?" e "para que?". É aqui que ele finalmente produz sua matéria, seu texto jornalístico (seja ele para jornal, rádio, televisão ou internet).

E, finalmente, a distribuição. Um jornalista não escreve para ele próprio - seria um poeta se assim fizesse - e sim escreve para os outros. Então após toda a pesquisa, material coletado e análise pronta, o jornalista se encarrega da distribuição de sua matéria para ela seja veiculada - e assim a população possa se beneficiar daquela informação.

Ah... que delícia a vida de ser jornalista...

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Segundo a
wikipédia, a atividade primária do jornalismo é a observação e descrição de eventos, conhecida como reportagem, indicando os parâmetros jornalísticos conhecido em inglês como "os cinco Ws e um H":
  1. "Quem" (personagem) (who)
  2. "O que" (fato) (what)
  3. "Onde" (local) (where)
  4. "Quando" (tempo) (when)
  5. "Como" (modo) (how)
  6. "Por quê" (causa) (why)

A essência do Jornalismo, entretanto, é a seleção e organização das informações no produto final (jornal, revista, programa de televisão, etc.), chamada de edição.

O trabalho jornalístico consiste em capacitação e tratamento escrito, oral, visual ou gráfico, da informação em qualquer uma de suas formas e variedades. O trabalho é normalmente dividido em quatro etapas distintas, cada qual com suas funções e particularidades: pauta, apuração, redação e edição.
  • A pauta é a seleção dos assuntos que serão abordados. É a etapa de escolha sobre quais indícios ou sugestões devem ser considerados para a publicação final.
  • A apuração é o processo de averiguar informação em estado bruto (dados, nomes, números, etc.); o tratamento desta em forma de texto verbal é a redação. A apuração é feita com documentos e pessoas que fornecem informações, chamadas de fontes. A interação de jornalistas com suas fontes envolve freqüentemente questões de confidencialidade.
  • A edição é a finalização do material redigido em produto de comunicação, hierarquizando e coordenando o conteúdo de informações na forma final em que será apresentado. Muitas vezes, é a edição que confere sentido geral às informações coletadas nas etapas anteriores. No jornalismo impresso (jornais e revistas), a edição consiste em revisar e cortar textos de acordo com o espaço de impressão pré-definido. A diagramação é a disposição gráfica do conteúdo e faz parte da edição de impressos. No radiojornalismo, editar significa cortar e justapor trechos sonoros junto a textos de locução, o que no telejornalismo ganha o adicional da edição de imagens em movimento.

Estas três mídias citadas têm limites de espaço e tempo pré-definidos para o conteúdo, o que impõe restrições à edição. No chamado webjornalismo, ciberjornalismo ou "jornalismo online", estes limites teoricamente não existem.

A inexistência destes limites começa pela potencialidade da interação no jornalismo online, o que provoca um borramento entre as fronteiras que separam os papéis do emissor e do receptor, anunciando a figura do interagente. Esta prática tem se difundido como "jornalismo open source", ou o jornalismo de código aberto, onde informações são apuradas, redigidas e publicadas pela comunidade sem a obrigação de serem submetidas às rígidas rotinas de produção e às estruturas organizacionais das empresas de comunicação.

De acordo com a pesquisadora Catarina Moura, da Universidade da Beira Interior (Portugal), Jornalismo Open Source "implica, desde logo, permitir que várias pessoas (que não apenas os jornalistas) escrevam e, sem a castração da imparcialidade, dêem a sua opinião, impedindo assim a proliferação de um pensamento único, como o pode ser aquele difundido pela maioria dos jornais, cuja objectividade e imparcialidade são muitas vezes máscaras de um qualquer ponto de vista que serve interesses mais particulares que apenas o de informar com honestidade e isenção o público que os lê". (artigo disponível em
http://www.bocc.ubi.pt)

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