sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

RCC x Canção Nova x Shalom




Eu sou da Renovação Carismática Católica (RCC) e sempre vejo pessoas - principalmente as que ainda não estão acostumadas com o jeito carismático de ser - falarem sobre a RCC e também da Comunidade Católica Canção Nova (CN) e da Comunidade Católica Shalom.

Vamos entender uma coisa, antes de começarmos: as diferenças não são barreiras, são riquezas!

Minha opinião sobre essa questão "RCC x CN x Shalom" é: somos todos irmãos de fé! Na caminhada não somos sequer primos, somos irmãos mesmo! A RCC foi criada pelo próprio Espírito Santo, em 1967 (chegou ao Brasil dois anos depois), para levar a Igreja de volta ao primeiro amor, de volta à comunidade da época do Ato dos Apóstolos (e de Coríntios), com o largo uso dos dons do Espírito Santo ("carismas", descritos em 1Cor 12). A Canção Nova foi fundada em 1978 e o Shalom em 1982, ambos por ampla condução do Espírito Santo. Todos reconhecidos e aprovados pelo Vaticano, a quem são subordinados via Charis.

Em termos de doutrina, os três seguem a Bíblia, o Catecismo da Igreja Católica e todas as demais diretrizes da Igreja Católica, inclusive - óbvio! - todos os dogmas. Todos os três tem como base os três pilares da Igreja: a Sagrada Escritura, a Sagrada Tradição e o Sagrado Magistério. E sempre com uma ênfase especial na ação do Espírito Santo, e no amor à Nossa Senhora. Não vou aprofundar a questão histórico-teológica porque não é o propósito deste artigo.

Como mencionei acima, são irmãos de caminhada! Na realidade, na minha opinião pessoal, todo mundo da RCC deveria assistir pelo menos uma missa e participar uma vez de um grupo de oração da Canção Nova e também do Shalom (e o inverso também é verdadeiro: eles deveriam participar de uma missa conosco e um grupo de oração ao menos uma vez!). Afinal, somos irmãos de fé, então precisamos caminhar juntos! Precisamos conhecer os carismas dos nossos irmãos de caminhada - dessa verdadeira jornada espiritual de abertura e condução pelo Espírito Santo - além de fazermos eventos conjuntos, e termos muito respeito uns pelos outros.

Não é possível amar o que não conhecemos; e como alguém poderia amar os frutos e não amar as árvores?

(CONTINUA NOS COMENTÁRIOS)

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[1/5] Lembrem do que nos ensina Jesus: todo reino dividido sucumbirá! (Mt 12, 25; Mc 3, 24-25). Jesus ainda ensina que pelos frutos conhecemos as árvores (Mt 12, 33-35). Ora, se analisarmos os frutos dos três (RCC, CN e Shalom), podemos encontrar a semente plantada em terra boa, e que dá muitos frutos de conversões (Mt 13, 8-9.23) e também os citados em Gl 5, 22-23.

Eu conheço bem os carismas das duas comunidades (inclusive meu primeiro SVES e BES foram no Shalom), então - mesmo sendo RCC - nos dois anos anteriores eu servi na equipe de evangelização do Shalom, durante os Halleluyas 2017 e 2018 (devidamente autorizado pela coordenação do meu grupo de oração).

Então, queridos(as) irmãos(ãs) de fé e de caminhada carismática, eu peço com todo carinho: UNIÃO! Refreie sua língua! (1Tm 6, 11-12) Estamos no mundo mas não somos do mundo (Jo 17, 14-15), então não podemos nos comportar como o mundo!

E quem reclama dos movimentos e comunidades carismáticos, lembre de (A) O próprio Vaticano aprovou todo o movimento carismático católico (B) O pregador oficial da Casa Papal é um carismático (Frei Raniero Cantalamessa), escolhido pelo Papa São João Paulo II e mantido pelos Papas Bento XVI e Francisco. Será que TRÊS Santos Padres estão errados? (C) 1Tm 6, 3-5 (D) Jo 8, 7b (E) Mt 5, 20 (F) Lc 11, 39 e, importantíssimo (G) At 5, 41!!!; e então REZE pela pessoa que falou coisas por estar mal informada ou mal formada.

"Parto da convicção, compartilhada por todos nós e frequentemente repetida pelo Papa Francisco, de que a Renovação Carismática Católica (RCC) é “uma corrente de graça para toda a Igreja”. Se a RCC é uma corrente de graça para toda a Igreja, temos o dever de explicar a nós mesmos e à Igreja em que consiste esta corrente de graça e porque ela é destinada e necessária a toda a Igreja" (https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2019-06/raniero-cantalamessa-renovacaocarismatica-corrente-graca-igreja.html)

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[2/5] "(...) Creio que, neste ponto, esteja claro porque dizemos que a Renovação Carismática é uma corrente de graça para toda a Igreja. Tudo o que a palavra de Deus nos tem revelado sobre a vida nova em Cristo – uma vida vivida segundo a lei do Espírito, uma vida de filhos de Deus e uma vida no Senhorio de Cristo –, tudo isso não é senão a essência da vida e da santidade cristã. É a vida batismal atuada em plenitude, isto é, não só pensada e acreditada, mas vivida e proposta, e não a algumas almas privilegiadas apenas, mas por todo o povo santo de Deus. Para muitos milhões de fiéis, o batismo no Espírito tem sido a porta que os introduziu a esses esplendores da vida cristã. Uma das máximas queridas ao Papa Francisco é que “a realidade é superior à ideia”[5], e, portanto, que o vivido é superior ao pensado. Creio que a Renovação Carismática pode ser (e, em parte, tem sido) de grande ajuda para fazer passar as grandes verdades da fé do pensado ao vivido, para fazer passar o Espírito Santo dos livros de teologia à experiência dos fiéis. São João XXIII concebeu o Concílio Vaticano como a ocasião para um “novo Pentecostes” para a Igreja. O Senhor respondeu a esta oração do Papa além de qualquer expectativa. Mas o que significa “um novo Pentecostes”? Ele não pode consistir apenas em um novo florescimento de carismas, de ministérios, de sinais e prodígios, em um sopro de ar fresco no rosto da Igreja. Estas coisas são o reflexo e o sinal de algo mais profundo. Um novo Pentecostes, para ser realmente tal, deve acontecer na profundidade que nos revelou o Apóstolo; deve renovar o coração da Esposa, não apenas o seu vestido. (...)" (Frei Raniero Cantalamessa)

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[3/5] "(...) o Espírito irrompe no mundo do alto, do ventre de Deus, lá onde o Filho foi gerado e faz novas todas as coisas. O que estamos celebrando hoje, todos juntos, nesta nossa cidade de Roma? Celebramos o primado do Espírito, que nos faz calar perante a imprevisibilidade do plano de Deus, e depois exaltar de alegria: "Então era isso que Deus tinha no ventre para nós!" (...) Não se trata de explicar coisas intelectuais, ideológicas. Faz-me chorar quando vejo uma Igreja que crê ser fiel ao Senhor, de atualizar-se, quando procura caminhos puramente funcionais, caminhos que não vêm do Espírito de Deus. Esta Igreja não sabe descer e se não sabe descer não é o espírito que comanda. Trata-se de abrir olhos e ouvidos, mas sobretudo tudo o coração, ouvir com o coração. Então nos colocaremos realmente em caminho. Então, sentiremos dentro de nós o fogo de Pentecostes (...)" // Papa Francisco, homilia de 08/06/2019, disponível em https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2019-06/papa-francisco-vigilia-pentecostesjunho-2019.html

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[4/5] Na homilia de 09/06/2019 - https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2019-06/papa-francisco-missa-solenidade-pentecosteshomilia.html - o Papa Francisco explica ainda que "sem o Espírito, a Igreja é uma organização, a missão é propaganda, a comunhão é um esforço" e completa: "Foi o Espírito Santo que fez isto. O Espírito não é, como poderia parecer, uma coisa abstrata; é a Pessoa mais concreta, mais próxima, aquela que muda a nossa vida."

Achou pouco? O Papa complementa: "(...) na verdade aquilo de que precisamos é sobretudo o Espírito. É Ele que coloca ordem neste frenesi. É paz na ansiedade, confiança no desânimo, alegria na tristeza, juventude na velhice, coragem na prova. É Ele que, no meio das correntes tempestuosas da vida, mantém firme a âncora da esperança. Como nos diz hoje São Paulo, é o Espírito que nos impede de recair no medo, fazendo-nos sentir filhos amados (cf. Rm 8, 15). É o Consolador, que nos transmite a ternura de Deus. Sem o Espírito, a vida cristã desfia-se, privada do amor que tudo une. Sem o Espírito, Jesus permanece um personagem do passado; com o Espírito, é pessoa viva hoje. Sem o Espírito, a Escritura é letra morta; com o Espírito, é Palavra de vida. Um cristianismo sem o Espírito é um moralismo sem alegria; com o Espírito, é vida. (...) Para ser espirituais, para saborear a harmonia do Espírito, é preciso colocar a Sua visão à frente da nossa. Então as coisas mudam: com o Espírito, a Igreja é o Povo santo de Deus, a missão é o contágio da alegria, não o proselitismo, os outros são irmãos e irmãs amados pelo mesmo Pai. Mas, sem o Espírito, a Igreja é uma organização, a missão é propaganda, a comunhão é um esforço. E tantas Igrejas fazem ações programáticas neste sentido de planos pastorais, de discussões sobre todas as coisas. Parece ser aquele o caminho a nos unir, mas este não é o caminho do Espírito, é o caminho da divisão. A primeira e a derradeira necessidade da Igreja é o Espírito (cf. São Paulo VI, Catequese na Audiência Geral de 29/XI/1972). Ele «vem aonde é amado, aonde é convidado, aonde é esperado» (São Boaventura, Sermão para o IV Domingo depois da Páscoa)."!!!

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[5/5] O Papa Francisco ainda explicou o que espera dos movimentos carismáticos: "(...) “Que compartilhe a graça, recebida no Batismo pelo Espírito Santo, com todos os membros da Igreja; que sirva a unidade do Corpo de Cristo, que é a Igreja, uma comunidade de fiéis em Cristo; e que sirva aos pobres e aos que têm mais necessidade, física e espiritual”. Estas três coisas, concluiu o Papa, são necessárias para o testemunho e a evangelização no mundo. Evangelização, recordou, não é proselitismo, mas, sobretudo, testemunho de amor a todos os seres humanos. Tudo é possível mediante o amor cristão. Que a Renovação Carismática, corrente de graça do Espírito Santo, exortou Francisco, seja testemunha deste amor!" https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2019-06/papa-renovacao-carismaticacatolica-charis-sala-paulo-vi.html

Ou seja... como é possível alguém amar os frutos que a RCC/CN/Shalom geram, e não amar as árvores?

E quem é das árvores da Renovação Carismática Católica (RCC), da Canção Nova (CN) e do Shalom, lembre-se: as nossas raízes são as mesmas! Vamos caminhar juntos, rumo ao Céu?

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