domingo, 24 de setembro de 2006

Faça o que gosta de fazer

(Historiador do cotidiano)

Ei você! É, você mesmo! Já parou para se perguntar o que está fazendo neste exato instante? E no instante anterior? E no posterior? Aliás... “o que” não, mas já se perguntou o “porquê”?

As pessoas vivem cada vez mais a fazer coisas que são mandadas, ou que são convenientes perante os olhos preconceituosos da sociedade. Mas quantas realmente param e dizem “pôxa, agora vou fazer o que eu quero, o que eu me divirto!”?

Normalmente as atividades que gostamos não necessariamente dizem respeito ao trabalho que exercemos. Ou seja, trabalhamos no que sabemos, não necessariamente no que gostamos.

Eu gosto de escrever, você também gosta? Ótimo, vou adorar ler seus textos. Mas se você não gosta, vai ser chato ter que desenvolver um conto literário. E você já viu algum músico ser especialista em fotografia (ou vice-versa)?

Não, não lhe peço muito, peço apenas - em nome da manutenção da sua mente sã - que você dedique um pouco mais do seu tempo ao seu prazer, à sua satisfação. Mas lembre-se que o que lhe faz bem não pode ser algo que faça mal à outrem.

Quem faz o que quer se diverte mais, ri mais, e conseqüentemente vive mais. Estudos médicos já provaram que rir evita doenças (as doenças costumam, em sua maioria, serem causadas por uma deficiência no sistema imunológico, que por sua apresenta tal deficiência em momentos de tristeza das pessoas. Mas isso eu deixo para algum médico explicar melhor), além de ser muito mais agradável conviver com pessoas felizes, ao invés de depressivas.

Então pare o que estiver a fazer agora, e se pergunte: “estou fazendo algo que gosto?” e “estou me divertindo?”.

Faça o que gosta! E divirta-se!!!

sábado, 23 de setembro de 2006

Nossos queridos heróis alienígenas

(Historiador do cotidiano)

(artigo incompleto, mas lá vai...)

Nossos queridos heróis alienígenas

Vocês já prestaram atenção na quantidade de alienígenas que nós idolatramos através - principalmente - do cinema, desenhos animados e revistas em quadrinhos?

O próprio super-homem ("superman") veio de um planeta longíqüo chamado Kripton. Alf, tão peludo e engraçado, é de outra galáxia também, sem contar o próprio quarteto fantástico que só tem seus poderes por causa de uma nuvem galática.

A lista se expande... os robôs que promoveram os maiores embates são os transformers, alienígenas. E o que falar do Goku e toda a turma de Dragon Ball?

Cadê os novos MacGuivers? Gente como a gente que salva o dia com coisas simples, ao alcance de todos! Cadê? Cadê o enaltecimento das características pessoais, ao invés de personificar como herói só quem vem de fora, ou quem toma super poções como Asterix ou mesmo os Ursinhos Gummy (isso não seria até um empurrão subliminar para os jovens consumirem produtos que dariam - pelo menos a sensação - de super poderes?)... e quem diria do capitão Jack Sparrow, em seus dias de pirataria pelo Caribe, com forte conexão com o além?

E o herói de "V de Vingança", afinal, de onde ele é?

(vou sequer comentar sobre os jedis que combatem em "guerra nas estrelas")

Se eu tenho que nomear um herói nessa indústria do cinema, opto pelo Jackie Chan. O sujeito tem uns parafusos à menos, alguns MUITOS parafusos à menos, mas é um herói de carne e osso, como eu e você. Ele mesmo pula, sobe, desce, se levanta, corre, cai de helicópteros (filme "quem sou eu"), tudo sem um dublê sequer.

Pessoas como nós, eu e você caro leitor terráqueo, podemos fazer tudo. Então por quê nós ainda prestigiamos tanto os super-heróis alienígenas?

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Línguas estrangeiras

(Historiador do cotidiano)

Ok, não sou um admirador das línguas estrangeiras, verdadeiros monumentos alienígenas à nossa cultura...

...mas se você vai escrever algo em outra língua, por favor, escreva corretamente.

(e, acima de tudo, escreva corretamente o português! E não me venha com desculpas de dislexia)

Olhem bem... é comum observarmos placas e cartazes onde pessoas se desfazem de objetos físicos em troca de moeda. E quando preparamos os anúncios de tais escambos modernos, utilizamos muito os verbos "vende-se", "compra-se" e "aluga-se".

Vamos detalhar um pouco...

"Vendo" vem do verbo vender, de forma a mostrar o sujeito em primeira pessoa: "vendo" = eu estou a vender algo. Conjugação verbal simples.

Mas, por analogia gráfica, "vendo" = verbo "ver" + gerúndio.
(Eu realmente não gosto de usar gerúndio)

Dito isso, vamos ao ocorrido: Outro dia (no início do ano, na realidade) passei por uma placa a qual dizia "vendo esta área". Simples assim. Mas como se não bastasse, devido à grande especulação imobiiliária de capital alienígena ao nosso país, o proprietário do terrno - ou ao menos quem anunciou-o - colocou abaixo da frase a tradução dela em inglês.

Olho, espero encontrar algo como "selling this area" (vendo esta área, com uso do verbo vender / to sell)... mas a placa estava:
"
Vendo esta área
Seeing this area

"

Seeing? O verbo da língua inglesa "to see" significar enxergar, "ver"; e o "ing" é o gerúndio de tal idioma...
..."ver" + "endo" = "vendo".

(de repente, risos)

A lógica utilizada pelo anunciante foi, não posso negar, indiscutivelmente lúcida e prática. Parabéns ao autor pela criatividade.

(mas nas demais atividades, não adianta: pode escrever corretamente sim!)

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Para um leigo entender (ou não) Star Wars

(Autor desconhecido)

Um texto muito engraçado que encontrei na internet. "Explica" para os leigos o universo Star Wars (Guerra nas estrelas) de uma forma muito divertida!

Para um leigo entender (ou não) Star Wars

Existe um negócio que não podemos enxergar. Um campo de energia presente em todas as coisas vivas. Esse algo abstrato e totalmente intangível nos cerca, nos penetra… Como se essa energia fosse uma grande rede, que une toda a galáxia. A esse campo invisível damos o singelo nome de força.

A história que você verá a seguir tem a ver com os dois lados desse negócio. Um é legal, prega a paz e a sabedoria em todo o Universo. Aliás, existem sujeitos batutas e poderosos, que controlam essa força e são diretamente responsáveis pela ordem no espaço. É uma mistura de samurai com policial militar, que acabou virando simplesmente jedi (lê-se jedái).

Mas essa força também tem um lado negro - e esse não é o jedi com cara de Samuel L. Jackson. É a representação do mal, da ganância, da busca insana por mais poder. O lado negativo da força concebeu outra trupe, uma gangue da pesada que possui praticamente a mesma determinação e vontade dos amigos jedis. Esses temidos malfeitores são os sith (esses lemos como sith mesmo).

Pois bem. Começamos em uma época em que os jedis não tem o que fazer, já que os siths não apareceram mais por essas bandas. O povo intergaláctico vive em uma democracia - que, como a maioria delas, é esculhambada e cheia de políticos corruptos. Um deles é um senador adepto ao coronelismo e ao bom e velho “é dando que se recebe”. O camarada chama-se Palpatine, mas bem que poderia ser ACM.

Esse picareta é que começou o rebu todo. Inventa de bloquear a rota comercial para sua terra natal, um lugar pacífico chamado Nabu. Acaba insuflando um movimento separatista dos diabos, agitando o noticiário local. Depois de muitos anos, finalmente a tropa jedi tinha o que fazer além de ficar treinando novos discípulos.

A propósito, é nessa época que aparece um moleque abusado chamado Anaquim Skywalker. Dois jedis descobrem o menino, vítima de trabalho infantil em Tatuí, ali perto de Avaré. Ficam amigos dele e acabam levando-o fora dali, assim que o esperto Anaquim vence um desafio de rolimã estelar. Mas chegando no conselho jedi, todos ficam apavorados com o pentelho. Sobrou para um sujeito boa pinta, com a cara do Ewan McGregor, que decidiu treinar Anaquim. Seu nome virou lenda nos sete mares: Obiuan Quenóbi.

Dez anos depois, o caldo engrossa de vez. As balaiadas, sabinadas e revoluções farroupilhas siderais comem soltas, a maioria delas lideradas por um antigo jedi, espécie de Antônio Conselheiro do mal com cara de Sauron. Chamava-se Doku. Para acabar com a festa, os senadores (sempre eles) inventam uma lei absurda: criar um exército de clones de um capanga valente que havia no espaço. Uma das senadoras de extrema esquerda, a Amídala - diga-se de passagem bem bonitinha - tenta impedir essa encrenca. Mas foi voto vencido.

Aí virou Brasil. Era clone, alienígena, jedi, separatista, robôs, lasers, espaçonaves… Todo mundo em guerra. Numa das últimas batalhas, um caçador de jedis medonho batizado Grivus capturou Palpatine, que naquela altura já era um respeitado chanceler, e tenta vencer a pendenga. Mas os bravos amigos Quenóbi e Anaquim, já crescido, comandam o batatal, espantam os capangas do Grivus e conseguem matar o Doku e libertar o Palpatine.

O que ninguém sabia era que Doku e Palpatine eram, na verdade, sobreviventes da gangue dos sith! E o Palpatine, raposa velha, sabia de todos os desvios de caráter do atrevido Anaquim - esse, que não era bobo nem nada, aproveitava a folga da guerra pra dar uns pega na Amidala - o que era proibido entre os celibatários jedis. E não é que ele mandou muito bem? Em poucos minutos de um filme com tecnologia digital, a senadora já estava grávida!

Anaquim, pobrezinho, teve uma vida difícil. Seus estranhos poderes lhe rendiam pesadelos enquanto dormia, flashes proféticos e aterradores. Nessa ele se deu conta: estava alucinadamente apaixonado por Amidala, não queria que acontecesse a ela o mesmo desfecho traumático que acometeu sua mãe, em Tatuí.

Garoto tolo: justamente por não resistir aos encantos da mulher amada, acabou enganado por Palpatine, que lhe prometeu poder suficiente para evitar qualquer desgraça. Foi como se o coronel do espaço oferecesse um papelote pro garanhão. Antes de aceitar, decidiu contar o que ouviu aos amigos jedis. Era a peça que faltava: os guardiões da paz descobriram finalmente quem estava por trás dessa palhaçada e foram dar um couro no Palpatine.

O problema é que o imbecil do Anaquim tomou gosto pelo lado negro, ajudou Palpatine a se safar e tornou-se seu aliado. Ganhou um nome de guerra, tradição da gangue: virou Darth Vader. E tudo porque o paspalho inventou de amar uma mulher, vejam vocês… A partir dali, os dois começaram a exterminar todos os jedis. Coisa que, aliás surpreendeu os editores dos tablóide das galáxias: afinal, esses caras não eram os fodões? Como eram capazes de morrer assim, como seres insignificantes? Seriam os jedis uma farsa?

A verdade é que sobraram apenas dois para contar a história. Um deles era um guerreiro verde e baixinho, mas muito sábio e querido por todos: Mestre Yoda. O outro era Obiuan Quenóbi, que foi atrás de seu antigo discípulo Anaquim para dar uma surra. Decepou-lhe todo e o deixou-o queimando para ajudar Amídala a ter seu filho. Que na verdade eram dois: Luque e Léia, nomes dados pela mãe rapidamente antes de falecer - parece até que ela já tinha visto os três primeiros filmes da saga.

Mas enfim. Palpatine ainda encontrou o que sobrou de Anaquim, ou Darth Vader, e o reanimou transformando-o numa figura biônica e caricata, com voz de taquara rachada fundo de poço (melhorou, Trotta?) e respiração de aparelho inalador infantil. Léia foi adotada por um senador do baixo clero e Luque foi levado para uma tia distante, em Tatuí, onde cresceu.

O tempo passou. Em vinte anos, a tecnologia galáctica regrediu - foi como se a primeira parte fosse contada usando toda nossa tecnologia do século 21, e a seguinte mostrada com o que existia no final dos anos 70. Léia se torna uma linda líder rebelde, doida para acabar com a festa de Darth Vader e Palpatine, naquela altura imperador e ditador da galáxia. Luque Skywalker era um cara bacana, que trabalhava para o tio em Tatuí. Até ser convidado por Obiuan Quenóbi, mais velho e com cara de sir Alec Guiness, para ajudar na luta do bem contra o mal. Ao lado de Luque e Léia, surgem dois outros cidadãos na luta pelas diretas espaciais: um mercenário aventureiro chamado Han Solo e seu fiel escudeiro peludo, o Chewbaca.

Darth Vader já estava piradaço. Trata de se vingar das queimaduras do passado e mata Quenóbi. Também cria uma arma redonda gigantesca, capaz de destruir qualquer planeta num estalo. Era a estrela da morte. Mas nem esse laser poderoso é páreo para Luque, sempre assessorado por sua irmã gêmea (sem saber disso), pelo jovem Indiana Jones e pelo Tony Ramos sem depilação. Com a ajuda do espírito do Quenóbi, destrói a estrela da morte.

Darth Vader ficou possesso e baixou o AI-5, mandando caçar os rebeldes. Nesse meio tempo, a luta pela democracia ganhou a ajuda de outro mercenário das estrelas: Amir Lando, que era a cara do Apolo Doutrinador. Mas apesar da boa vontade, era um vendido: trouxe todos os rebeldes para a o seu quartel general, a cidade das nuvens, e chamou Darth Vader para prender todo mundo.

Nessa hora, aparece o herói Luque, ainda louco para se transformar num jedi como Quenóbi. Sua vontade de dominar a força era tão grande que conseguiu até encontrar o velho Yoda, perdido no pântano, para ajudá-lo no treinamento. Mas de nada valeu o retiro: foi só aparecer diante do temido inimigo para que ouvisse a revelação bombástica, seguida de outra respirada de inalador infantil: “eu sou seu pai”!

As coisas não iam bem para os rebeldes. Han Solo foi congelado em carbonita e entregue como presente a um velho conhecido: o repugnante Jaba Ranks, cantor de reagge com cara de lesma e arrendatário de boa parte dos latifúndios de Tatuí. E Luque perde a mão na primeira luta com seu pai. Até que Lando, Léia e Chewbaca salvam Han Solo e seguem na luta. E Luque, recuperado, cria seu próprio sabre de luz, para alegria do velho Yoda. Finalmente, havia se transformado num jedi!

Empolgado com o gelo que deu nos rebeldes, Darth Vader começa a montar sua segunda estrela da morte, ainda maior e mais bacana que a outra. Só que ela nunca foi ativada: os rebeldes conseguiram desativar o perigoso brinquedinho, graças a um bando de bichinhos bonitinhos e engraçadinhos: os Ewoks - uma patota tão divertida quanto os andróides R2D2 e C3PO, que pentelharam todos a saga toda. Além de muito hospitaleira, que o digam a caravana da coragem e os telespectadores do desenho animado, sucesso no Xou da Xuxa.

Mas enfim. Chega a hora da batalha final: Darth Vader reencontra seu filho e - pasmem! - faz as pazes com o lado legal da força e lembra dos tempos áureos de moleque em Tatuí. Ou como galã canadense travestido de Anaquim. Com o apoio dos filhos, consegue se livrar do vício, acaba com a raça do velho Imperador Palpatine e redime seus pecados, ainda que isso custe sua própria vida. Nem mesmo a morte do Mestre Yoda estragou as festividades comemorativas ao final do malévolo regime militar, ou mesmo o casamento de Han Solo e Léia.

Toda essa pataquada aconteceu há muito tempo, numa galáxia muito, muito distante. Ao menos é o que diz um cidadão chamado George Lucas, que dividiu essa historinha, espécie de biografia do Anaquim, em duas trilogias cinematográficas repletas de efeitos especiais, transições do tipo fade entre algumas cenas e letreiros inclinados do tipo teste de vista.

Sem querer, transformou essa mistura de faroeste, ficção científica e dramalhão mexicano no maior fenômeno pop da história do cinema. Contou ainda com a ajuda de uma legião incontável de devotos no mundo todo para preencher as lacunas da história, concebendo uma outra dimensão chamada universo expandido. E obviamente faturou uma boa grana com isso.

Fonte



Para os que gostam de MMORPGs (Massive Multiply Online Role Playing Game) existe um do Guerra nas Estrelas: Star Wars Galaxies - http://starwarsgalaxies.station.sony.com/

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Julieta...

(Historiador do cotidiano)

Assisti agorinha o filme "
Shakespeare apaixonado"...

O título original é "shakespeare in love", filmado em 1998 nos EE.UU. sob direção de
John Madden, com o ator Joseph Fiennes no papel de William/Romeu e a atriz Gwyneth Paltrow no papel de Viola/Julieta.

Na pesquisa para esta postagem, encontrei até um site russo especializado em Romeu e Julieta:
http://www.romeo-juliet.newmail.ru/ juro que não entendi nada (o site está todo em russo) mas é bem interessante para os possíveis aficcionados pelo tema.

No filme, William Shakespeare precisa escrever uma nova peça de teatro, uma história de amor com fim trágico, mas está sofrendo um bloqueio e somente uma musa inspiradora poderá ajudá-lo. Ao se apaixonar por Lady Viola, ele volta a ter inspiração e escreve a peça Romeu e Julieta.



Gwyneth Paltrow
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Right here waiting
(Richard Marx)

Oceans apart day after day
And I slowly go insane
I hear your voice on the line
But it doesn't stop the pain

If I see you next to never
How can we say forever

Wherever you go
Whatever you do
I will be right here waiting for you
Whatever it takes
Or how my heart breaks
I will be right here waiting for you

I took for granted, all the times
That I thought would last somehow
I hear the laughter, I taste the tears
But I can't get near you now

Oh, can't you see it baby
You've got me goin' crazy

Wherever you go
Whatever you do
I will be right here waiting for you
Whatever it takes
Or how my heart breaks
I will be right here waiting for you

I wonder how we can survive
This romance
But in the end if I'm with you
I'll take the chance

oh, can't you see it baby
you've got me goin crazy

Wherever you go
Whatever you do
I will be right here waiting for you
Whatever it takes
Or how my heart breaks
I will be right here waiting for you
Waiting for you

terça-feira, 19 de setembro de 2006

Conhecimentos: a gente só vomita o que come

(Historiador do cotidiano)

A frase ecoava no meu ouvido... "a gente só vomita o que come"... aquilo que o o professor com doutorado falou na faculdade não podia ficar à toa, não fazia sentido continuar sem ser digerida.

Antes de ser algo nojento de se imaginar, esqueça o sentido direto e pense no figurado: você só transmite o que recebe, o entrou dentro de ti. Levemos isso para a área do conhecimento humano, pense num físico. O indivíduo não poderá comentar a colisão de particulas se ele não tiver um profundo estudo sobre o caso, preferencialmente o uso de um laboratório avançado.

Então todos nós temos muita coisa para passarmos adiante. Todo o conhecimento do mundo é - ou foi - importante de alguma forma na construção da realidade que conhecemos atualmente. Temos que nos perguntar três coisas:

  1. O quanto do que nós sabemos é conseqüência do conhecimento produzido por outras pessoas?
  2. O quanto do nosso conhecimento foi desenvolvido por nós mesmos exclusivamente?
  3. E, o quanto (e como) esse conhecimento deve ser transmitido às demais pessoas?

Luís da Câmara CascudoO pesquisador Câmara Cascudo certa vez disse que "toda pessoa que morre é como uma biblioteca que se incendeia". Está na hora de contarmos ao mundo o que sabemos, o conhecimento que produzimos, além de adquirirmos e produzirmos novos conhecimentos.

Eu já comecei a fazer minha parte. E você?

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Agora se sabe o que eles queriam!

(Ten. Brig.-do-Ar Ivan Frota)

Artigo originalmente publicado pelo autor em 31 de março de 2006

AGORA SE SABE O QUE ELES QUERIAM!
(Ten.-Brig. Ivan Frota)*

31 de março de 1964 – Com o País próximo do caos, as famílias nas ruas, já desesperadas, em uníssono com a imprensa majoritária, pedem socorro às Forças Armadas, a única Instituição Nacional ainda sob controle, no Brasil. Também assediadas, porém, começavam a revelar os
primeiros sinais de desagregação dos seus pilares básicos da Disciplina e da Hierarquia.


Os poderes Legislativo e Judiciário tombavam inertes, impotentes ante a conivência do Executivo com a balbúrdia, este, chefiado por personalidade pusilânime e submissa, dominada por praticantes extremados de ideologias radicais.

Era preciso agir rapidamente, antes que fosse tarde demais. Assim,
mais uma vez, os cidadãos fardados se apresentaram em defesa da
Pátria ameaçada, com o objetivo único de restabelecer a ordem
institucional no País.


Desde os primeiros momentos, foi necessário o uso forte da autoridade
para que os objetivos fossem alcançados, no mais curto prazo
possível, entretanto, sem ruptura da base institucional republicana.


Foram vinte-e-um anos de trabalho árduo e construtivo, com
planejamento e competência, que nos levaram da 45a, à 8a. economia do
planeta, registrando, nesse período, a média anual de cerca de 7% de
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional – marca jamais
atingida em qualquer outro governo na história do Brasil.


A sociedade vivia em paz, com segurança e farta oferta de empregos,
usufruindo de contínuo crescimento tecnológico e das disponibilidades
de energia, transporte e comunicações, juntamente a inúmeros outros
benefícios sociais e estruturais, que não cabem aqui ser enumerados.


Inconformada com a frustração de seus planos de dominação, uma
minoria sectária deu início, de forma subterrânea e covarde, a uma
seqüência de ações de violência urbana, nelas incluídos, entre
outros, os seqüestros e assaltos a bancos, além de assassinatos de
inocentes e de “justiçamentos” selvagens. Desempenharam, assim, o
papel de verdadeiros precursores das ações de terrorismo
indiscriminado e inconseqüente, que, hoje, têm seus seguidores nos
atores do crime organizado, que apavora a sociedade indefesa.


Depois, vieram os governos da Nova República e, com eles, um longo
período de recessão econômica (1985 a 2006) que continua até hoje.
Tais governos, gradativamente, foram sendo exercidos por políticos
oportunistas, que se tornaram simpatizantes dos ex-guerrilheiros, sem
conseguir recuperar o ritmo de crescimento anterior.


Finalmente, em 2003 deu-se a subida, ao poder, do partido liderado
pelos representantes legítimos dos “heróis da resistência”.


A expectativa era enorme: “Agora, sim, vamos romper com o FMI, dar um
calote na dívida externa, o País vai crescer, e o povo vai ter mais
emprego com melhores salários”.


Nada disso aconteceu, a não ser as indenizações milionárias com
dinheiro do povo, para alguns privilegiados, concedidas pelos, antes,
sóbrios companheiros “guerrilheiros” que, agora, se refestelaram no
Poder e, pasmem, assustaram a Nação com a prática do maior esquema de
corrupção institucional já visto, sem paralelo, inclusive, no campo
internacional.


Instalaram-se as CPMI, instauraram-se processos judiciais paralelos,
com o inesgotável crescimento de uma extensa relação de nomes
daqueles que praticaram essas ilegalidades. Alguns notórios líderes
partidários, verdadeiros ícones da “resistência”, agora surpreendidos
com a “mão na massa”, envergonharam o sistema político e a própria
Nação Brasileira, interna e externamente.


Diante dessa desenfreada distribuição do dinheiro público, tendo,
como beneficiários, os próprios membros do partido do governo que
"chafurdaram" no pote de ouro roubado à Nação, por meio dos
superfaturamentos de serviços prestados às empresas públicas,
pergunta-se:


Foi para isso que eles praticaram tantas atrocidades para a conquista
do Poder?


Será que era só isso que eles queriam?

(Ten.-Brig. Ivan Frota)
*Presidente do Clube de Aeronáutica

domingo, 17 de setembro de 2006

Parábola

(Autor desconhecido)

Era uma vez um sujeito que todo dia subia em cima de uma fonte, e pregava para toda a praça.

Falava coisas bonitas, sobre fazer a população acordar para as coisas erradas.

Na praça ficava uma feira, grande. Mas, apesar da quantidade de pessoas, ninguém dava bola para o que ele falava.

A situação se repetia dia após dia.

Um dia um garoto chegou para o jovem, e perguntou: "se ninguém te ouve, por que não pára?"

"Porque aí, eles que me venceriam"

(...)

==========

Parábolas são as histórias contadas por mestres para ensinar os seus discípulos; contadas de forma simples para que o povo simples pudesse entender, nas quais o mestre fazia analogias e passava sua mensagem de forma clara mas eficiente.

O termo "Parábola" ficou conhecido por explicar, na Bíblia, a forma de pregação de Jesus.

sábado, 16 de setembro de 2006

Conhecimentos: uma bola de neve!?

(Historiador do cotidiano)

Todos os
conhecimentos que aprendemos, todas as vivências que temos, tudo pelo que passamos...

...tudo isso gera nossa história de vida.

Gosto de pensar que somos - e vivemos - como bolas de neve: a partir da hora que nascemos (ou que começamos a rolar montanha abaixo) vamos nos inflando com conhecimentos e aumentando nossas ações e conseqüências.

O que somos hoje depende muito do que fizemos ontem. Ninguém o é a partir de nada, e sim é a partir de algo - mesmo que este algo seja um ponto de virada na vida - e isso implica em como somos hoje e como seremos amanhã.

Óbvio que sempre estamos em mudança. Todo dia mudamos nossa forma de pensar e de agir, pode não ser muito mas aos poucos os grandes eventos da vida tomam forma. Você mesmo(a) já não pensa da mesma forma que pensava há algumas frações de segundos atrás, antes de começar a ler esse texto.

Então... lá vai bola (de neve)!

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Um pouco da história do cinema

(Historiador do cotidiano)

Serguei Eisenstein
O pioneiro na montagem de cenas na cinematrografia

INTRODUÇÃO

Com o cineasta russo Serguei Eisenstein - na década de 1920 - o cinema ganha contornos de arma de propaganda política, através de experiências de vanguarda para criar e aperfeiçoar a linguagem cinematográfica.

Serguei Eisentein (1894 - 1948), russo, produziu e dirigiu filmes como "A greve" (1924), "Encouraçado Potemkin" (1925) e "Outubro" (1928).

Destacando-se no cenário internacional, Eisenstein foi citado no índice cinematográfico estadunidense - publicado em 1941 - que o colocou como uma das quatro figuras mais representativas da história do cinema mundial: Charles Chaplin, D. W. Griffith, Mary Pickford e Serguei Eisenstein.

Ele teve, entre outros, o mérito de sistematizar os princípios da estética no cinema político principalmente na fase de montagem, na qual fica clara a intervenção do diretor.

O cineasta inovou também ao assumir diretamente as três fases da cinematografia: elaboração do roteiro, produção e montagem. Tal vanguardismo concedeu a Eisenstein o título de "O ditador", por sua capacidade de dar direcionamento às emoções da audiência em seus mínimos detalhes.

O CINEMA

O cinema, abreviação de cinematógrafo, é a técnica de projetar fotogramas (quadros) de forma rápida e sucessiva para criar a impressão de movimento ("kino" em grego significa movimento e "grafos" escrever ou gravar), bem como a arte de se produzir obras estéticas, narrativas ou não, com esta técnica. Como explica o texto da wikipédia[2]:

O Cinema é possível graças à invenção do cinematógrafo
pelos Irmãos Lumière no final do século XIX. A 28 de
dezembro de 1895, no subterrâneo do Grand Café, em Paris,
eles realizaram a primeira exibição pública e paga de cinema:
uma série de dez filmes, com duração de 40 a 50 segundos
cada, já que os rolos de película tinham 15 metros de
comprimento. Os filmes até hoje mais conhecidos desta primeira
sessão chamavam-se "A saída dos operários da Fábrica Lumière"
e "A chegada do trem à Estação Ciotat", cujos títulos exprimem
bem o conteúdo. Apesar de também existirem registros de
projeções um pouco anteriores a outros inventores (como os
irmãos Skladanowski na Alemanha), a sessão dos Lumiére é
aceita pela maciça maioria da literatura cinematográfica como
o marco inicial da nova arte. O cinema expandiu-se, a partir de
então, por toda a França, Europa e Estados Unidos, através
de cinegrafistas enviados pelos irmãos Lumière, para captar
imagens de vários países.

Após o surgimento do cinema começa a busca pela identidade e pela técnica ideal de montagem[3] e pela linguagem, pois até aproximadamente 1915 o cinema apresentava cenas desconexas, sem histórias lineares[4].

Com a reunião das imagens e montagem das cenas, em técnica desenvolvida pelo cineasta estadunidense D. W. Griffith nas obras “Nascimento de uma nação” (1915) e “Intolerância” (1916), fica estabelecido o fim do cinema primitivo e a introdução da seqüência narrativa complexa como linguagem cinematográfica[5], essencialmente o vanguardismo na área do folhetim do século XIX[6].

Logo após a Revolução de 1917, o novo governo bolchevique deu grande incentivo às produções cinematográficas por considerá-las peças estratégicas para propaganda ideológica. Assim, obras que exaltassem a força e o heroísmo do povo russo eram estimuladas, financiadas e amplamente distribuídas pelo Estado[7].

São dessa época as obras-primas de Eisenstein: "Encouraçado Potiomkin" (não Potemkin), "Outubro", "Aleksandr Névski" (ou Alexander Nevsky), "Greve" e "Viva México!"[8].

O desenvolvimento da teoria da montagem - para aglomerado de imagens produzidas em diversos planos - é creditado ao russo Serguei Eisenstein para quem de duas imagens sempre nasce uma terceira significação[9]. Com isso,a estrutura do pensamento cinematográfico passou a ser dividida em três fases: a tese, a antítese e a síntese. Mas apesar de estar comprometido com várias teorias, o cineasta não foi o tipo de pensador que abraça uma única idéia[10].
Serguei Eisenstein


Serguei Mikhailovitch Eisenstein (russo: Сергей Михайлович Эйзенштейн, transliteração Sergej Michajlovič Ejzenštejn) nasceu em 23 de janeiro de 1898 na cidade russa de Riga e faleceu em 11 de fevereiro de 1948, na capital Moscou[11].

Eisenstein estudou engenharia mecânica e, durante o curso, envolveu-se no círculo artístico de Moscou através do movimento conhecido como “construtivismo”[12], conforme explica a wikipédia
[13]:

Nas história da arte, design gráfico,
desenho industrial e da arquitetura,
o Construtivismo foi um movimento
estético ocorrido na Rússia de 1914
que pregava uma arte pura
influenciada pela indústria.

Filho de um engenheiro descendente de judeus alemães e de uma russa, Eisenstein teve constantes atritos com o regime de Josef Stalin, devido à sua visão do comunismo e à sua defesa da liberdade de expressão artística e da independência dos artistas em relação aos governantes, posição que era perseguida num país no qual a indústria cinematográfica sofria com a falta de recursos para se nacionalizar[14].

O que incomodava-o nos filmes que assistia era a ineficiência pois o cineasta, achava Eisenstein, estava à mercê dos acontecimentos que filmava, mesmo quando interpretados[15].

A grande magia do cinema mudo era a reflexão teórica, repleta de metáforas e símbolos, com maior quantidade de elementos épicos e líricos[16]. Nesse aspecto que Eisenstein diferenciou-se de Griffith, pois o segundo criou a chamada narrativa cinematográfica clássica que se resume a ordenação de planos usada até hoje: plano geral, plano conjunto, plano estadunidense e plano fechado. Já Eisenstein por sua vez desenvolveu a montagem das atrações, na comparação do quadro cinematográfico ao ideograma em termos de signos com significantes e significados.

FILMOGRAFIA

Título em português - Data - Título original
O diário de Glumov - 1923 - Dnevnik Glumova
A greve - 1924 - Statchka
O encouraçado Potemkin - 1925 - Bronenocets Potiomkin
Outubro - 1927 - Oktiabr
A linha geral - 1928 - Gueneralnaia Linia
Que viva México (inacabado) - 1931 - Da Zdravstvuiet, Meksika!
O Prado de Bejin (inacabado) - 1935 - Bejin Lug
Alexandre Nevski - 1938 - Aleksandr Nevski
Ivã, o Terrível (em duas partes) - 1942-45 - Ivan Grozni

CONCLUSÃO

Face ao observado durante a pesquisa documental, conclui-se que o cineasta analisado possui fundamental importância na mudança da mentalidade do emprego do cinema.

Anteriormente os cineastas ficavam mais presos onde colocassem suas câmeras, mas a inovação de trilhos e movimentação, além da montagem dinâmica das cenas, transformou Eisenstein num dos pioneiros que revolucionou o que até então se entendia como cinema.

Com inegável legado deixado para posteridade, fica provada a importância do cineasta na história - não só do cinema - mas de tudo que sequer ouse utilizar uma câmera de vídeo e a montagem de cenas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Livros

ANDREW, J. Dudley. AS PRINCIPAIS TEORIAS DO CINEMA - Uma introdução. Editora Jorge Zahar. Rio de Janeiro: 1989.

BERNADET, Jean-Claude. O QUE É CINEMA. Coleção Primeiros Passos, 14ª reimpressão, editora Brasiliense. São Paulo: 1980.

LEONE, Eduardo & MOURÃO, Maria Dora. CINEMA E MONTAGEM. Série Princípios, 2ª edição, editora Ática. São Paulo: 1993.

XAVIER, Ismail. O CINEMA NO SÉCULO. Imago Editora Ltda. Rio de Janeiro: 1996.

Internet

Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/ acesso em 14 de setembro

Referências

[1] Não disponível.
[2] Wikipédia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cinema; acesso em 14 de setembro de 2006.
[3] LEONE & MOURÃO, 1993: 16.
[4] BERNARDET, 1980: 31.
[5] BERNARDET, 1980: 37.
[6] XAVIER, 1996: 47.
[7] Wikipédia,
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cinema_russo; acesso em 14 de setembro de 2006.
[8] Idem (7).
[9] BERNARDET, 1980: 49.
[10] ANDREW, 1976: 53.
[11] Wikipédia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Serguei_Eisenstein, acesso em 14 de setembro de 2006.
[12] ANDREW, 1976: 55.
[13] Wikipédia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Construtivismo, acesso em 14 de setembro de 2006.
[14] Idem (13).
[15] ANDREW, 1976: 55.
[16] LEONE & MOURÃO, 1993: 11.

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

A saga do shopping center - introdução

(Historiador do cotidiano)
Ah... nada como passear em um centro de compras, ou centro de lojas... tem até uns esnobes que insistem em chamar pelo estrangeirismo ("shopping center"), mas o que importa de verdade é o que acontece ali dentro.

As pessoas insistem em fazerem compras em tais ambientes mágicos de vitrines encantadas que cantam e seduzem os nossos heróis - brasileiros e brasileiras que trabalham duro para ganhar seu mingüado dinheiro, e gastam muito com objetos supérfulos meramente porque tais seduzidores foram colocados às vitrines - e os desviam do caminho da poupança. Certo, tudo bem, não é um artigo de crítica ao consumismo. Conformado com isto, continuei meu passeio pelo antro do consumo, digo, pelo centro de compras...

...barrigas vêm e vão...

...pares de óculos vêm e vão...

...um grupo de pré-adolescentes vem cantando músicas de uma bandinha estrangeira que faz o maior sucesso atual com uma novela... e demooooooram a passar (mas finalmente vão)...

...pessoas vêm e vão...

...vêm e vão...

...vêm... vão... ohh céus, aquilo já estava a me cansar.

Para me distrair, adentro numa dessas enormes lojas de departamentos. Bonita, grande, seção de chocolates logo na entrada ("Pai, afasta de mim este cálice"!), me dirijo à parte dos brinquedos. Sim, sou adulto. Sim, sim, já não brinco com essas coisas há muito tempo! Mas, já percebeu a quantidade de jogos e brinquedos que são relançados todos os anos? Adoro ver os relançamentos e lembrar de minha infância.

No caminho para tal seção, estava a de cosméticos. Parei, tinha que consultar um perfume. Há poucos metros de mim, uma jovem olhava desodorantes de esguicho (por mim tudo bem, chamem de "spray") e... um rápido barulhinho de esguicho! Fiquei perplexo com a possibilidade e resolvi olhar. A cena se repetiu: Sim, era verdade, ela estava se auto-aplicando desodorante no meio da loja!

Andei duas meras prateleiras, para me afastar da situação desconcertante que acabara de presenciar, me deparo com uma criança - daquelas bem mimadas - a chorar dentro da loja. O motivo? Ela queria alguma coisa supérfula que a mãe, por motivos que eu acreditei melhor não questionar, não quis dar. Realmente aquilo me incomoda, não apenas o choro da crianças mas, principalmente, pela quantidade de crianças mimadas que existem por ai, as quais quando desejam algo, berram até alguém lhes dar. É realmente chato.

Desisti da epopéia de chegar à seção de brinquedos e me retirei da loja. Aqueles dois eventos seguidos me pareceram suficientes para mostrar que estava na hora de sair antes de um possível próximo aborrecimento ou constrangimento.

Fui-me embora, na certeza do pensamento que carregava... "um dia ainda escrevei a Saga do passeio no shopping center".
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Dubai Mall

Dubai Mall
Dubai (em árabe دبيّ) é a capital, e maior cidade,
dos Emirados Árabes Unidos. Tem cerca de
1.570.000 habitantes. Originalmente uma aldeia
de pescadores e coletores de pérolas existente há
séculos na baía da Dubai, a cidade moderna data
da década de 1830, quando a tribo Bani Yas, da
família dos Al-Maktoum ali se instalou e recusou
obediência a Abu Dhabi. Os xeiques seguintes
estimularam os contatos com os estrangeiros,
especialmente britânicos, enquanto Dubai
tornava-se um porto de escala.


Um shopping center, centro comercial ou, simplesmente shopping, é uma estrutura que contém estabelecimentos comerciais como lojas, lanchonetes, restaurantes, salas de cinema, playground, parques de diversões e estacionamento. É um espaço planejado sob uma administração única, composto de lojas destinadas à exploração comercial e à prestação de serviços, sujeitas a normas contratuais padronizadas, para manter o equilíbrio da oferta e da funcionalidade, assegurando a convivência integrada e pagando um valor em conformidade com a faturamento. O centro comercial na maior parte das vezes cobra por muitos serviços, como o estacionamento.

Os shopping centers de média e grande dimensão, funcionam como pequenas cidades, possuíndo uma estrutura governamental (administração) e seus serviços de polícia e bombeiros (segurança), de limpeza, de abastecimento de água, de manutenção de infraestruturas, etc.

Os shopping centers de maiores dimensões, com vários andares, possuem habitualmente escadas rolantes para facilitar o movimento de pessoas de um andar para outro. O maior shopping center do mundo é detido pelo South China Mall, em Dongguan, China, com 1,5 mil estabelecimentos comerciais, fundada em 2005. O título de melhor centro comercial do mundo é atribuído anualmente em Cannes e pertence actualmente ao centro comercial Dolce Vita de Coimbra.

HISTÓRIA

Shopping centers não são uma inovação recente. O Grand Bazaar de Isfahan, que é uma estrutura em sua maior parte coberta, data do Século X a.C.. Os dez quilômetros de estrutura coberta do Grand Bazaar também possui uma antiga história. O Oxford Covered Market (Mercado Coberto de Oxford) foi aberto oficialmente em 1 de novembro de 1774, e existe até os dias atuais. Em 1828, o primeiro shopping center foi criado nos Estados Unidos da América, em Rhode Island. O Galleria Vittorio Emanuele II em Milão foi criado na década de 1860.

A corrida para a construção do maior shopping center do mundo tem ocorrido em tempos recentes. O South China Mall em Dongguan (a norte de Hong Kong), China, é o maior do mundo atualmente, fundado em 2005, superando o antigo recordista, o West Edmonton Mall, em Edmonton. O West Edmonton Mall também superado pelo Golden Resources Mall, com mais de 600 mil m² e mil estabelecimentos comerciais, fundado em 2004, que é o segundo maior do mundo atualmente. O West Edmonton Mall, na cidade de Edmonton, Alberta, Canadá, é atualmente o terceiro maior shopping center do mundo, possuindo mais de 800 estabelecimentos comerciais, ocupando uma área de 500 mil m² e empregando mais de 23 mil pessoas.

Tais shopping centers deverão ser superados por outros shopping centers atualmente em construção na China e no Emirados Árabes Unidos, entre eles, o Mall of Arabia, que deverá abrir em 2006, se tornará o maior shopping center do mundo quando inaugurada, com 929 mil m²; e o Dubai Mall, que diz que será o maior quando inaugurada

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

O trabalho do jornalista

(Historiador do cotidiano)

As pessoas comumente acham que ser jornalista é fácil. Só aparecer na frente das câmeras e falar algumas poucas bobagens. Não é. Temos sempre o trabalho de estarmos bonitos ! Brincadeira à parte, de forma resumida o trabalho do jornalista apoia-se em quatro pontos: Pesquisa, coleta, análise e distribuição.

Na pesquisa, o jornalista não sabe ainda ao certo sobre exatamente o que irá escrever. Então ele abre completamente o leque de possibilidades e fica atento à tudo, junta todos os dados possíveis.

Já na coleta, o objeto de trabalho está bem definido, resta agora coletar o máximo de informações possíveis e imagináveis sobre aquele determinado assunto.

Chega a fase da análise, onde o jornalista pára de juntar conteúdo e vai analisar tudo aquilo. Vai entender o "que?", "quando?", "onde?", "quem?", "como?", "por que?" e "para que?". É aqui que ele finalmente produz sua matéria, seu texto jornalístico (seja ele para jornal, rádio, televisão ou internet).

E, finalmente, a distribuição. Um jornalista não escreve para ele próprio - seria um poeta se assim fizesse - e sim escreve para os outros. Então após toda a pesquisa, material coletado e análise pronta, o jornalista se encarrega da distribuição de sua matéria para ela seja veiculada - e assim a população possa se beneficiar daquela informação.

Ah... que delícia a vida de ser jornalista...

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Segundo a
wikipédia, a atividade primária do jornalismo é a observação e descrição de eventos, conhecida como reportagem, indicando os parâmetros jornalísticos conhecido em inglês como "os cinco Ws e um H":
  1. "Quem" (personagem) (who)
  2. "O que" (fato) (what)
  3. "Onde" (local) (where)
  4. "Quando" (tempo) (when)
  5. "Como" (modo) (how)
  6. "Por quê" (causa) (why)

A essência do Jornalismo, entretanto, é a seleção e organização das informações no produto final (jornal, revista, programa de televisão, etc.), chamada de edição.

O trabalho jornalístico consiste em capacitação e tratamento escrito, oral, visual ou gráfico, da informação em qualquer uma de suas formas e variedades. O trabalho é normalmente dividido em quatro etapas distintas, cada qual com suas funções e particularidades: pauta, apuração, redação e edição.
  • A pauta é a seleção dos assuntos que serão abordados. É a etapa de escolha sobre quais indícios ou sugestões devem ser considerados para a publicação final.
  • A apuração é o processo de averiguar informação em estado bruto (dados, nomes, números, etc.); o tratamento desta em forma de texto verbal é a redação. A apuração é feita com documentos e pessoas que fornecem informações, chamadas de fontes. A interação de jornalistas com suas fontes envolve freqüentemente questões de confidencialidade.
  • A edição é a finalização do material redigido em produto de comunicação, hierarquizando e coordenando o conteúdo de informações na forma final em que será apresentado. Muitas vezes, é a edição que confere sentido geral às informações coletadas nas etapas anteriores. No jornalismo impresso (jornais e revistas), a edição consiste em revisar e cortar textos de acordo com o espaço de impressão pré-definido. A diagramação é a disposição gráfica do conteúdo e faz parte da edição de impressos. No radiojornalismo, editar significa cortar e justapor trechos sonoros junto a textos de locução, o que no telejornalismo ganha o adicional da edição de imagens em movimento.

Estas três mídias citadas têm limites de espaço e tempo pré-definidos para o conteúdo, o que impõe restrições à edição. No chamado webjornalismo, ciberjornalismo ou "jornalismo online", estes limites teoricamente não existem.

A inexistência destes limites começa pela potencialidade da interação no jornalismo online, o que provoca um borramento entre as fronteiras que separam os papéis do emissor e do receptor, anunciando a figura do interagente. Esta prática tem se difundido como "jornalismo open source", ou o jornalismo de código aberto, onde informações são apuradas, redigidas e publicadas pela comunidade sem a obrigação de serem submetidas às rígidas rotinas de produção e às estruturas organizacionais das empresas de comunicação.

De acordo com a pesquisadora Catarina Moura, da Universidade da Beira Interior (Portugal), Jornalismo Open Source "implica, desde logo, permitir que várias pessoas (que não apenas os jornalistas) escrevam e, sem a castração da imparcialidade, dêem a sua opinião, impedindo assim a proliferação de um pensamento único, como o pode ser aquele difundido pela maioria dos jornais, cuja objectividade e imparcialidade são muitas vezes máscaras de um qualquer ponto de vista que serve interesses mais particulares que apenas o de informar com honestidade e isenção o público que os lê". (artigo disponível em
http://www.bocc.ubi.pt)

terça-feira, 12 de setembro de 2006

Tempo

(Historiador do cotidiano)Concerto no Estádio José Alvalade, em Lisboa, Portugal, em 1994

Acordei hoje com na cabeça uma música. Uma banda inglesa. Um sentido não decifrado...

A canção, a melodia da "Time" do conjunto Pink Floyd ecoava em minha cabeça. O que significaria isso? Afinal eu estava dentro da minha agenda e não perdi a hora.

Para vocês entenderem um pouco melhor, podem ouvir a música na
Rádio Uol, na versão ao vivo gravada no show Pulse, no disco 2 (a música originalmente foi* lançada no disco "Dark side of the moon" de 1973). Vou colocar abaixo a letra dela:

* (agradeço à leitora Raline pela correção, passou desapercebido para mim)

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Pink Floyd - Time
(Nick Mason, Roger Waters, Richard Wright, David Gilmour)

Ticking away the moments that make up a dull day
You fritter and waste the hours in an offhand way.
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way.

Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain.
You are young and life is long and there is time to kill today.
And then one day you find ten years have got behind you.
No one told you when to run, you missed the starting gun.

And you run and you run to catch up with the sun but it's sinking
And racing around to come up behind you again.
The sun is the same in a relative way but you're older,
Shorter of breath and one day closer to death.

Every year is getting shorter never seem to find the time.
Plans that either come to naught or half a page of scribbled lines
Hanging on in quiet desparation is the english way
The time has gone, the song is over,
Thought I'd something more to say.

Home, home againI like to be here when I can
When I come home cold and tired
It's good to warm my bones beside the fire
Far away across the field
The tolling of the iron bell
Calls the faithful to their knees
To hear the softly spoken magic spells.

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Segundo a
wikipédia, o Pink Floyd é uma banda de rock inglesa famosa pelas suas composições de rock clássico harmónico, pelo seu estilo bombástico e pelos espectáculos ao vivo extremamente elaborados. A banda é considerada um dos expoentes máximos do rock, estando classificada em sétimo lugar nas vendas de álbuns no mundo inteiro. O seu álbum de 1973, The dark side of the moon, manteve-se no "Top 100" de vendas durante mais de uma década e continua a ser um dos álbuns mais vendidos de todos os tempos.

Para conhecer mais, acesse o
site oficial da banda, ou o site do cantor David Gilmour.

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Nasce um novo blog...

(Historiador do cotidiano)
O Historiador do cotidiano pretende ser fiel ao seu título.

A magia do nascer reflete-se na vida, no subir do sol e na sombra que geramos, onde às vezes iluminamos outras pessoas, mas nem sempre.

Na dúvida entre o certo e o errado, caminhamos. Erramos mas aprendemos também com os erros dos outros. É triste mas as pessoas erram. Nós erramos.

A primeira postagem é um artigo que escrevi no início deste ano, espero que gostem.

Quanto ao nascer do dia, a fotografia acima foi batida por Bruno Morano na localidade de Pico das Almas, no estado do Ceará.

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Não quebre, arrudeie

Existem muitos ditados populares, forjados na necessidade da população de conhecimento filosófico embutido em roupagem popular... dito isso poderíamos enveredar por inúmeras vertentes do conhecimento sábio, antigo e simples, mas vou me deter a um específico: “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.

Será?

Durante um passeio à toa em sebos, havia em um deles uma frase muito interessante: “água mole em pedra dura, a água desvia”.

Faz sentido...

Vamos analisar. Imagine que você está de frente a um muro e quer atravessá-lo. Você pode andar um pouco mais e arrudiá-lo. Certo. Mas pode também bater nele até ele abrir uma passagem para você (“água mole em pedra dura tanto bate até que fura”). Vamos supor que você opte pelo caminho mais perto (e conseqüentemente mais confortável) que é fazer um buraco na parede para passar.

Você vai bater muito na parede, sempre no mesmo ponto - ou pontos próximos - até que consiga fazer um buraco e passar. A cada pancada que você der, você irá desestabilizar mais a estrutura, a cada nova batida ocorrerá uma fissura microscópica naquela construção, e a cada vez mais você irá fragilizar todo o muro. Mas... opa... conseguiu, fez o buraco! (“água mole em pedra dura tanto bate até que fura”)

Está na hora de passar por ele...

No instante que você começa a andar em direção à passagem, percebe que as laterais do muro não agüentam mais a estrutura e tudo vai cair a qualquer momento. Quando você está dentro do buraco - no meio da travessia - o teto desaba (ou pelo menos cai muita coisa).

É nesse instante que as pessoas pensam “o que deu errado?”... simples: você forçou a barra. Bateu até abrir a passagem (“água mole em pedra dura tanto bate até que fura”). Mas a sua insistência fragilizou a estrutura! Por que não podia simplesmente ter arrudiado? Você teria andado mais (e quem sabe aprendido mais) mas teria deixado a estrutura intacta, sem sofrer você nem ela!!!

Vamos comparar agora ao mundo que lhe cerca? Quantas vezes você insiste em algo até “conseguir”? Sim, entre aspas porque você bateu tanto na “pedra” que deixou-a impressionantemente fraca, ou desestruturada. E a dor que fica é imensurável.

Não entendeu? Quer um exemplo bem prático? Certo, vamos lá... já tentou convencer alguém de alguma coisa? Você soube argumentar? Se sim, conseguiu? Se não, por que não argumentou?

As pessoas são muito fechadas em seus mundinhos - e em seus conceitos - por isso quando tentam convencer alguém de algo, não costumam variar seus argumentos, simplesmente “batem até furar” (e insistem no mesmo argumento). Ora, pessoas (e animais também) têm sentimentos. Se você insiste em um único ponto, irá aborrecer muito seu interlocutor.

Conseguirá seus objetivos? Provavelmente sim, mas, à qual custo? Ao custo do seu relacionamento com seu interlocutor? Porque é isso que acontecerá.

Então se for conversar com alguém, não “bata até furar”, mas “arrudeie”, obtenha mais argumentos, converse, dialogue, escute o que o outro tem a dizer, e faça seu contraponto. Mas faça-o de forma inteligente, e com argumentos diversificados, ao invés de simplesmente “bater até furar” a sua “pedra”.

E não venha dar uma de “bater até furar” e usar apenas o exemplo acima. Cabe à você mesmo refletir e saber quando é hora de arrudiar... “água mole e pedra dura, água arrudeia”.

Decida-se! Quer bater até furar, ou quer arrudiar?

[ * arrudiar = dar a volta, contornar ]