sábado, 12 de maio de 2012

Reflexão religiosa

(Historiador do cotidiano)

Esse artigo vai ser um pouco diferente do que você, querido leitor, está acostumado. Normalmente eu falo das coisas do cotidiano, sim, mas sem entrar em assuntos ligados à fé ou à religião; mas outro dia eu - passando os canais - por acaso assisti "Escola de Fé", na Canção Nova. Não, normalmente não assisto Canção Nova. Costumo assistir FX, Warner e Discovery. History Channel também é muito bom. Mas calhei de assistir à Canção Nova nesse dia, quem palestrava era um professor de física, com pós-doutorado em física moderna (pra Sheldon nenhum botar defeito). Vamos ao artigo...

A nossa sociedade se desenvolveu à base do questionamento. Assim como animais recém-nascidos (principalmente os felinos) agem com extrema curiosidade, nós também fazemos isso ao longo de toda a nossa vida.

Algumas pessoas até se acostumam, ou se acomodam, e param de perguntar, mas quando a alma pára de questionar, a vida perde a graça.

Mas vamos pensar um pouco: quem nós questionamos? O primeiro questionamento é acerca dos nossos pais, quando somos pequenos - mas arrogantes o suficiente - já começamos a nos perguntar se o que eles nos ensinam é realmente o melhor a ser ensinado. Depois (ou antes, em alguns casos) questionamos a escola: precisamos mesmo passar por aquele sistema de provas? Precisamos estudar tudo aquilo? De que aquilo nos servirá no futuro? Se são vários professores (um por matéria), temos que sozinhos sabermos tudo aquilo?

Depois questionamos a moça da cantina (tem coxinha não? só empada com coca-cola?)...

Nesse ínterim começam nossas idas ao sistema de saúde. Espeta daqui, fura dali, colhe sangue, toma vacina, injeção, passa pelo raio-x, anestesia, etc etc etc; cada um sabe onde o sapato aperta.

Agora adultos, e sem formação médica, quando passamos mal vamos a algum especialista em saúde (médico, nutricionista, fisioterapeuta, acupunturista, etc...) em quem confiamos. Vamos supor que você vá num médico com pós-doutorado em cardiologia, e ele te mandar tomar um comprimido todo dia, o que você fará? Vai questioná-lo?

"Doutor, olha só, eu sei que o senhor estudou o assunto, mas acho que você está errado! Vou pra casa tomar meu chá de romãs e ficar bom sozinho."

NÃO NÉ!

Então por quê as pessoas questionam a Igreja Católica?

A Palavra de Deus foi deixada por Jesus Cristo há dois mil anos atrás. Os apóstolos - e seus sucessores - não têm reformado a Palavra, pelo contrário, têm reforçado-a. Na dúvida, sempre se retornam às Escrituras, para saber o que Jesus ensinou.

Se nós não questionamos um médico com algumas décadas de estudo, ou instituições com séculos, por quê questionaremos a fé que - só depois de Jesus - já tem dois milênios?

Eu sei que as pessoas falam que "o mundo mudou" e, portanto, a fé teria que mudar, se adaptar. NÃO! A Palavra é clara. Não precisa-se de reforma, precisa de reforço, de pessoas para divulgá-la.

Eu sei que as pessoas mudam, mas a fé é a mesma.

Jesus disse para Simão Pedro, que sobre aquela pedra Ele edificaria Sua igreja; e o que Pedro ligasse na terra Jesus ligaria no céu. Ora, o Papa é sucessor de Pedro e, portanto, carrega a mesma responsabilidade e prerrogativas. Então Jesus não daria ao Papa o poder de ligar algo aqui que estivesse errado (ou que não devesse ser ligado no Céu). Por quê questionarmos então a a Palavra, quiçá a Igreja?

Livre-arbítrio: cada um faz o que quer. Inclusive questionar quem ou o que quiser. Não vou dizer como você deve agir, mas convido-lhe a refletir sobre o assunto: se não questionamos pessoas e instituições com anos de estudos, por quê questionar a Palavra de Deus, que já chegou à nós há milênios?

Nenhum comentário:

Postar um comentário