quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Finalmente 100!

Hoje, 30 de novembro - após um mês do contador estar operacional no site -
finalmente o Historiador do Cotidiano recebeu sua 100ª visita!

Obrigado a todos pelo apoio, atenção e prazer de leitura em meus artigos.

terça-feira, 28 de novembro de 2006

O Brasil na 2ª Guerra Mundial

(Historiador do cotidiano)

O Brasil na 2ª Guerra Mundial

O Brasil entrou na 2ª Guerra Mundial após torpedeamento de navios mercantes brasileiros em 1942: Buarque (15 de fevereiro), Olinda (18 de fevereiro), Cabedello (25 de fevereiro), Arabutan (7 de março) e Cayrú (8 de março)[1], além da descoberta de centrais de inteligência e espionagem alemãs - com transmissão por modernos equipamentos de rádio - no Rio de Janeiro (abril de 1942). Em 1º de maio é afundado o navio Parnahyba e a seguir o Comandante Lyra (18 de maio). Os torpedeamentos continuam com afundamento dos navios Gonçalves Dias (24 de maio), Alegrete (1 de junho), Pacuri e um pesqueiro (5 de junho), Pedrinhas (26 de junho), Tamandaré (25 de julho), Piave e Barbacena (28 de julho), Baependy e Araraquara (15 de agosto), Annibal Benévolo (16 de agosto) e Itagiba, Arará e um pesqueiro (17 de agosto)[2].

No dia 18 de agosto o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), do Governo Federal, explica à população sobre os torpedeamentos. Em 19 de agosto é afundado o 22º navio brasileiro: Jacira. Em 31 de agosto - através do Decreto-Lei nº 10.358 o governo declara estado e guerra. Nas comemorações do 7 de Setembro (Independência) são encontradas diversas bombas-relógio espalhadas na cidade do Rio de Janeiro, nos locais onde aconteceria o desfile militar. No dia 27 de setembro são afundados os navios Ozório e Lages, seguidos pelo Antônico (28 de setembro), Porto Alegre (3 de novembro) e Apalóide (22 de novembro) que torna-se 27º navio brasileiro afundado.

Em 29 de janeiro de 1943 os presidentes brasileiro Getúlio Vargas e estadunidense Franklin D. Roosevelt reúnem em Natal para efetivarem a participação do Brasil na Guerra, através do envio de uma Força Expedicionária. Em 1943 os torpedeamentos continuam: Brasilóide (18 de fevereiro) e Affonso Penna (2 de março). Em 27 de março é estabelecida a Base Aérea de Natal no então campo de Parnamirim (“Parnamirim field”) posteriormente conhecido como “Trampolim da vitória”.

Em 1º de julho é torpedeado o navio brasileiro Tutóya e no dia 4 é a vez do Pelotaslóide, afundado pelo U-Boat (submarino alemão) U-590. Mas o 590 não comemorou a vitória por muito tempo pois foi afundado por uma aeronave PBY-5 Catalina do esquadrão VP-94 próximo ao estuário do rio Amazonas em 9 de julho, cinco dias após afundar o Pelotaslóide. Em 19 de julho é a vez de um avião Mariner do esquadrão VP-74 afundar o U-513 que, há 18 dias antes tinha afundado o navio brasileiro Totóya. Em 31 de julho é afundado o primeiro submarino alemão por brasileiros, o U-199. Em 26 de setembro são torpedeados os navios brasileiros Itapagé e Cisne Branco e em 23 de outubro é a vez do navio brasileiro Campos. Em 23 de novembro de 1943 é criada a Força Expedicionária Brasileira e, em 18 de dezembro do mesmo ano, é criado o 1º Grupo de Aviação de Caça cujo primeiro comandante foi o então major Nero Moura. Em 18 de maio morre o 2º Ten.-Av Gastaldoni, face um aparente problema mecânico na sua aeronave P-40.

Além dos citados, foram também torpedeados os navios Shangri-lá, Bagé, Vital de Oliveira e Camaquã. O cruzador Bahia é vítima de explosão no paiol da popa após o término da guerra (4 de julho de 1945). Ao todo, foram registrados oficialmente 1.426 filhos da nação brasileira que perderam suas vidas por ataques de submarinos alemãos a 39 navios brasileiros[3].

Para o teatro de operações da Itália, o Brasil enviou a Força Expedicionária Brasileira (FEB) junto com o 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAvCa) da recém criada Força Aérea Brasileira (FAB). Constituída em agosto de 1943, a FEB tinha como emblema uma cobra fumando. Seu comandante foi o general e futuro marechal João Batista Mascarenhas de Morais e o chefe do Estado-Maior era o então major (futuro presidente do Brasil) Humberto Castelo Branco. A FEB foi integrada ao 4º Corpo do Exército Americano (sob o comando do general Willis Crittemberger), este por sua vez adscrito ao V Exército dos EUA (comandado pelo general Mark Clark)[4].

A FEB desembarcou na Itália em 16 junho (oficiais) de 1944. Em 2 de julho o transporte USS GENERAL MANN (AP-112), escoltado pelos destróieres brasileiros MARCÍLIO DIAS, MARIZ E BARROS e GREENHALGH, partem do Rio de Janeiro com o primeiro contingente da FEB (5.379 homens) com destino a Nápoles. Faziam parte deste contingente: QG/1D; 4ª CIA/11º RI (São João Del Rey); Cia.Ob./11º RI; Pel. Mrt/CPP 2/11º RI; II/1º R.O.Au.R. (Campinho); 1º Pel/Esqd. Rec.; 6º RI (Caçapava); QG/1º DIE; Dst. 9º BE; Dst./Cia. Trans.; Cia. Mnt.; Pel. Pol.; Depos. Int.; Dst. 1ª Cia. Int.; Dst. 1º BS (Valença); Gr. Supl. Hosp.; Justiça Militar, Pagadoria Fixa, Correio Regulador, 3 oficiais da Marinha de Guerra, 11 elementos do Banco do Brasil, 3 capelães e 3 correspondentes de guerra (Sívio S. da Fonseca - DIP, 1 fotógrafo do DIP e 1 fotógrafo do Exército)[5].

A FEB entrou em combate em setembro, no vale do rio Serchio, ao norte da cidade de Pisa. As primeiras vitórias da FEB ocorreram já em setembro com a ocupação de Massarosa (16.09.1943), a tomada de Camaiore (18.09.1943) e Monte Prano (26.09.1943). Durante o rigoroso inverno daquele ano combateu nos Apeninos onde enfrentou temperaturas de até vinte graus negativos e muita neve[6].

Seguem Lama di Sotto (30.09.1943), Fornaci (01.10.1943), Barga (11.10.1943) e em um só dia a FEB em esforço conjunto ocupa no dia 30 de outubro as cidades de Lama di Sopra, Pradescello, Pian de los Rios, Collo e San Chirico. No dia seguinte o 1º GAvCa realiza sua primeira missão de combate. Em 21 de fevereiro de 1945 a FEB ocupa Monte Castelo depois do Grupo de Caça ter arrasado a resistência alemã.

No início de 1945, conquistou Monte Castelo (21.02.1945), Castelnuovo (05.03.1945), Montese (14.04.1945), Zocca e Montalto (ambas em 21.04.1945) além de Collechio (28.04.1945). Em Fornovo (29.04.1945), cercou e aprisionou a 148º Divisão de Infantaria alemã, inclusive o seu comandante, General Otto Freter Pico e seu Estado Maior, além de remanescentes da Divisão Bersaglieri italiana, como o seu comandante, o General Mario Carloni. Na sua arrancada final, conquistou a cidade de Turim e, em 2 de maio, na cidade de Susa, noroeste da Itália, fez junção com as tropas francesas. Nesta data - 2 de maio de 1945 - a Itália declara sua rendição incondicional. A guerra no Teatro de Operações da Europa encerra-se em 8 de maio de 1945 com a rendição incondicional da Alemanha.

Ao final da campanha, a FEB havia aprisionado mais de 20.000 soldados inimigos (14.779 só em Fornovo) oitenta canhões, 1.500 viaturas e 4 mil cavalos, saindo vitoriosa em 21 batalhas[7].

Participaram da Força Expedicionária Brasileira oficiais que nos anos seguintes desempenhariam papéis de destaque na vida política brasileira, entre os quais, pode-se salientar os seguintes nomes: Humberto de Alencar Castello Branco (presidente da República entre 1964 e 1967), Osvaldo Cordeiro de Farias (governador de Pernambuco entre 1955 e 1959), Golbery do Couto e Silva (ministro da Casa Civil entre 1974 e 1981), Octavio Costa (idealizador das campanhas publicitárias do governo Médici), Albuquerque Lima (ministro do interior entre 1967 e 1969) e Hugo Abreu (ministro da Casa Militar entre 1974 e 1978)[8].

Referências:

[1] Disponível em: http://www.sentandoapua.com.br/ acesso em: 28 de novembro de 2006.
[2], [4], [6], [7] e [8] Disponíveis em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Força_Expedicionária_Brasileira acesso em: 28 de novembro de 2006.
[3] Disponível em:
http://www.sentandoapua.com.br/mapacom.htm acesso em: 28 de novembro de 2006.
[5] Disponível em: http://www.sentandoapua.com.br/ acesso em: 28 de novembro de 2006.

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Novidades!

A partir de agora, o blog foi atualizado (ou estará completo até
meia-noite): todos arquivos que forem meus terão no início o texto
(Historiador do cotidiano) em vermelho!!

Reflexões sobre a fé

(Historiador do cotidiano)

Sábado assisti novamente o "Código da Vinci", com Tom Hanks, Audrey Tautou e Jean Reno. Às vezes me questiono se estou na área errada!? Desde antes de Arcoverde (1995) já ventilo a idéia de ingressar no seminário. Será que a batina me cairia bem? E, mais importante, será que tenho o dom da Palavra? A Bíblia fala em sinais (Mateus, 24:32-33). Meu Senhor Deus, espero tomar a decisão certa...

domingo, 19 de novembro de 2006

19 de novembro













Feliz dia da bandeira !!!

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

STJ: jornalista deve ter diploma

(Tiago Cordeiro)
STJ: jornalista deve ter diploma

(por: Tiago Cordeiro)

A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgou, por unanimidade, que jornalistas devem possuir diploma universitário de jornalismo. A decisão ocorreu no julgamento de um mandado de segurança impetrado pelo médico José Eduardo Marques contra a portaria do Ministério do Trabalho e Emprego. Marques trabalhava no programa de TV “Prevê Saúde”, da TV Bauru, de São Paulo. Segundo o STJ, o médico possuía um registro precário de jornalista, concedido por ação civil pública.

A decisão do processo seguiu integralmente o voto do relator, Ministro José Delgado. Ele afirmou que a profissão de jornalista é regulada pelo Decreto-Lei 972, de 1969, com alterações de leis subseqüentes e que, desde então, exige-se o diploma de nível superior para o seu exercício. Para os ministros, a portaria é legal e não prejudica o interesse público, já que não prejudica a livre manifestação do pensamento, criação ou opinião.

A Portaria n. 03, de 2006, do Ministério do Trabalho e Emprego declarou inválido qualquer registro de jornalista pela antecipação de tutela da ação civil pública 2001.61.00.025946-3 - decisão de outubro de 2005, que determinou a exigência do diploma de curso superior para a atividade de jornalista - e que as delegacias regionais do trabalho deveriam cancelar todos os registros emitidos. Através de um pedido de liminar, o médico alegou que a portaria seria ilegal e contrária ao artigo 5º, inciso XIII, da Constituição Federal que autoriza o livre exercício de qualquer trabalho ou profissão desde que as exigências legais sejam atendidas. Marques obteve a liminar, mas o Tribunal Regional Federal cassou seu registro, o que lhe levou a entrar com o mandado de segurança no STJ.

“Não é uma quebra da liberdade de expressão, pelo contrário. Qualquer pessoa, e a confusão acaba provocando erros de interpretação, pode se expressar de maneira livre. O que a constituição garante é que só jornalistas possam fazer jornalismo”, afirmou Sérgio Murillo, presidente da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj).

Delgado, em seu voto, destacou que a Constituição também prevê o cargo de colaborador, profissional remunerado e sem vínculo empregatício que produz trabalhos técnicos, científicos ou culturais de acordo com sua especialização. “O jornalismo encontra-se cada vez mais diversificado e formados em outras áreas naturalmente acabam por se dedicarem à elaboração de artigos e matérias específicas de sua formação”.

“Se o tribunal negou, tenho que acatar”, resumiu Marques para o Comunique-se. Segundo a assessoria do STJ, ele ainda pode recorrer da sentença.

sábado, 11 de novembro de 2006

DESMILITARIZAR, NÃO! MAS SIM COMPLETAR A MILITARIZAÇÃO !

(Ten. Brig.-do-Ar Ivan Frota)


Nos últimos dias, assistimos a uma injusta e virulenta carga agressiva sobre a administração do Comando da Aeronáutica, inspirada nos atrasos provocados por um movimento grevista inconseqüente de controladores de vôo do CINDACTA I, na circulação das aeronaves que transitavam pelo País.

A Aeronáutica Militar merece o respeito e a gratidão da sociedade brasileira por ter criado, organizado e implantado excepcionais empresas e estabelecimentos produtores de serviços e equipamentos de elevado interesse nacional, todos incorporando destacada bagagem cultural de excelência.

Assim, surgiram, para o desenvolvimento científico-tecnológico, o Centro Técnico Aeroespacial (CTA), o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), o Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), a Empresa Brasileira de Aeronáutica (EMBRAER), a Companhia Eletromecânica de Motores de Aviação (CELMA). Surgiram, também, para o uso e o controle do espaço aéreo, a Empresa de Infra-estrutura Aeroespacial (INFRAERO), o Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAA), o Centro de Lançamentos de Veículos Espaciais de Alcântara (CLA), o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) e muitos outros. Todas essas realizações, de iniciativa exclusiva da Força Aérea, de homens de visão arejada, que legaram ao Brasil um invejável acervo tecnológico.

Somente o SISCEAB, de concepção integrada militar e civil, pioneira no mundo, conta com cerca de 15.000 profissionais de alto nível, que o mantêm e operam por meio de quatro células intercomunicantes regionais. Essas células, os Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I, II, III e IV) abrangem a cobertura total do espaço aéreo nacional e de parte do Oceano Atlântico (responsabilidade internacional assumida).

O CINDACTA IV, sozinho, guarnece toda a Amazônia brasileira (5.200.000 km²), incorporando a atividade complementar de vigilância dos céus daquela área (Sistema de Vigilância da Amazônia – SIVAM) e provendo informações eletrônicas, em tempo real, para viabilizar o funcionamento do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM).

Da lavra da Aeronáutica são, igualmente, o desenvolvimento dos motores automotivos a álcool e a gás natural, de ligas metálicas super-resistentes e de combustíveis sólidos de elevada eficiência, ambos para emprego em motores espaciais. Também o são, a própria concepção do Veículo Lançador de Satélites (VLS), as bases para o domínio do ciclo completo do átomo e outras iniciativas, inclusive de pesquisa pura.

Com tudo isso, os estrategistas da Aeronáutica instalaram um complexo aeroespacial de forma integrada e unificada, constituído dos seguintes pilares:

- Complexo Científico-Tecnológico Aeroespacial: CTA, ITA, INPE etc.;
- Indústria Aeroespacial: EMBRAER, CELMA etc.;
- Infra-estrutura Aeroespacial: SISCEAB, INFRAERO, Centros de Lançamento de foguetes e veículos espaciais diversos, Centros de testes para pesquisas aeroespaciais etc.;
- Aviação Civil: Departamento de Aviação Civil - DAC (hoje, Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC);
- Força Aérea Brasileira.

Enquanto estiveram sob a supervisão da Aeronáutica Militar, esses segmentos se desenvolveram e se fortaleceram, despertando o ciúme de uns, pelo poder que representavam, e a cobiça de outros, políticos e oportunistas, pelo potencial de produzir receitas financeiras de vulto.

No ambiente militar, nunca interessou às demais Forças que houvesse essa exclusividade do controle sobre a INFRAERO, o DAC e, até, o SISCEAB, porque dele sempre quiseram compartilhar. Daí, a situação de isolamento em que ficou a Aeronáutica, que só podia contar consigo mesma para conservar a propriedade dos órgãos indispensáveis ao seu funcionamento ideal, os quais ela construiu sozinha.

Neste momento, a forjada crise do controle de tráfego aéreo (apenas em Brasília!?), urdida nos porões do CINDACTA I, configura verdadeira traição nacional, covardemente desencadeada por alguns controladores civis, sindicalistas retrógrados, infiltrados no meio dos controladores militares, estes sérios, os quais representam a indiscutível maioria desses profissionais.

As pessoas que conhecem o sistema sempre souberam que qualquer movimento grevista no seu interior traria dramáticas conseqüências para a sociedade em geral, sem se falar nos prejuízos para a segurança externa do País.

Os controladores de tráfego aéreo representam somente a ponta do "iceberg" nesse imenso e delicado sistema, onde labutam diuturnamente um grande número de brasileiros para mantê-lo, em funcionamento, 365 dias e 6 horas, por ano, 24 horas por dia, 60 minutos por hora e 60 segundos por minuto.

Não são esses poucos controladores os que mais trabalham, nem dos quais se exige maior cultura técnico-profissional, porém, como simples "apertadores de botões" nos "videogames" em que trabalham (que são mantidos por outros), podem interromper ou retardar o funcionamento dos beneficiários de sua atividade fim.

Muito mais cultos tecnologicamente e indispensáveis são os mantenedores dos radares, dos meios de comunicação, dos laboratórios de inspeção em vôo, dos meios de cartografia e geodésia, dos estabelecimentos de formação de pessoal e, principalmente, dos idealizadores de todos esses sistemas.

Soa ridículo, para os que conhecem medianamente o SISCEAB, ouvir a inconseqüente pregação de privatizar a atividade dos controladores, como se fosse possível isolá-la das demais, ou separar o rio de seu leito.

Soa ridículo ouvir as estultices dos políticos demagogos ou, até, de jornalistas mal preparados, quando repetem, como papagaios, as palavras que lhes põem na boca os arautos do caos, tão ou mais ignorantes do que aqueles, na ânsia de dar notícias alarmantes e, se não as houver, de distorcer as existentes.

Quando se analisa, com equilíbrio, o inopinado em que se instalaram os conflitos e os atrasos de aeronaves, em contrapartida com a presteza com que tudo foi restabelecido, surge uma verdade cristalina: nunca houve excesso de tráfego aéreo, nem carência de controladores. O que houve foi falta de espírito público e sobra de permissividade institucional na baderna praticada por uns poucos. Estes, para sua justa e inoportuna reivindicação salarial, não hesitaram em envergonhar o Brasil perante o mundo, nem em induzir a opinião pública internacional a admitir a culpabilidade do serviço nacional de proteção ao vôo (um dos melhores do mundo), no lamentável recente choque de duas aeronaves no ar.

Enquanto demagogos, irresponsáveis e ignorantes preconizam a desmilitarização dos controladores de vôo, surge, insofismável, a certeza de que, não só resta imprescindível sua permanência sob a tutela da Aeronáutica, como também se faz indispensável a expansão dessa militarização para o restante do que tenha sido subtraído do sistema, antes inteiro.

Esta é uma questão de bom senso, de segurança e de sobrevivência para o País e para toda a sociedade brasileira.

Ten.-Brig.-do-Ar Ivan Frota
(presidente do Clube da Aeronáutica)

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Documentário versus reportagem


(Historiador do cotidiano)
Cinema


Documentário: “que tem valor ou caráter de documento; filme informativo e/ou didático feito sobre pessoa(s) (ger. de conhecimento público), animais, acontecimentos (históricos, políticos, culturais etc.) ou ainda sobre objetos, emoções, pensamentos, culturas diversas etc.”.[1]

Reportagem: “atividade jornalística que basicamente consiste em adquirir informações sobre determinado assunto ou acontecimento para transformá-las em noticiário; o resultado desse trabalho (escrito, filmado, televisionado), que é veiculado por órgãos da imprensa”.[2]

Aparentemente sutil, os gêneros de produção de conteúdo visual possuem uma característica essencial na diferenciação: a autoria.

Os primeiros registros visuais, documentários ou reportagens, podem ser encontrados produzidos por nossos antepassados - nas cavernas - de forma pictográfica, na qual os guerreiros informavam aos companheiros e às mulheres como fora a caçada, quais animais encontraram, quais armas utilizaram, quais bichos mataram e de quais fugiram. A narrativa não verbal está bem explícita em desenhos seqüenciados.

Pulando algumas etapas da nossa longa evolução, encontramos os irmãos Lumière a exibir fotografias em seqüência para mostrar ações do cotidiano[3]. Surgia o cinema mudo, uma evolução tecnológica para transmitir informações - e registrá-las - tais quais nossos ancestrais faziam.

O surgimento do cinema ficou caracterizado na primeira exibição pública do cinematógrafo dos irmãos Lumière, em 28 de dezembro de 1895 no salão do Grande Café de Paris, apesar de ter acontecido uma primeira sessão reservada (première, ou estréia) em 28 de setembro do mesmo ano. A exibição pública contou, entre outros, com o artista Georges Méliès na platéia:
La première projection publique du Cinématographe
par les frères Lumière eu lieu le 28 septembre 1895
à La Ciotat Bouches-du-Rhône dans la première salle
de Cinéma au monde L'Eden qui existe toujours, trois
mois avant celle projetée comme démonstration
inaugurale au Salon indien du Grand Café à Paris le
28 décembre 1895, la Sortie de l'usine Lumière à Lyon
film tourné par les deux frères. Georges Méliès, qui
y assistait en tant que simple spectateur y reçut sa toute
première inspiration. Bien que celles-ci ne sont plus
considérées comme les premières au monde, les
projections des pionniers Jean Le Roy le 22 février 1895
à Clayton dans le New Jersey et le français
Louis Aimée Augustin Le Prince 1888 étant antérieures,
mais ce cinéma avant la lettre et non commercial est rejeté
dans la catégorie, pré-cinéma.
[4]

Segundo Tom Gunning[5], o centenário do cinema mostra o “primeiro século de história capturada pelos filmes”, ou seja, século da documentação da realidade pelas fotografias em movimento. Com isto temos o início do pensamento do cinema como registro, documento, ao invés do surgimento para (e pela) arte, conforme empregado em larga escala atualmente.

A mudança significativa de emprego do cinema ocorreu com o ingresso do russo Serguei Einsenstein que utilizou - na década de 1920 - o cinema como arma de propaganda. Para isso, refinou o conceito de edição das imagens capturadas e mudança de planos. Para ele não bastava mais a câmera estar fixa em determinado local, mas a mudança de ângulos para mostrar o que nem sempre estava perceptível. No seu filme “O encouraçado Potemkin” (1925), apresentou a cena da escadaria - com tropas czaristas enfrentando civis - de forma dramática, mas na reconstituição de fato, o que demonstra o registro in loco dos acontecimentos (características essencial em documentários)[6].

É importante ressaltar que o registro in loco dos acontecimentos - pelo documentarista, isto é, sem contar imagens de arquivos - pode ser feito de duas maneiras[7]: o “contemporâneo”, no qual os registros utilizados são espaço-temporalmente próximos à produção do documentário (aspecto imprescindível no caso das reportagens); o “(re)construído”, no qual faz-se referência aos eventos passados mas não se utiliza de locações reais e sim de cenários virtuais e maquetes, e; “referencial evolutivo”, onde há a captação de imagens nos locais históricos normalmente entrevistando personagens dos ocorridos em tais lugares.

Mas antes de caracterizarmos completamente os documentários, vamos conhecer algumas características do jornalismo.


Jornalismo e suas características

“Jornalismo é a atividade profissional que consiste em lidar com notícias, dados factuais e divulgação de informações. Também define-se o Jornalismo como a prática de coletar, redigir, editar e publicar informações sobre eventos atuais. Jornalismo é uma atividade de Comunicação”.[8]

Apenas esta definição não se mostra suficiente para a enormidade de atribuições e responsabilidades dos jornalistas. O código de ética do jornalismo brasileiro é mais claro, em seu artigo 3º explica que “A informação divulgada pelos meios de comunicação pública se pautará pela real ocorrência dos fatos (...)”, e o artigo 14º esclarece que o jornalista deve “ouvir sempre, antes da divulgação dos fatos, todas as pessoas objeto de acusações não comprovadas, feitas por terceiros e não suficientemente demonstradas ou verificadas”[9].

Portanto fica claro que a responsabilidade do jornalista é registrar um acontecimento, com proximidade espaço-temporal, ouvir os dois (ou mais) lados envolvidos no evento, e divulgar as informações. O jornalista não poderá, no entanto, emitir juízo de valor, nem tendenciar os dados obtidos, como mostra o primeiríssimo artigo do código de ética: “O acesso à informação pública é um direito (...) que não pode ser impedido por nenhum tipo de interesse”, principalmente os interesses pessoais - essencialmente os ideológicos - do jornalista.

Não transparece assim caráter autoral, afinal o jornalista apenas divulga o que apura, apesar da tendência do conteúdo visual estar passível a abusos por suas “características subliminares de codificação e decodificação sociais imagens”[10].

A reportagem, então, seria uma forma de investigação aprofundada sobre um determinado tema para expor comportamentos e atitudes não éticas, imorais ou ilegais, mas que se mantém fiel à realidade sempre a ouvir todos os lados envolvidos no ocorrido.
Investigative journalism, in which journalists
investigate and expose unethical, immoral and
illegal behavior by individuals, businesses and
government agencies, can be complicated,
time-consuming and expensive - requiring teams
of journalists, months of research, interviews
(sometimes repeated interviews) with
numerous people, long-distance travel,
computers to analyze public-record databases,
or use of the company's legal staff to secure
documents under freedom of information laws
”.[11]
Dito isto, e face ao vídeo-reportagem e à reportagem escrita serem irmãos gêmeos, podemos citar algumas características inerentes a ambos:

- Ausência de opinião do jornalista: apenas é apresentado o que foi registrado. Dados não obtidos através de entrevistas são fornecidos à audiência em imagens com a presença do repórter (“passagem”) ou apenas a voz (“off”);
- Apresentação de todos os lados envolvidos no fato: não importa quantos e quais os lados, sempre devem todos serem ouvidos para garantir isenção jornalística;
- Uso de personagens reais: não se pode utilizar-se do recurso de emprego de atores ficcionais no lugares de atores sociais envolvidos nos fatos pois isso descaracterizaria o conceito de cada fonte ser responsável pelas suas informações;
- Processo de edição não está sob controle do jornalista que produziu a reportagem: com isto, perde-se quase completamente a oportunidade do repórter moldar a reportagem às suas ideologias através da edição de imagens, como preconizado por Einseinstein.

Afinal, a vídeo-reportagem nada mais é que um filme, de curta duração, realizada com informações obtidas jornalisticamente.
Un reportage est un film de courte durée
(de moins d'une minute à quelques minutes),
dont le contenu manifeste est essentiellement
d'ordre informatif. Il est réalisé par un
reporter
”.[12]

E o documentário?

O documentário é um gênero cinematográfico que se caracteriza pelo compromisso com a exploração da realidade. Mas dessa afirmativa não se deve deduzir que ele represente a realidade tal como ela é. O documentário, assim como a ficção, é uma representação parcial e subjetiva da realidade. A palavra documentário deriva do latin “documentum” que significa “título ou diploma que serve de prova, declaração escrita para servir de prova”[13].

A representação parcial e subjetiva da realidade está exacerbadamente à mostra nos documentários, pois “a parcialidade é bem vinda no documentário”.[14] Esse olhar que o documentarista aplica à sua produção é que torna tal filme autoral: ele carrega os conceitos e opiniões do seu autor, devidamente salientados na seqüência narrativa da exibição de documentos, depoimentos e reconstituições.

Para voltarmos ao surgimento do conceito de vídeo-documentário, encontrarmos que os primeiros eram nada mais que pequenos registros como trens adentrando estações, barcos ancorando ou pessoas saindo de fábricas (como os produzidos pelos irmãos Lumière).
La pratique révèle que la limite entre
objectivité et point de vue du cinéaste
est particulièrement ténue: un documentaire
répond toujours à une démarche de son
auteur, et propose donc une vision particulière.
Cette vision résulte principalement de choix,
que ce soit au niveau du sujet traité,
des moyens, de l'approche ou, surtout,
du montage
”.[15]
Ou seja, enquanto no jornalismo há a eterna busca pela (teórica) objetividade na transmissão das informações, o documentário manifesta essencialmente a subjetividade, encontrada através da maneira particular com a qual a história é contada pelo diretor / autor[16].

“O vídeo-documentário é um produto audiovisual que aborda um tema, lugar, animal, questão social ou cultural, pessoa - famosa ou anônima - uma doença, uma descoberta”[17], ou seja, uma verdadeira infinidade de temas que potencializa as aplicações cinematográficas na transmissão de informações e reforça os aspectos sobre o registro da realidade, como afirma Penafria pois “o filme documentário é aquele que, pelo registro do que é e acontece, constitui uma fonte de informação para o historiador e para todos os que pretendem saber como foi e como aconteceu”[18].

As principais características[19] dos documentários residem em:

· Discurso sobre o real: O documentário versa sobre temas e acontecimentos reais, mas não necessariamente com proximidade espaço-temporal da audiência;
· Registro in loco: A captura de imagens e informações são feitas nos locais históricos dos acontecimentos ou, na ausência deles, em maquetes ou ambientes virtuais que simulem com precisão histórica;
· Caráter autoral: Se o autor não expor sua opinião na narração da história, na seqüência narrativa das imagens e depoimentos e/ou na edição, não será um documentário e sim apenas uma reportagem;
· Suporte: O documentário não costuma ser produzido apenas para um único veículo, mas vários;
· Temática: Como a produção não precisa de proximidade espaço-temporal (como no caso da reportagem) os temas a serem abordados versam por todos os campos do conhecimento;
· Presença do locutor: Característica não necessária. Quando presente o locutor pode aparecer em on (quando ele efetivamente é visto, como os documentários do History Channel) ou em off (quando aparecem imagens e o locutor apenas narra, como normalmente observamos nos documentários do Discovery Channel). De forma alternativa, a presença do locutor pode ser suprimida quando os depoimentos possuem ganchos nos quais os entrevistados “conversam” (através da edição correta das imagens) entre si, e essa seqüência de depoimentos consegue servir como linha narrativa (como observados no documentário brasileiro “Senta Pua” ou no argentino “Ilhas Malvinas”);
· Uso de depoimentos: Recurso usado em larga escala pois, apesar do autor contar sua história, ele o faz pela seqüência narrativa mas depende das testemunhas históricas enquanto atores sociais do ocorrido. Na ausência de testemunhas, empregam-se depoimentos de pesquisadores e reconstituições;
· Uso de reconstituições: Na ausência de testemunhas vivas dos acontecimentos, ou em eventos históricos como grandes batalhas da Antigüidade, observa-se o emprego das reconstituições com atores teatrais e uso de realidade virtual computacional;
· Uso de personagens ficcionais: Nem todos os registros históricos versam sobre possíveis conversas ou sentimentos individuais de populações e indivíduos face a acontecimentos espaço-temporais contemporâneos a eles. Assim, emprega-se o uso de atores teatrais para retratar realidades históricas não atuais;
· Uso de documentos históricos: Desde a apresentação de documentos em papel até mesmo ao uso de imagens de arquivos pessoais ou públicos, o emprego de documentos históricos remonta a necessidade de apresentar informações de forma mais consistente do que o uso de depoimentos.


Considerações finais

Conforme estudado, as diferenciações entre vídeo-documentário e vídeo-reportagem repousam, essencialmente, no caráter autoral, pois os jornalistas que produzem reportagens devem ser fiéis aos fatos ocorridos, sem prolongá-los no universo espaço-temporal que separa o fato da audiência.

Mas na contramão dessa proximidade e sem necessidade da imparcialidade, os documentários mostram-se autorais - já que seus autores / diretores - expressam de forma sutil, porém clara, quais seus pontos de vistas sobre os temas abordados. Essa parcialidade é, não só esperada, como desejada.

A fuga das regras de isenção e imparcialidade jornalística possibilitam a (re)construção de realidades com mais liberdade, nas quais o autor percorre o tema com maior profundidade e permite a audiência conhecer melhor - em vídeos normalmente mais extensos que reportagens - a realidade tal qual ela aconteceu, ou queremos que tal registro imagético seja o que nós pensamos que aconteceu.

Assim fica provada a necessidade intrínseca da humanidade em ter contato com ambos os gêneros de produção, pois são os dois imprescindíveis para o incremento da cultura individual, bem como o registro na memória coletiva de eventos que - às vezes - não nos lembramos, não nos foi contado, ou nos esforçamos para esquecer.
Referências

[1] HOUAISS, dicionário. Disponível em: http://houaiss.uol.com.br/
[2] HOUAISS, dicionário. Disponível em: http://houaiss.uol.com.br/
[3] BITTENCOURT, Laurence B. Leite. NOTAS DE SALA DE AULA - Disciplina Cinema, vídeo e jornalismo. 2006.
[4] Enciclopédia Wikipédia. Disponível em: http://fr.wikipedia.org/wiki/Auguste_et_Louis_Lumière
[5] Artigo “Cinema e história: fotografias animadas”, encontrado em: XAVIER, Ismail. O CINEMA NO SÉCULO. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
[6] Artigo: "SERGUEI EINSEINSTEIN - O pioneiro da montagem de cenas em cinematografia". Disponível em: http://historiadordocotidiano.blogspot.com/
[7] MELO, Cristina Teixeira Vieira de. O DOCUMENTÁRIO COMO GÊNERO AUDIOVISUAL. Salvador: Intercom, 2002.
[8] Enciclopédia Wikipédia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornalismo
[9] FENAJ, Federação Nacional dos Jornalistas. CÓDIGO DE ÉTICA DO JORNALISMO BRASILEIRO. 1987. Disponível em: http://www.fenaj.org.br/Leis/Codigo_de_Etica.htm
[10] SQUIRRA, Sebastião Carlos de M. APRENDER TELEJORNALISMO: Produção e técnica. São Paulo: Brasiliense, 2004. Página 135.
[11] Enciclopédia Wikipédia. Disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/Journalism
[12] Enciclopédia Wikipédia. Disponível em: http://fr.wikipedia.org/wiki/Reportage
[13] CUNHA, Antônio Geraldo. DICIONÁRIO ETIMOLÓGICO DA LÍNGUA PORTUGUESA. Citado por: BITTENCOURT, Laurence B. Leite. NOTAS DE SALA DE AULA - Disciplina Cinema, vídeo e jornalismo. 2006.
[14] MELO, Cristina Teixeira Vieira de. O DOCUMENTÁRIO COMO GÊNERO AUDIOVISUAL. Salvador: Intercom, 2002.
[15] Enciclopédia Wikipédia. Disponível em: http://fr.wikipedia.org/wiki/Documentaire
[16] MELO, Cristina Teixeira Vieira de. O DOCUMENTÁRIO COMO GÊNERO AUDIOVISUAL. Salvador: Intercom, 2002.
[17] BITTENCOURT, Laurence B. Leite. NOTAS DE SALA DE AULA - Disciplina Cinema, vídeo e jornalismo. 2006.
[18] PENAFRIA, Manuela. O FILME DOCUMENTÁRIO - História, identidade, tecnologia. Lisboa: Cosmos, 1999.
[19] Lista de características por: MELO, Cristina Teixeira Vieira de. O DOCUMENTÁRIO COMO GÊNERO AUDIOVISUAL. Salvador: Intercom, 2002.

domingo, 5 de novembro de 2006

Cultura

(Historiador do cotidiano)

FELIZ DIA DA CULTURA !!!

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Reflexão

(Autor desconhecido)

"Se você não dá o melhor de si nesta vida, em qual pretende fazê-lo?"

Enfrente seus medos!


Porque viver com medo é viver pela metade!

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Por que?

(Historiador do cotidiano)

Queria entender as pessoas.
Queria entender o porquê delas serem assim...
...estranhamente próximas...
...loucamente lúcidas...
...conscientemente desvairadas...

Hoje me lembrei do dia que nos conhecemos
...como tudo era diferente...
eu... você...
o local...
a situação...

Havia flerte, havia diversão, havia festa...
Hoje sequer há encontro...
Hoje, somos pessoas diferentes...



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Fotografia analógica versus photoshop

(Historiador do cotidiano)

Oque posso dizer?
Apenas amo edição eletrônica das minhas fotografias analógicas.

Não entendo como algumas pessoas demonstram completa ojeriza pelo tratamento digital de fotografias e imagens no geral. As fotografias são imperfeitas por natureza. Todo o processo químico é difícil de ser controlado à perfeição.

A fotografia imperfeita (mas aparentemente não) é obra de arte de mãos e olhos dos maiores analistas da sociedade: os fotógrafos. Mas a edição digital de imagens está ao alcance de todos que possuem contato com computadores. Essas modificações permitem os retoques nos detalhes indesejáveis das fotografias.

Tudo bem, eu concordo que - por exemplo - o emprego da imagem como prova, como registro de algo que aconteceu, é inegável no fotojornalismo... principalmente naquela época que você chegava ao local do ocorrido e batia a fotografia fora de foco (porque não dava tempo de regular a máquina) mas pelo menos documentava a ação. Mesmo naquela época já havia o tratamento de imagens com uso de produtos químicos e, até mesmo, palitos de dentes.

Mas eu não quero no meu álbum de recordações uma fotografia em que tenha saído com os olhos vermelhos (efeito que ocorre quando o dispositivo de iluminação das máquinas - o "flash" - relfete no fundo da nossa retina), que no fundo aparece aquela publicidade horrível impossível de ser removida no enquadramento original, ou mesmo melhorar a coloração que foi estragada pelo uso do famigerado flash.

Eu quero o azul do céu mais azul nas minhas fotos; quero que a grama seja mais viva e que o sol brilhe mais. Se nossas memórias nem sempre são as verdadeiras (ver revista Super Interessante, edição 213, maio de 2005, página 44, sessão Super Intrigante, artigo "Tudo do que você lembra é verdade?"), por que não posso guardar então as mais belas?

Existem pessoas, fotógrafos profissionais da velha guarda em sua maioria, as quais alegam ser essa edição digital uma adulteração da imagem, a mentira sobreposta à verdade da fotografia (foto = luz; grafia = registro; ou seja, fotografia é o registro da luz recebida pela câmera fotográfica no instante que pressionamos o botão de disparo), bem, para eles eu desejo boa sorte. Não acredito que o mundo profissional da fotografia comporte esse mundo rosa das imagens não tratadas afinal nem mesmo o fotojornalismo está isento: os maiores jornais e revistas do Brasil e do mundo já não usam fotografias analógicas devido a toda lerdeza do processo de revelação. E no instante que o fotógrafo descarrega sua máquina no computador, já as passa - normalmente - pelo programa Photoshop o qual, de longe, é o mais utilizado pela enorme maioria da população.

A decisão é sua, meu caro leitor, se desejas continuar a usar a fotografia analógica ou vai preferir a edição digital.

Eu particularmente prefiro fotografar com equipamentos analógicos pela qualidade infinitamente superior mas, mandar as fotografias para a memória sem tratamento?

Livre arbítrio é isso aí !




quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Chandler's Rules for Real Life

(Autor desconhecido)

Never work food service.

Never work retail.

Once you break up with them, never get into another relationship with them.

Never ever work food service.

Smile.

Never curse the sun.

Never get romantically involved with co-workers (unless they make the first move, of course).

Enjoy being underestimated.

Never get too pretentious.

"Carpe Diem" is actually very sound advice.

Never lie.

Always remember those three little words: "Hell with it."

If you want others to listen to your wisdom, attribute it to somone else.

Sleep on it.

If you screw up something important, make a rule about it.

Don't go through a day without art.

Take only half of the recommended dosage of any anti-diarrhetic.

Never compete with your friends.

When in doubt, stick to the rules.

If not you, who? If not now, when?

The best opening line is "Hi."

Get over it.

Never have a long-distance relationship. Well, not for too long, anyway.

Humility is not thinking less of yourself, it is thinking of yourself less.

Laugh. At yourself, if necessary.

Never be afraid to ask.

Learn the proper use of the word, "no."

Never get involved with a teenager. Unless you are one, of course.

Talk to be admired, listen to be adored.

A visit from an old lover is a wonderful thing, but only do it during the day, and only in public.

Listen to Zathras.

There are always exceptions to the rules.

Every good page has a link back to its home page.